2012-06-13

RODRIGUES TRIGUEIROS & FORJAZ TRIGUEIROS (Lisboa, 1824)


Lisboa, Estrada de Benfica,
Chafariz da Convalescença.



Lisboa, Estrada de Benfica,
Antigo Convento da Convalescença.
1.   TOMÁS LUÍS RODRIGUES (c. 1794), natural da freguesia de Santa En-
     grácia, ou de Benfica (?), em Lisboa. Era filhde João Luís e de D. Ana
     Joaquina.
     Em 1794 morava no Sítio da Convalescença, freguesia de Benfica, em
     Lisboa [1], e sabemos que já era falecido no ano de 1824.
     Casou a 2-III-1794 na Igreja de Nossa Senhora do Amparo de Benfica,
     em Lisboa, com D. CIPRIANA MARIA, natural de Santo Estêvão das
     Galés, concelho de Mafra, moradora na freguesia de São Lourenço, em
     Lisboa, filha de Manuel Valério e de sua mulher D. Josefa Maria.
     Tiveram:
     2.   D. PERPÉTUA ROSA RODRIGUES (n. 1794), nasceu a 14-XII-1794 e
           foi baptizada a 28-XII-1794 na Igreja de São Pedro em Almargem do
           Bispo, concelho de Sintra. Casou a 25-VIII-1818 na Igreja dos Anjos, em Lisboa, com LIBÓRIO JOSÉ
           DA CUNHA (c. 1818), natural de Belas, concelho de Sintra.
           Tiveram:
           3.   D. PERPÉTUA ROSA DA CUNHA (n. 1864)casada com LEONILDES LUÍS RODRIGUES (n. 1835),
                 seu primo direito, que vai abaixo.
     2.   JOÃO LUÍS RODRIGUES (n. 1799), que segue abaixo.
     2.   BERNARDINO LUÍS RODRIGUES (n. 1805), nasceu a 15-VIII-1805 na freguesia de Santa Maria Madalena
           em Lisboa, onde foi baptizado a 29-VIII-1805 tendo por padrinhos João Gaspar de Oliveira e D. Leonor
           Higina de Abreu Oliveira. Viveu na Rua do Paço do Bem Formoso, na freguesia dos Anjos.
           Consorciou-se a 28-II-1824 na Igreja dos Anjos em Lisboa com D. CATARINA MÁXIMA DOS PRAZERES
           (c. 1824)natural da freguesia de Nossa Senhora da Pena, em Lisboa, filha de Paulino José da Concei-
           ção e de sua mulher D. Joana Rita.
           Tiveram:
           3.    D. CATARINA AMÉLIA RICALDES RODRIGUES (n. 1829), nascida a 22-I-1829 na Rua do Paço do
                 Bem Formoso, na freguesia dos Anjos, em Lisboa, onde foi baptizada a 28-II-1829 tendo por padri-
                 nho, Anselmo José Ribeiro, casado, morador na Rua do Ouro, freguesia de São Julião, em Lisboa.
                 Casou a 29-V-1845 na igreja paroquial de Santa Maria Madalena com seu primo MIGUEL RICALDES
                 DA SILVA RODRIGUES TRIGUEIROS (n. 1825), que segue abaixo no n.º 3.
           3.   LEONILDES LUÍS RODRIGUES (n. 1835), nasceu a 18-VII-1835 e foi baptizado a 13-IX-1835 em São
                 Nicolau, Lisboa.
                 Casou a 13-II-1864 na Igreja dos Mártires, ao Chiado, em Lisboa, com sua prima direita D. PERPÉ-
                 TUA ROSA DA CUNHA (n. 1836)nascida a 6-III-1836 e baptizada a 1-V-1836 na Igreja dos Anjos em
                 Lisboa, filha de Libório José da Cunha (c. 1818), casado a 25-VIII-1818 com D. Perpétua Rosa Rodri-
                 gues (n. 1794), irmã de Bernardino Luís Rodrigues (n. 1805). Deste casamento houve geração que
                 veio dar um ramo da família HERBERT na Austrália.

2.   JOÃO LUÍS RODRIGUES (n. 1799), nasceu a 16-XII-1799 e foi baptizado a 22-XII-1799 na Igreja de Santa
     Maria Madalena, em Lisboa. Foi despachante da Alfândega (1824) e residiu na Calçada de Cacilhas, na fre-
     guesia de São Tiago da então vila de Almada, onde veio a ser secretário da Câmara Municipal (1845).
