2014-07-13

D. Isabel Coutinho (c. 1575) - Descendência dos Trigueiros

Descendência de Luís de Atouguia (c. 1575) casado com D. Isabel Coutinho (c. 1575), 
bisneta materna de António Trigueiros (c. 1500) e de D. Joana de Góis (c. 1510).
Sousa Coutinho de Atouguia
Delacueva e Mendonça
Morgados de Atouguia
Comendadores de Pinheiro Grande, Cartaxo
Morgados do Ferro
(Torres Novas, 1700)

4.      D. ISABEL COUTINHO (c. 1575)[1], era filha de D. Maria de Teive (c. 1550) e de Fernão Martins de Sousa (c.1550), 8.º Senhor de Baião; neta materna de António de Teive e de D. Melícia de Góis[2]; bisneta materna de António Trigueiros (c. 1500), e de sua mulher D. Joana de Góis (c. 1510).
Casou com LUÍS DE ATOUGUIA (c. 1575), de Torres Novas, moço-fidalgo da Casa Real, filho de Francisco Álvares de Atouguia, senhor do morgado de Atouguia, e de sua primeira mulher D. Leonor de Barros; neto paterno de Luís de Atouguia, senhor do morgado de Beja, e de sua mulher D. Guiomar de Bettencourt.
Tiveram:
5.       FERNÃO ALVARES DE SOUSA, que segue abaixo.
5.       D. CRISTÓVÃO DE ATOUGUIA, cavaleiro de Malta.
5.     D. MARIA DE SOUSA COUTINHO, casada com António Leite Pacheco da Gama, filho de Diogo Leite Pacheco. Tiveram geração.
5.     D. APOLÓNIA DE SOUSA COUTINHO (n. 1605?). Casou em data que desconhecemos com o castelhano D. FERNANDO DE LACUEVA (1604-1655?)[3], 1.º comendador do Pinheiro Grande na Ordem de Cristo, no concelho da Chamusca,  baptizado a 12-IV-1604 em Jaén, na província da Andaluzia, em Espanha. Era filho de Martim Perez Mogollon que casou a 9-V-1594 em San Juan de Jaén com D. Catalina Cobo de La Cueva; a qual, por sua vez, era filha de Juan Cobo de La Cueva que era familiar do Santo Ofício e um dos Vinte-e-Quatro da Cidade de Jaen.
Seu marido era oficial ao serviço de Filipe IV de Espanha durante a denominação filipina, ocupava o cargo de governador militar da Torre de São Julião da Barra, em Oeiras, aquando da Restauração (1640), pelo que teve que proceder à sua entrega ao rei D. João IV (a 12-XII-1640), depois de negociações, para evitar baixas de ambos os lados[4], pois, «já era velho, com filhos e achaques, queria descansar, enfim», e tinha amor à terra da sua mulher, apesar deste acto ser uma traição a Espanha, sua terra natal[5].
Como recompensa teve a 15-IV-1641 a comenda do Pinheiro Grande na Ordem de Cristo, concelho da Chamusca[6] – que rendia mil e quinhentos cruzados –, assim como a 20-VII-1642 obteve administração da comenda de Santa Maria de Assumar na mesma Ordem, no concelho de Monforte, obtida por um ano, cuja posse lhe foi sucessivamente prorrogada[7].

Pedra de Armas dos La Cueva (Espanha)
Brasão dos La Cueva (Espanha)
«D. João IV deu-lhe brasão d'armas: em campo d'ouro dois bastões sanguíneos com uma lapa no contra chefe da sua cor de que surge uma serpe de verde, orla vermelha, carregada de oito aspas d'ouro; timbre a serpe do escudo, nascente, armada de vermelho. Assim se pinta no Livro do rei d'armas. O alvará de mercê diz que la Cueva é de primeira fidalguia de Gastella»[8].