     Casou a 3-XI-1823 na Igreja de Nossa Senhora da Pena, em Lisboa, com D. MARIA BASILISSA MADALENA
     DO ROSÁRIO CHAVESnatural da freguesia de Nossa Senhora do Socorro em Lisboa, a qual era filha na-
     tural de Jácome José Martins Chaves, natural de Santa Maria do Castelo em Almada, e de "mãe oculta".
     Tiveram:
     3.   JOÃO LUÍS RODRIGUES TRIGUEIROS (n. 1824), gémeo de Joaquim, nasceu a 19-VIII-1824 na Pedreira,
          na Pedreira, freguesia de São Tiago da vila de Almada, e foi baptizado em casa pela parteira Ana Maria,
          tendo recebido os santos óleos a 31-X-1824, apadrinhado por João Luís Dantas Trigueiros, de Lisboa 
          do qual tirou o apelido Trigueiros  com procuração a Gonçalo José Pereira Vitória, da mesma cidade, e
          Nossa Senhora da Conceição da Rocha. Faleceu em Lisboa depois de 1883.
          Cursou o liceu e a Aula de Comércio, entrando depois para o Ministério da Guerra onde ocupou vários
          lugares, exercendo em 1883 as funções de chefe da 1.ª Repartição da Administração Militar. 
          A ele se ficou a dever o conhecimento em Portugal da maioria dos romancistas franceses dos meados
          do século XIX, dos quais foi o tradutor. Publicou numerosas traduções: A Família Jouffroy, de Eugénio
          Sue (6 tomos, 1854); O Padre e a Bailarina (2 tomos, 1859) e A Menina do 5.º andar, de Paulo de Kock (2
          tomos, 1856), entre muitas outras. Organizou a Biblioteca Romântica Luso-Brasileira, fazendo inúmeras
          traduções, quase sempre por sua conta. Foi condecorado com a Ordem de N.ª Senhora da Conceição.
     3.   JOAQUIM RODRIGUES TRIGUEIROS (n. 1824), gémeo de João Luís, nasceu a 19-VII-1824 em Almada e
          foi baptizado em casa por João Gonçalves, clérigo in minoribus, tendo por padrinhos Joaquim José Pe-
          reira de Melo e D. Gertrudes Guilhermina de Melo, ambos de Lisboa, com procuração a João Guerreiro
          da mesma cidade.
     3.  MIGUEL RICALDES DA SILVA RODRIGUES TRIGUEIROS (n. 1825), que segue abaixo.
     3.  D. MARIA (n. 1827), nasceu a 24-V-1827 no mesmo local de Almada, e foi baptizada a 3-VII-1827, tendo
          por padrinhos Lourenço António de Araújo, casado, morador aos Anjos em Lisboa, e sua filha D. Maria
          Gertrudes de Ascensão e Araújo, com procuração ao padre Francisco Azevedo Machado.
     3.  FRANCISCO (n. 1828), nasce a 9-XI-1828 na Pedreira, freguesia de São Tiago da vila de Almada, onde
          foi baptizado a 2-12-1828, tendo por padrinhos Francisco Inácio Lopes, solteiro, morador na freguesia
          do Castelo, em Lisboa, e Nossa Senhora da Conceição.
     3.  D. ROMANA (n. 1829), nasceu a 19-XII-1829 na Pedreira, freguesia de São Tiago da vila de Almada, onde
          foi baptizada a 17-III-1830, tendo por padrino António Maria Moreira, casado, morador na freguesia da
          Pena em Lisboa, e por Nossa Senhora da Conceição.

3.   MIGUEL RICALDES DA SILVA RODRIGUES TRIGUEIROS (n. 1825), nasceu a 24-XII-1825 na Pedreira, fre-
     guesia de São Tiago da vila de Almada, e foi baptizado a 21-VI-1826, tendo por padrinho Miguel Manuel
     Ricaldes da Silva Azedo, casado, morador na Piedade, em Almada, por procuração ao padre Alexandre
     Manuel Carvalho, ecónomo da Colegiada, e por D. Antónia Amália Coutinho Ganhado, moradora em Caci-
     lhas, Almada, por procuração a António Caetano de Sousa Madureira, morador na Pedreira.
     Foi empregado maior na Academia Real das Ciências de Lisboa. Em 1861 vivia na freguesia de São Paulo
     em Lisboa.
     Casou a 29-V-1845 na Igreja Paroquial de Santa Maria Madalena, em Lisboa, com sua prima em segundo
     grau D. CATARINA MÁXIMA AMÉLIA RICALDES RODRIGUES (c. 1829)que vai acima, natural da freguesia
     de N.ª Sra. da Pena em Lisboa,  a qual era filha de Bernardino Luís Rodrigues e de sua mulher D. Catarina
     Máxima dos Prazeres. Foram testemunhas deste casamento João Luís Rodrigues secretário da Câmara
     Municipal de Almada, e Anselmo José Ribeiro negociante e morador em São João da Praça em Lisboa.
     Tiveram:
     4.   D. CATARINA AMÉLIA RICALDES RODRIGUES TRIGUEIROS (c. 1861), que foi madrinha de seu irmão
           Luís em 1861.
     4.   LUÍS DANTAS RICALDES DA SILVA RODRIGUES TRIGUEIROS (1861-1934), que segue.

4.   LUÍS DANTAS RICALDES DA SILVA RODRIGUES TRIGUEIROS (1861-1934), destacado jornalista e escritor
      que nasceu a 28-III-1861 na freguesia de São Paulo, em Lisboa, onde foi baptizado a 9-VI-1861, apadrinha-
      do pelo comendador Doutor Luís de Almeida Albuquerque, solteiro, lente de Economia Política na Escola
       Politécnica, e por sua irmã D. Catarina Amélia Ricaldes Rodrigues Trigueiros, solteira.
       Faleceu a 16-XI-1934 em Lisboa. 
Luís Dantas Ricaldes da Silva
Rodrigues Trigueiros
(1861-1934)
Foi um dos maiores jornalistas portugueses do seu tempo, usando o nome literário de Luís Trigueiros.
Ainda estudante fundou com o Dr. Jaime Neves a «Revista Académica». Concluídos os seus estudos foi para Santarém no desempenho de um cargo oficial na Repartição de Finanças. Uma vez nesta cidade, colaborou no «Jornal de Santarém» e fundou a revista «A Crónica», tendo publicado nesse período um livro de contos intitulado Sob Magnólias. Regressado a Lisboa, entrou para a redacção do diário «Portugal», dirigido por Marcelino Mesquita, trabalhando ao lado de Fialho de Almeida, Trindade Coelho, Júlio de Vilhena, D. João de Castro, entre outros. Pouco tempo depois passava para «A Gazeta da Tarde» e para «A Tarde». Novamente saiu de Lisboa para Viana do Castelo, para aí exercer um cargo oficial. De volta a Lisboa, onde se fixou definitivamente, ingressa na redacção do «Correio da Noite», secretariando posteriormente «O Diário Ilustrado».
 Pelo braço do jornalista e romancista Carlos Malheiro Dias entrou para a «Ilustração Portuguesa» como colaborador. Mais tarde entrou no corpo redactorial
     do «Diário Nacional» de que foi chefe da redacção, jornal então dirigido pelo conselheiro Aires de Ornelas
     e subdirigido pelo Dr. Aníbal Soares.
     Em 1910 entrou para «O Diário de Notícias» onde se conservou até Setembro de 1928. Dirigiu as revistas
     «Vida Mundana» (1913), «Vida Elegante» (1925), e colaborou ainda no «A.B.C.», e na Civilização», assim
     como em vários outros jornais estrangeiros.
     Foi ainda presidente da Assembleia Geral da União Velocipédica Portuguesa de que foi um dos fundado-
     res, assim como também foi fundador do Sindicato dos Profissionais da Imprensa.
     Militou na política franquista como amigo e companheiro dedicado de João Franco. 
     Casou três vezes.
     As primeiras núpcias foram com D. EDUARDA BEATRIZ LOBO MIRANDA, natural de Viana do Castelo, ori-
     unda de uma distinta família do Alto Minho com ramificações no Algarve[2], da qual teve dois filhos.
     Casou em segundas núpcias com D. ADELAIDE DIAS DE FREITAS, de quem teve três filhos.