Tiveram geração, da qual conhecemos:
6.      D. JOÃO DE LACUEVA E MENDONÇA (c. 1635), 2.º comendador do Pinheiro Grande. Casou em 1670 com D. LUÍSA MARIA DE BRITO PEREIRA (n. 1648), baptizada a 9-XII-1648 na freguesia de São Cristóvão e São Lourenço, em Lisboa, e falecida em Portalegre, filha de Salvador de Brito Pereira (c. 1610-1651), falecido a 20-VI-1651 no Rio de Janeiro, comendador de Monforte, alcaide-mor de Alter do Chão e governador do Rio de Janeiro (1649-1651) por carta patente de 30-X-1648[9], o qual casou a 24-XI-1637 na Sé de Portalegre com D. Beatriz Pereira (c. 1615).
São João de Brito.
Lisboa, Igreja de S. João de Brito.
Sua mulher D. Luísa Maria de Brito Pereira (n. 1648) foi herdeira de toda a grande casa de seus pais por falecimento de seu irmão Fernão Pereira de Brito (1640-1702). Esta era irmã do jesuíta Heitor de Brito Pereira (1647-1693) – o missionário SÂO JOÃO DE BRITO – que morreu mártir na índia pregando a Fé de Cristo, motivo da sua execução por decapitação e posterior desmembramento, pelo que veio a ser canonizado a 22-VII-1947 pelo Papa Pio XII.
Tiveram:
7.    D. FERNANDO DE LACUEVA E MENDONÇA (1671-1721), baptizado a 21-II-1671 e falecido a 22-X-1721, foi 3.º comendador do Pinheiro Grande, alcaide-mor de Alter do Chão, e coronel de Infantaria na Província da Beira
Casou a 6-VI-1700 na Sé de Portalegre com D. CATARINA JOSEFA BOTELHO DE LACERDA MEXIA, filha de Manuel Mendes Mexia (c. 1630) que foi escrivão da Casa da Índia (29-I-1671)[10] e de sua mulher D. Catarina de Matos Lobo.
          Presumimos que está sepultado, a par de sua mulher, sobe uma laje tumular na Igreja de Santa Maria do Pinheiro Grande[11].
Tiveram:
8.       D. MARGARIDA MENDONÇA (c. 1695).
8.       D. JOÃO DE LACUEVA E MENDONÇA (c. 1736), que foi o 4.º e último comenda-
-dor do Pinheiro Grande[12]. Era capitão de Infantaria e «teve de expatriar-se por haver assassinado o Marquês das Minas, D. João de Sousa[13], quando este saía da Congregação O Oratório [de São Filipe de Néri] em 17 de Setembro de 1722»[14], acto que originou o confisco de todos os seus bens e a sua fuga para Castela com a passagem posterior à Índia onde terá falecido. Do seu palácio, outrora situado a poente desta freguesia, já não há vestígios devido à sua destruição pela passagem da estrada nacional n.º 118.
                                                   Casou duas vezes. A 1.ª com D. MARIA DE SOUSA, e a 2.ª vez, após a sua fuga
                                                   para Castela, com D. MARIA FELICIANA DE ALBUQUERQUE.
                               7.       D. Maria de Brito e Mendonça, casada na freguesia de Turcifal, concelho de Tor-
                                         -res Vedras, com JOÃO REBELO DE VASCONCELOS, natural do Turcifal, familiar do
                                         Santo Ofício (carta de 3-II-1685). Tiveram geração de mais de 15 filhos e filhas, alguns
                                         dos quais seguiram a vida religiosa.
                               7.       Brites Pereira de Brito.
                               7.       Frei Salvador de Brito Pereira.
                               7.       Frei Cristóvão de Brito Pereira (n. 1676), nascido a 14-XII-1676 em Pinheiro
                                         Grande, Chamusca.
                               7.       Francisco (n. 1679), nascido a 5-II-1679 em Pinheiro Grande.
Olivença, Igr. de Sta. Maria Madalena
                               7.      João de LACUEVA e Mendonça (1702-1739), ho-
                                        mónimo de seu pai, nascido a 12-III-1702 em Santa-
                                        rém, e falecido a 29-VIII-1739 na freguesia da Mada-
                                        lena, em Olivença.
                                        Foi capitão de Granadeiros no Regimento de Infan-
                                        taria de Olivença, e obteve a 16-II-1735 o foro de
                                        Cavaleiro Fidalgo por mercê do Rei D. João V (1707-
                                        -1750)[15]
                                        Casou a 16-I-1742 em Olivença com D. TERESA
                                        RITA DE MATOS MEXIA, nascida na freguesia de
                                        Santa Maria da Feira, na cidade de Beja.
                                        Sua mulher era filha de Bento de Matos Mexia (1682-1763), baptizado a ?-X-1682 em
                                        São João da Praça em Lisboa, e falecido no ano de 1763, coronel, fidalgo da Casa
                                        Real, cavaleiro da Ordem de Cristo e governador de Olivença, o qual foi casado com
                                        D. Maria Micaela de Sousa (n. 1682), baptizada a ?-XI-1682 na freguesia dos Mártires
                                        em Lisboa[16].
Olivença, Porta do Calvário.
                                        Tiveram:
                                        8.       Luís Francisco de LACUEVA (n. 1732),
                                                  nascido a 12-XI-1732 em Vila Viçosa, Évora.
                                        8.       Fernando Bento de LACUEVA e MENDON-
                                                  ça (f. 1752), nascido em Olivença, Badajoz, e
                                                  falecido 27-XI-1752.  
          5.       FERNÃO ALVARES DE SOUSA (n. 160?), senhor do morgado de
                    Atouguia.
                    Casou por volta de 1625 com D. CATARINA DE MANCELOS.
                    Tiveram:
                    6.       D. LEONARDA DE ATOUGUIA, que segue.