     Casou nas suas terceiras núpcias a 20-IV-1914, em Lisboa, com D. MARIA AUGUSTA ÁLVARES PEREIRA
     FORJAZ DE SAMPAIO (n. 1888), escritora, nascida a 20-VI-1888 na freguesia de Santa Isabel em Lisboa,
     filha de Augusto Eugénio Duarte Pereira Forjaz de Sampaio (1864-1922)nascido a 29-XII-1864 em Oeiras,
     falecido a 15-XI-1922 em Lisboa, fidalgo cavaleiro da Casa Real (1902), cavaleiro da Ordem de Nª. Sra. da
     Conceição (1901), escritor e funcionário público, e de D. Julieta Gonçalves de Freitas (1862-1948), nascida
     a 28-VI-1862 e falecida a 13-VI-1948 em Lisboa; neta paterna de José Maria Pereira Forjaz de Sampaio
     (1773-1858), nascido a 24-VII-1816 em Coimbra e falecido a 16-X-1881 em Oeiras, representante directo da
     varonia de D. Nuno Álvares Pereira (1360-1461), e de D. Maria do Carmo Freire Pimentel de Mesquita e Vas-
     concelos (1785-1833), nascida a 17-VII-1785; neto materno do conselheiro António Gonçalves de Freitas e
     de D. Júlia Henriqueta de Freitas e Abreu.
     Filho do 1.º casamento:
     5.   JOÃO LOBO DE MIRANDA TRIGUEIROS (1888-1982), nasceu a 11-IX-1888 em Darque, Viana do Caste-
          lo, e faleceu a 16-I982 em Olhão. Fez os estudos primários em Viana do Castelo após o que foi para o
          Porto frequentar o curso superior de Comércio da Escola Raul Dória.
          Após o falecimento da mãe vai com a família para Lisboa, emigrando de seguida para o Brasil onde tra-
          balhou na Baía e no Rio de Janeiro no ramo da importação e exportação.
          Nesta última cidade brasileira granjeia um lugar de destaque e dedica-se ao teatro amador e ao jornalis-
          mo. Com o eclodir da 1.ª Grande Guerra regressa a Portugal para se empregar nos Armazéns Gerais e
João Lobo de Miranda
Trigueiros (1888-1982)
          Industriaisdedicando o seu tempo disponível ao teatro amador onde alcançou
          notoriedade.
          Foi em comissão de serviço para Olhão em 1917 e aí contraiu matrimónio com
          D. MARIA NATIVIDADE MENDES RIBEIRO NETO, da qual sabemos ter tido pelo
          menos cinco filhos – três rapazes e uma rapariga.
          Pessoa culta e de trato fino e elegante, foi empregado nos  Armazéns Gerais de
          OlhãoColaborou com a imprensa local onde se revelou um dos melhores jor-
          nalístas algarvios ao serviço de «O Diário do Algarve» (1932-1933), assim co-
          mo no cargo de director de «O Correio Olhanense».
          Animador empenhado das sociedades recreativas e dos grupos de teatro ama-
          dor, foi ainda um dos mais destacados impulsionadores do Escutismo em Por-
          tugal, tendo fundado o «Grupo de Escuteiros n.º 6 de Olhão» que foi o melhor
          do país. A autarquia olhanense atribuiu o seu nome a uma das ruas da cidade.
          Tiveram:
          6.   JÚLIO TRIGUEIROS, residente em Olhão.
          6.   VERÍSSIMO TRIGUEIROS, residente em Olhão. 
          6.   D. MARIA LUÍSA TRIGUEIROS.
          6.   … TRIGUEIROS.
     5.   D. MARIA BEATRIZ LOBO DE MIRANDA. Casou com JOSÉ ADRIANO MARQUES JANELA, natural da
          freguesia de Mouriscas, concelho de Abrantes.
          Tiveram:
6.    ANTÓNIO LUÍS TRIGUEIROS JANELA. Casou com D. MARIA DE LURDES CALDEIRA MEDANHA,
       natural de Alvega, concelho de Abrantes.
       Tiveram:      
       7.     D. ANABELA DE MEDANHA TRIGUEIROS JANELA.
                 7.     FRANCISCO JOSÉ DE MEDANHA TRIGUEIROS JANELA.
     Filhos do 2.º casamento:
     5.   D. MARIA DA CONCEIÇÃO DIAS DE FREITAS TRIGUEIROS (n. 1863), nascida a 2-IV-1863 e casada em
            Lisboa.