6.       D. LEONARDA DE ATOUGUIA (n. 1640) que terá nascido por volta de 1640. Casou por volta de 1665 com FRANCISCO DIAS DE LEÃO «o Ferro», homem de negócios, senhor do morgado do Ferro, instituído por seu avô Francisco Dias de Leão a 1-IX-1657. Seu marido era filho de António Dias de Leão, e de D. Maria Dias da Silveira.
Tiveram:
7.       ANTÓNIO LUÍS DE ATOUGUIA (n. 1675?), que segue.

7.      ANTÓNIO LUÍS DE ATOUGUIA (n. 1675?), nascido por volta de 1675, senhor do morgado de Atouguia, moço-fidalgo, que viveu em Torres Novas.
          Casou duas vezes.
As primeiras núpcias foram com D. ISABEL DA SILVA, filha de António da Silva Mascarenhas, senhor de um morgado, e de sua mulher D. Ana de Vasconcelos.
As segundas núpcias foram com D. MARIA CLARA BUCHARD, filha de Nicolau Buchard de Carvalho, cavaleiro da Ordem de Cristo, e de sua mulher D. Francisca Clara.
Filha do 1.º casamento:
8.    D. LEONARDA ISABEL DE VASCONCELOS. Casou com seu parente D. FERNANDO MARTINS MASCARENHAS. Sem geração.
Filho do 2.º casamento:
8.       FRANCISCO LUÍS DE SOUSA ATOUGUIA (n. 1710?), que segue.

8.       FRANCISCO LUÍS DE SOUSA ATOUGUIA (n. 1710?), nascido por volta de 1710, moço-fidalgo
Casou nas segundas núpcias de D. TERESA TEODORA PEREIRA DE SÃO PAIO, filha de Luís da Rocha Guerreiro, natural de Montemor, escrivão dos Órfãos, e de sua mulher D. Josefa Francisca de Silva e Melo, natural de Évora; neta paterna de Luís da Rocha Montenegro e de D. Natália Pereira de São Paio; neta materna de Pedro Soares da Silva e Melo. escrivão de Órfãos, e de D. Antónia Francisca.

           Sua mulher, D. Teresa de São Paio, foi casada em primeiras núpcias com Francisco Xavier Temudo de Mendonça (n. 1699), nascido em 1699 na freguesia do Socorro, Lisboa, filho de Manuel Coutinho de Azevedo e de D. Francisca da Silva Manso. Teve deste seu primeiro casamento Diogo Carlos de Mendonça (n.1726), nascido a 22-VIII-1726 na freguesia da Pena, Lisboa, Porteiro da Câmara dos Meninos de Palhavâ e familiar do Santo Ofício, falecido a 22-II-1775 na Quinta da Rocheira, freguesia de São Mamede da Ventosa, concelho de Torres Vedras, já viúvo de sua prima co-irmã D. Ana Joaquina de Mendonça. 

Tiveram:
9.       FERNANDO DE SOUSA COUTINHO DE ATOUGUIA (n. 1750?), que segue.
9.       FRANCISCO DE SOUSA COUTINHO.
9.       ANTÓNIO DE SOUSA COUTINHO, cavaleiro da Ordem de Cristo.