     5.   D. MARIA EDUARDA DIAS DE FREITAS TRIGUEIROS (n. 1902), nascida a 28-II-1902 e falecida sem ge-
            ração.
     5.   ANTÓNIO DIAS DE FREITAS TRIGUEIROS (n. 1905), nascida a 4-II-1905 em Viana do Castelo. Casou
           com D. MARIA DA GLÓRIA DA SILVEIRA E LORENA.
           Tiveram:
           6.   ADELAIDE FILOMENA DA SILVEIRA E LORENA TRIGUEIROS (1946-2009), nasceu a 28-IX-1946 em
                Lisboa, cidade onde veio a falecer a 8-X-2009. Casou a ?-II-1970 com JOSÉ MANUEL DOS SANTOS
                FERREIRA (1946-2010), nascido a 25-V-1946 e falecido a 5-II-2010.
                Tiveram:                                                                                                                
                7.    CÁTIA LUÍSA TRIGUEIROS FERREIRA (1976-1982), nascida a 13-IX-1976 na freguesia de Alvala-
                       de, em Lisboa, onde faleceu ainda criança a 28-IX-1982.
                7.    TIAGO HENRIQUE TRIGUEIROS SANTOS FERREIRA (n. 1972), nascido a 6-XII-1972 na freguesia
                       de Alvalade, em Lisboa.
            6.   ANTÓNIO HENRIQUE DA SILVEIRA LORENA TRIGUEIROS, licenciado em Medicina.
                 Casou com D. MARIA TERESA TAVARES, licenciada em Medicina, directora clínica dos Serviços
                 Médico Sociais de CGD.
                Tiveram:
                7.     MIGUEL TAVARES TRIGUEIROS.
                7.     ANTÓNIO PEDRO TAVARES TRIGUEIROS, licenciado em Relações Internacionais.
     Filhos do 3.º casamento:
     5.   LUÍS AUGUSTO DE SAMPAIO FORJAZ DE RICALDES TRIGUEIROS (1915-2000), nasceu a 15-IV-1915
           em Lisboa, onde faleceu a 17-IX-2000.
Luís Augusto de Sampaio

Forjaz de Ricaldes Trigueiros

(1915-2000)
Notável escritor e jornalista, publicou em 1936 o seu primeiro conto intitulado Caminho da Luz com o qual obteve o Prémio Fialho de Almeida, uma das mais altas consagrações literárias da época. Foi um dos fundadores do semanário literário «O Bandarra» em 1937, tendo então mudado para Paris onde conheceu e conviveu com os grandes escritores dessa época. Mais tarde, entre a década de 40 e a de 50, foi director do vespertino «Diário Popular». Foi para o Brasil onde viveu e foi director literário da editora «Nova Fronteira». Para além da de crónicas e críticas literárias, foi membro da Academia de Ciências de Lisboa tendo publicado cerca de 20 obras. Sucessivamente membro do Conselho Fiscal e do Conselho de Administração da «TAP», foi cavaleiro da Legião de Honra, oficial da Ordem O Sol do Perú, comendador da Ordem de São Leopoldo, e oficial do Cruzeiro do Sul no Brasil.
Casou em Lisboa com D. MARIA HELENA DA ALBUQUERQUE DO AMARAL (n. 1922), nascida a 4-XI-1922 em Lisboa. Sua mulher era filha de Joaquim Mendes do Amaral (1889-1961), ministro das Finanças (1918) nascido a 4-I-1889 em Alcácer do Sal e falecido em 1961 em Lisboa, e de D. Maria Clementina de Albuquerque (1898-?), nascida a 8-IV-1898 no Porto e falecida em Lisboa.
Sem geração.
     5.   MIGUEL DUARTE DE SAMPAIO FORJAZ DE RICALDES TRIGUEIROS (1918-1999), nascido a 10-V-1918
          na freguesia das Mercês em Lisboa, e falecido a 25-V-1999 ao Campo Mártires da Pátria, freguesia de
          Arroios, em lisboa.
          Foi poeta, professor, conferencista, jornalista, teatrólogo e escritor-produtor da rádio com programas
          de criação e divulgação literária, assim como jornalista e teatrólogo. Foi Sócio honorário do C.A.D. de
          Coimbra e do Real Gabinete Português de Leitura do Rio de Janeiro.