9.      FERNANDO DE SOUSA COUTINHO DE ATOUGUIA (n. 1750), nascido por volta de 1750, moço-fidalgo, senhor do morgado de Atouguia, e do morgado do Ferro que foi instituído por seu 4.º avô Francisco Dias de Leão, e ainda padroeiro da Igreja de São Onofre da Golegã[17].
          Casou com D. FELÍCIA LAUREANA DE MELO BALDAIA, filha de João do Rego Baldaia (n. 1701)[18] e de Antónia Francisca da Apresentação; neta paterna de Manuel Álvares Martins de Aguiar (n. 1714), vereador na Ilha de São Miguel, e de sua segunda mulher D. Águeda do Rego Baldaia, naturais da freguesia de Relva, Ilha de São Miguel, Açores; e neta materna de João Velho Cabral e Melo, fidalgo da Casa Real, e de D. Apolónia Josefa Borges de Medeiros.
Tiveram:
10.     LUÍS DE ATOUGUIA DE SOUSA COUTINHO, moço-fidalgo, procurador por Torres Novas às Cortes de 1828.
10.     RODRIGO AFONSO DE ATOUGUIA DE SOUSA COUTINHO, tenente de Cavalaria n.º 7.
10.  JOÃO NEPOMUCENO DE ATOUGUIA SOUSA COUTINHO, major do Estado Maior de Cavalaria, casado com MARIA JOANA BALDAIA (c. 1815).
10.     FELIPE, major.
10.     D. MARIA DO CARMO.
10.     D. MARIANA CRISÓSTOMA.
10.     D. MARIA DOS PRAZERES.

_________


Notas:

[1]       GAIO, Felgueiras, Nobiliário, Tít. «Sousas», § 548, N 23, Vol. X, p. 667; Tít. «Costas», § 237 , N. 6, Vol. IV, 
            p. 640-642.
[2]      SOUSA, Augusto Quirino de, «Torrienses na Expansão Quinhentista no Oriente», in. Turres Veteras II – Actas de História Moderna, p. 172.
[3]         Em Castela o nome era grafado «de la Cueva».
[4]      A Torre de São Julião de Oeiras, à data destes acontecimentos, tinha para sua defesa 600 homens e armas e munições para resistir muitos meses.
[5]        CASTELO BRANCO, Camilo, História e Sentimentalismo, Porto, Livraria Internacional, 1880, pp. 57-61.
[6]        ANTT, Registo Geral de Mercês, Ordens, L.1, fl.24v.
[7]        ANTT, Registo Geral de Mercês, Ordens Militares, liv.1, f. 76v; liv .2, f. 160;  liv.3, f. 1v .
[8]        CASTELO BRANCO, Camilo, Op. cit, p. 61.
[9]        ANTT, Registo Geral de Mercês, Mercês, liv. 17, f. 70v-71
[10]      ANTT, Registo Geral de Mercês, Mercês (Chancelaria) de D. Afonso VI, liv.12, f.154v
[11]     Cremos ser erro a atribuição feita por alguns autores desta sepultura ao seu filho D. João. Este, após ter morto o Marquês de Minas, fugiu para Castela e passou à Índia onde terá falecido.
[12]      ANTT, Registo Geral de Mercês, D. João V, L.4, fl. 80v.
[13]      D. JOÃO DE SOUSA (1666-1722), 3º marquês das Minas e 6.º conde do Prado, que já tinha sido autor do assassinato de um magistrado durante uma briga – o corregedor Inácio Sanches Goes – e, por este motivo, foi julgado e degolado em estátua no Rossio, devido a andar fugido em Paris, de onde obteve o perdão real de D. Pedro II (1699) com a condição de não mais frequentar a corte.
[14]     D. JOÃO DE LACUEVA E MENDONÇA (c. 1736) não gostava do Marquês de Minas, o assassino do corregedor Inácio Goes, que agora tinha a patente de general. Este, por sua vez, desprezava Lacueva e já o desfeiteara publicamente com depreciativos cumprimentos de «vossemecê», proferidos com uma entonação afrontosa. Numa tarde em Lisboa, em resposta à saudação que lhe fez Lacueva de «Deus guarde vossa excelência», retorquiu com um injurioso: «Guarde Deus a vossemecê», em vez do tratamento de "senhoria" que competia a Lacueva. Houve uma troca de palavras azedas e o general levantou o bastão ameaçando Lacueva, o qual, não tolerando o desaforo, de imediato arrancou da espada e passou-o do peito às costas, como a sua vítima já tinha feito ao corregedor que assassinou 28 anos antes.
[15]      ANTT, Registo Geral de Mercês, Mercês de D. João V, liv. 26, f.352.
[16]    D. MARIA MICAELA DE SOUSA (n. 1682), era filha de Miguel des Landes – origem dos DESLANDES portugueses – que devido a perseguições sofridas pelos protestantes de França veio para Portugal em 1669 e aqui se fixou. Converteu-se ao catolicismo e foi impressor da Casa Real.
[17]     Dava-se o nome de Padroado às regalias e benefícios que o fundador ou protector (padroeiro) adquiria em relação a um mosteiro, igreja ou capela, direitos estes que transmitia aos seus herdeiros.
[18]      JOÃO DO REGO BALDAIA (c. 1776), e seus irmãos, fizeram uma petição em 1776 para «receber como únicos herdeiros a herança deixada por seu irmão António do Rego Baldaia, solteiro, natural de Relva e falecido na vila de Nossa Senhora do Livramento do Rio das Contas, Baía». (ANTT, Feitos Findos, Fundo Geral, letra A, mç. 2221).