          Estreou-se aos dezanove anos de idade com o livro de poemas Palestra Rimada (1938), seguido do
          Resgate (1939) que foi Prémio Nacional de Poesia «Antero de Quental», assim como dos Diálogo entre
          o Céu e a Terra 81946), Sete poemas de Natal (1948), Vera Cruz (1952), Auto das dez Presenças (1953),
          Auto da Medianeira … (1954), Deus (1955), e Tempo Comum (1964), entre muitos outros ensaios.
Miguel Trigueiros
e D. Margarida Canto e Castro
com o Papa João Paulo II.
          Em 1960 foi nomeado adido de imprensa da Embaixada de Portugal
          em Madrid.
          Era licenciado em Teologia pela Universidade Pontifícia de Comillas-
          -Madrid (1963), e doutorado pela Pontifícia Urbaniana do Vaticano
          (1980) com a tese Teologia da Acção pela Palavra.
          Casou a 25-X-1941 na Sé Nova de Coimbra com sua prima em 3.º grau
          D. MARIA  MARGARIDA PEREIRA FORJAZ DE SAMPAIO PACHECO
          DO CANTO E CASTRO (n. 1915)nascida em 1915 em Angra do Hero-
          ísmo, nos Açores.
          Sua mulher era filha de Luís Vaz Pacheco do Canto e Castro que era
          oficial de Infantaria, natural de Ponta Delgada, e de D. Maria José
          Pereira Forjaz de Sampaio, natural de Tavira; neta paterna de André
          Vaz Pacheco do Canto e Castro e de D. Maria Teresa Fisher de Aguiar;
          e neta materna de José Maria Pereira Forjaz de Sampaio,  fidalgo ca-
          valeiro da Casa Real, juiz conselheiro do Supremo Tribunal de Justiça,  e de D. Maria Antónia Lecor
          Buys de Azevedo Basto.
          Tiveram:
          6.   JOSÉ LUÍS FORJAZ PACHECO TRIGUEIROS (n. ?), arquitecto. Casou com D. MARIA JOANA DE
               BARROS ANDRESEN GUIMARÃES, filha do engenheiro Alfredo de Andresen Guimarães, e de sua
               mulher D. Maria de Lourdes Rosário de Queirós Montenegro Soares Martins de Barros Pinto; neta
               paterna de Fernando da Rocha Guimarães (1882-?), nascido a 21-VI-1882, e de D. Elisa Andersen
               (1892-1968) que nasceu a 29-XI-1892 e veio a falecer a 11-XII-1968.
               Tiveram:
               7.   MIGUEL JOSÉ ANDRESEN GUIMARÃES FORJAZ TRIGUEIROS (n. 1977), nascido em Madrid,
                     Espanha. Empresário.
               7.   PEDRO ANDRESEN GUIMARÃES FORJAZ TRIGUEIROS (n. ?).
               7.   D. JOANA ANDRESEN GUIMARÃES FORJAZ TRIGUEIROS (n. ?). Fisioterapeuta.
          6.   ANTÓNIO MIGUEL FORJAZ PACHECO TRIGUEIROS (n. 1944), nasceu a 18-VI-1944 na freguesia da
               Sé Nova em Coimbra.
               Engenheiro Químico-Industrial pelo IST - Instituto Superior Técnico, numismata investigador, foi
               director adjunto de Divisão da Moeda da Imprensa Nacional-Casa da Moedamembro da Sociedade
               de Geografia de Lisboa assim como da Classe de Ciências da Academia de Marinha. 
               Casou com D. MARIA DELFINA SARAIVA (n. 1944), assistente social, nascida a 31-VII-1944, na fre-
               guesia da Sé Nova em Coimbra.
               Tiveram:
               7.   GONÇALO DE MIRANDA SARAIVA FORJAZ TRIGUEIROS (n. 1971), nasceu a 11-VI-1971 na fre-
                     guesia de São Jorge de Arroios, em Lisboa. Empresário.
               7.   ANTÓNIO DE MIRANDA SARAIVA FORJAZ TRIGUEIROS (n. 1974), nasceu a 14-VIII-1974 na fre-
                     guesia de São Jorge de Arroios, em Lisboa. Operador de Imagem.
               7.   JOSÉ MARIA DE MIRANDA SARAIVA FORJAZ TRIGUEIROS (n. 1980), nasceu a 30-VIII-1980 na
                     freguesia de São Jorge de Arroios, em Lisboa. Músico, compositor, escritor e jornalista.