2014-07-07

D. Maria de Teive (c. 1550) - Descendência dos Trigueiros.

Descendência de 
Fernão Martins de Sousa (c. 1550), com D. Maria de Teive (c. 1550), 
neta paterna de
António Trigueiros (c. 1500) e de D. Joana de Góis (c. 1510).

§ 1
Martins de Sousa
Morgado de Vale de Galegos
Senhores do Baião
(Torres Vedras, 1550)


Baião.

3.       D. MARIA DE TEIVE (c. 1550), filha de António de Teive e de D. Melícia de Góis[1].
Era neta paterna de António Trigueiros (c. 1500), fidalgo de origem castelhana que passou a Portugal em Outubro de 1500 no séquito da infanta D. Maria (1482-1517, e de sua mulher D. Joana de Góis (c. 1510)[2]; neta materna de Diogo Vaz de Teive (c. 1470), vedor da rainha D. Catarina, e de sua mulher Catarina Rodrigues Cardoso (c. 1480). 
Casou com FERNÃO MARTINS DE SOUSA (c. 1550), natural de Lamego, 8.º Senhor de Baião, cuja sucessão ganhou numa disputada com seu primo João de Sousa de Lima, e foi-lhe confirmado por carta de Filipe II em 1594[3].
O senhorio das terras do Baião, na posse da família CAMELO, andou envolto em disputas de sucessão travadas pelos herdeiros dos seus primeiros possuidores.
Por volta de 1350, os seus detentores passaram a usar o nome de SOUSA devido ao casamento de ÁLVARO GOMÇALVES CAMELO (c. 1350), 3.º senhor de Baião, com D. INÊS DE SOUSA (c. 1360), tetraneta do rei D. Afonso III (1248-1279).
Destes foi filho LUÍS ÁLVARES DE SOUSA (C. 1390), 4.º senhor de Baião, vedor da Fazenda do Porto, casado com D. FILIPA COUTINHO (c. 1400), em cuja descendência andou a tenência desta terra.           
Tiveram:
4.       CRISTÓVÃO DE SOUSA (c. 1570), 9.º Senhor de Baião, que segue abaixo.
4.       JOÃO FERNANDES DE SOUSA.
4.       D.ISABEL COUTINHO (c. 1575), casada com Luís de Atouguia, senhor do morgado de Atouguia, com geração conhecida.
4.       D. ANTÓNIA DA GUERRA.
4.       D. JOANA DA GUERRA.