               7.   LUÍS MARIA DE MIRANDA SARAIVA FORJAZ TRIGUEIROS (n. 1981), nasceu a 11-VIII-1981 na
                     freguesia de São Jorge de Arroios em Lisboa. Massagista.
          6.   DUARTE PACHECO DE CASTRO FORJAZ TRIGUEIROS (n. 1950), nascido em 1950.
               Licenciou-se em Engenharia de Telecomunicações e Electrónica pelo Instituto Superior Técnico de
               Lisboa (1970), tendo posteriormente trabalhado no desenvolvimento de instrumentos para análise
               do comportamento de reactores nucleares, assim como em diversas empresas como analista e ges-
               tor de produção. Doutorou-se em Matemática. Foi docente do ISCTE - Instituto Superior de Ciências
               do Trabalho e da Empresa (1087-1993).
               Leccionou em diversas instituições universitárias em Viseu, Covilhã, Macau (1996) e Lisboa.
          6.   NUNO MARIA PACHECO DE CASTRO FORJAZ TRIGUEIROS (n. ?). Licenciado em Letras. Casou
                com D. ANA PRECIOSA BARROS MONTEIRO. Com geração.
          6.   D. MARIA FILOMENA PACHECO DE CASTRO FORJAZ TRIGUEIROS (n. ?). Licenciada em Letras.
          6.   D. MARIA JOSÉ FORJAZ PACHECO DE CASTRO FORJAZ TRIGUEIROS (1956-2010) que nasceu em
               1956 em Cascais.
               Estudou em Roma e em Caracas onde se licenciou em Matemática pela Universidade Central da
               Venezuela (1983). Foi assistente estagiária na Universidade Simon Bulivar (1984-1986) onde obteve o
               título de Mestre em Ciências da Computação. Em Setembro de 1986 ingressou no ISCTE em Lisboa
               como assistente estagiária. Doutorou-se um 1994 em Investigação Operacional pelo Instituto Polité-
               cnico de Grenoble. Exerceu grande variedade de cargos académicos e actividade docente.
               À data da morte, a 1-V-2010, era professora auxiliar com nomeação definitiva no Departamento de
               Ciências e Tecnologias da Informação do ISCTE-IUL.
          6.   JOÃO PAULO FORJAZ PACHECO TRIGUEIROS (n. 1952), nasceu a 7-VII-1952 em Coimbra.
               Licenciado em Artes Plásticas - Escultura pela Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa,
               artista plástico e professor do ensino oficial. Residiu em Cascais.
               Casou com D. MARIA IVONE PENA COSTA (n. 1952), nascida a 14-X-1952 em de Lourenço Marques,
               Moçambique. Divorciados em 2004.
               Tiveram:
               7.   D. IMA ISABEL MEALHA COSTA FORJAZ TRIGUEIROS (n. 1976)nascida a 29-II-1976 na fregue-
                    sia de Alvalade em Lisboa. Arquitecta Designer, licenciada pela Faculdade de Arquitectura da
                    Universidade de Lisboa. Casou com PEDRO PUPO CORREIA NUNES DA SILVA, filho de António
                    José dos Santos Nunes da Silva e de D. Maria Margarida Pupo Correia.
                    Tiveram: 
                    8.   DIOGO MEALHA TRIGUEIROS PUPO CORREIA (n. ? ).
               7.   TIAGO MEALHA COSTA FORJAZ TRIGUEIROS (n. 1977), nascido a 11-X-1977 na freguesia de
                     Alvalade em Lisboa. Arquitecto Urbanista, licenciado pela Faculdade de Arquitectura da Universi-
                     dade de Lisboa.
               7.   D. ANA PAULA MEALHA COSTA FORJAZ TRIGUEIROS (n. 1981), nascida a 7-III-1981
                    na freguesia de Alvalade em Lisboa. Estudou Biologia na Universidade de Évora.
     5.   HENRIQUE ÁLVARES PEREIRA DE SAMPAIO FORJAZ RICALDES TRIGUEIROS (1926-2004), nasceu a
Henrique Álvares Pereira de
Sampaio Forjaz de Ricaldes
Trigueiros (n. 1926).
          9-XII-1926 na freguesia das Mercês em Lisboa, cidade onde faleceu a 28-I-2004.