4.    CRISTÓVÃO DE SOUSA (c. 1570), 9.º Senhor da Casa de Baião, da Lagea e de Nogueira, por confirmação do Rei Filipe II em 1618, assim como do morgado da Quinta de Vale de Galego, junto a São Mamede da Ventosa, Torres Vedras, instituído por António de Teive (c. 1531). Casou duas vezes.
          As suas primeiras núpcias foram com D. LEONOR DA CUNHA (c. 1580), filha de Gonçalo Pinto Guedes (c. 1535), alcaide-mor de Celorico de Basto, casado em Vila Real com Brites da Cunha (c. 1540); neta paterna de Francisco Vaz Guedes (c. 1510), e de Maria de Valência; e neta materna de Jerónimo da Cunha (c. 1515), senhor de Vale da Cunha, e de D. Leonor Taveira (c. 1520).
          As segundas núpcias foram celebradas com D. CATARINA GOUVEIA (c. 1580), filha herdeira de Manuel de Gouveia, natural de Alenquer, guarda-mor da Casa da Índia e correio-mor do Reino, cargo que vendeu a Luís Gomes da Mata por 70.000 cruzados, e de sua mulher Inês da Guerra Coelho.
Filhos do 1.º casamento:
5.       FERNÃO MARTINS DE SOUSA (c. 1570), senhor da Casa de Baião, que segue abaixo.
5.       D. MARIANA, freira em São Bento do Porto.
5.       ANTÓNIO DE SOUSA, cavaleiro da Ordem de Cristo, que passou à Índia. Casou e teve filhos, os quais não tiveram geração.
Filhos do 2.º casamento:
5.       MANUEL DE SOUSA COUTINHO.
5.       RAFAEL DE SOUSA.
5.       JOÃO DE SOUSA, frade no Convento do Carmo, em Lisboa.
5.       ANTÓNIO DE SOUSA, frade Dominicano.

5.      FERNÃO MARTINS DE SOUSA (c. 1570), senhor da Casa de Baião. Casou com D. MARIA DE ATAÍDE, filha de Fernão Gonçalves da Câmara (c. 1530), comendador de São Cristóvão de Nogueira, que viveu no Porto, e de sua mulher D. Brites Manuel (c. 1530); neta paterna bastarda de Simão Gonçalves da Câmara (1512-1580)[4], 1.º Conde da Calheta, 4.º capitão da Ilha da Madeira.
Tiveram:
6.       CRISTÓVÃO DE SOUSA COUTINHO, casado com D. Maria Vitoria de Lima, que segue abaixo.
6.       ANTÓNIO DE SOUSA COUTINHO.
6.       D. LEONOR DE TÁVORA, freira em São Bento do Porto.
6.       D. BRITES, freira em Baião.
6.       D. MARIA, freira em Baião.

6.      CRISTÓVÃO DE SOUSA COUTINHO, senhor do Baião. Casou com D. MARIA VITORIA DE TÁVORA (ou LIMA), filha de D. António da Silveira, e de D. Catarina de Lima.
Tiveram:
7.       JOÃO FERNANDES DE SOUSA, falecido sem geração.
7.       FERNÃO MARTINS DE SOUSA, 12.º Senhor do Baião, falecido sem geração.
7.      D. CATARINA HELENA ROSA DE LIMA (c. 1707), 13.ª Senhora do Baião, casada em 1707 com Gaspar da Costa Ataíde (c. 1701), alcaide-mor de Sortelha, os quais seguem no § 2.         
7.       D. LEONOR, freira em Odivelas.
7.       D. JOANA, freira em Odivelas.
§ 2
Sousa Coutinho
Senhores do Baião
Alcaides-mores de Sortelha
(Lisboa, 1707)

7.      D. CATARINA HELENA ROSA DE LIMA (c. 1707), 13.ª Senhora do Baião, filha de Cristóvão de Sousa Coutinho, e de sua mulher D. Maria Vitória de Lima.
Pombal, Quinta da Gramela.
Casou em 1707 com GASPAR DA COSTA ATAÍDE (c. 1701), capitão-mor das naus que na monção de 1701 partiram para a Índia[5], alcaide-mor de Sortelha (1703)[6], filho de Gonçalo da Costa Coutinho e de D. Isabel de Ataíde. Foi senhor da Quinta da Gramela, próxima a Pombal, cujo senhorio veio a ser atribuído por provisão régia de 1744 ao futuro marquês de Pombal, com o qual tinha laços de parentesco por parte do seu pai que pertencia à família Ataíde[7].
Tiveram:
8.       CRISTÓVÃO DA COSTA ATAÍDE E TEIVE DE SOUSA COUTINHO, que segue abaixo.
8.       JOÃO DA COSTA ATAÍDE (n. 1711), que foi casado com D. ANA SOARES.