          Residiu na Parede, concelho de Cascais. Foi diplomata, escritor e tradutor de
          diversas obras, tendo publicado «Os Inatíngíveis» (Sá da Bandeira, Imbondeiro,
          1962), e «Moçambique» (Lisboa, Livraria Bertrand, 1963). Casou em Lisboa com
          D. MARIA EMÍLIA MAUHIN CRUZ, filha de Júlio Cruz, coronel de Infantaria, e de
          sua mulher D. Maria Helena Mauhin, de origem belga.
          Tiveram:
          6.   HENRIQUE NUNO MAUHIN CRUZ FORJAZ TRIGUEIROS (n. 1964), nascido a
               3-IV-1964 em Lisboa. Chefe de Cabine da Air Atlantic. Casou a 14-II-1988 na
               igreja da Parede com D. ANA PAULA BARATA, filha de Dário Barata e de sua
               mulher D. Aida Barata.
               Tiveram:
               7.   D. CAROLINA MAUHIN CRUZ FORJAZ TRIGUEIROS (n. 1992), que nas-
                     ceu a 21-III-1992 em Lisboa.
          6.   D. CATARINA MAUHIN CRUZ FORJAZ TRIGUEIROS (n. 1965), nasceu a 21-XI-1965 em Lisboa.
               Casou duas vezes.
               As primeiras núpcias foram celebradas em 1992 com HENRIQUE JORGE VENTURA (n. 1959), nasci-
               do em 1959, do qual se divorciou em 1996.
               As segundas núpcias foram contraídas em 2001 com JOAQUIM BERNARDES SIMÕES. 
               Filha do 1.º casamento:
               7.   D. MADALENA MAUHIN  FORJAZ TRIGUEIROS VENTURA (n. 1993), que nasceu a 10-VII-1993 em
                     Lisboa.
               Filhos do 2.º casamento.
               7.   BERNARDO MAUHIN TRIGUEIROS BERNARDES SIMÕES (n. 2002), nasceu a 29-X-2002.
               7.   D. MARGARIDA MAUHIN TRIGUEIROS BERNARDES SIMÕES (n. 2004), nasceu a 19-VIII-2004.
          6.   D. MARIA HELENA MAUHIN DA CRUZ FORJAZ TRIGUEIROS (n. 1969), nasceu a 28-XI-1969 na fre-
                guesia da Lapa, em Lisboa.
                Com JOSÉ MANUEL CHAVES CARVALHO (n. 1967), nascido a 4-XI-1967 no Estoril, Cascais, teve:
                7.   D. MARIA MAUHIN FORJAZ TRIGUEIROS DE CARVALHO (n. 2002), a qual nasceu a 29-VII-2002
                      em Cascais.


            Poema de 
            Miguel Duarte de Sampaio Forjaz de Ricaldes Trigueiros (1918-1999)

DEUS NO SOFRIMENTO
Chamaste por mim, Senhor?
Há pouco (a tarde era calma e o dia empalidecia com a nostalgia da cor).
Ouvi passos no caminho, no meu caminho interior.
… E bateram de mansinho à porta da minha alma.
Fui abrir. Nesse momento (foi um momento sem fim), dei guarida ao sofrimento dentro em mim.
Talvez um bobo do vício (a quem Tu, Senhor não dês o orgulho do sacrifício) tivesse medo… Talvez…
Mas eu que vivo a buscar-Te e sei que moras na Dor,
Eu que Te amo em toda a parte, não senti esse temor.
Venho apenas perguntar-Te:
- CHAMASTE POR MIM, SENHOR?



 Notas: 

[1]   É a actual freguesia de São Domingos de Benfica, perto do Convento de Santo António da Convalescença e do Chafariz do mesmo nome, logo no início na Estrada de Benfica (Cruz da Pedra). A Igreja deste Convento serviu de Panteão à Família Sousa Coutinho, mas foi arrasada pelo Terramoto de 1755, após o que foi reconstruída, para ser definitivamente demolida no século XX. Neste edifício esteve instalada, sucessivamente, a Escola Técnica Elementar de Pedro de Santarém, a Escola Preparatória Professor Delfim Santos, e a Universidade Internacional.

[2]   Era parente de Joaquim Lobo de Miranda (1845-1940), 1.º Visconde de Miranda, 
       nascido na Figueira da Foz e falecido em Lagos.