8.      CRISTÓVÃO DA COSTA ATAÍDE E TEIVE DE SOUSA COUTINHO (n. 1709), moço-fidalgo da Casa Real (1768)[8]. Casou em 1727 com D. JULIANA MARIA DE NORONHA, filha de Manuel de Sousa Tavares (c. 1680), senhor de Mira, e de D. Maria Josefa de Noronha (c. 1680); neta paterna de Bernardim de Távora e Sousa (c. 1630), senhor de Mira, e de Maria de Sousa (c. 1650); e neta materna de João da Silva Telo de Meneses (n. 1648), 3.º Conde de Aveiras, nascido a 7-VII-1648, regedor da Casa da Suplicação (1703)[9], presidente da Câmara e Governo da cidade de Lisboa (1711)[10], de sua mulher D. Juliana de Noronha (c. 1650)[11].
Tiveram:
9.       D. MARIA DE NORONHA (n. 1729).
9.      FERNANDO DA COSTA ATAÍDE E TEIVE DE SOUSA COUTINHO (n. 1730), 14.º Senhor do Baião, que segue abaixo.
9.       MANUEL DA COSTA ATAÍDE (n. 1732)
9.       D. MARGARIDA DE NORONHA (n. 1733).
9.       JOÃO DA COSTA (n. 1734).
9.       FRANCISCO DA COSTA (n. 1736).
9.       D. ANTÓNIA DE NORONHA (n. 1737).
Brasil,
Fortaleza de São José de Macapá.

9.   FERNANDO DA COSTA ATAÍDE E TEIVE DE SOUSA COUTINHO (n. 1730), 14.º senhor do Baião, fidalgo da Casa Real, que obteve a comenda da Rebaldeira da Ordem de Santiago no concelho de Torres Vedras (1739)[12]. Foi nomeado Governador e Capitão Geral do Grão Pará e Maranhão (1763)[13], onde autorizou em 1764 a construção da Fortaleza de São José de Macapá que foi inaugurada a 19-III-1782, a qual era a maior, a mais sólida e mais bela fortificação construída pelos portugueses no Brasil durante o período colonial. 
Casou em 1773 com D. FRANCISCA ANTÓNIA DE MENDONÇA (c. 1733), filha de D. Jorge Francisco Machado de Mendonça Eça Castro e Vasconcelos (1726-1766), nascido a 5-X-1726 na freguesia de Santa Catarina, em Lisboa, e de sua mulher D. Luísa Antónia de Saldanha Oliveira e Sousa (1724-1785), nascida a 5-V-1724 na freguesia da Sé, em Lisboa; neta paterna de Luís Carlos Machado de Mendonça Eça Castro e Vasconcelos (n. 1704), 7.º Senhor de Entre Homem e Cavado, e de D. Isabel Henriques (c. 1700); e neta materna de João Pedro Saldanha Oliveira e Sousa (1684-1732) e de Inês Antónia Domingas Josefa Raimunda da Silva (1694-1727).
Tiveram:
10.    FERNANDO ROMÃO DA COSTA DE ATAÍDE E TEIVE DE SOUSA COUTINHO (c. 1788), 15.º Senhor do Baião, teve o foro de moço-fidalgo (1788)[14], e foi casado com D. MARIA INÊS ANTÓNIA DE ALBUQUERQUE.
10.     JOSÉ DA COSTA ATAÍDE (c. 1788), teve foro de moço-fidalgo da Casa Real (1788)[15].
10.     D. MARIA ROSA DA COSTA, casado com BENTO DE MOURA E MENDONÇA.
10.     D. MARIA HONORATA.
10.     D. MARIA LIBERATA DA COSTA DE ATAÍDE DE SOUSA COUTINHO (1785-1842), que segue.
10.     D. MARIA JOANA DA COSTA, casada com António Carlos de Cordes.

10.    D. MARIA LIBERATA DA COSTA DE ATAÍDE DE SOUSA COUTINHO (1785-1842), baptizada a 30-XI-1785 na Sé de Viseu. Teve a administração da Capela de Santa Catarina instituida por Maria Dias na Igreja de São Pedro da cidade de Évora (1826)[16].
Casou a 3-XII-1805 na Igreja de Santo Antão, em Évora, com FERNANDO DA MESQUITA PIMENTEL DE PAIVA FUZEIRO BARRETO SALEMA ROBOREDO (1782-1836), nascido a 25-I-1782, falecido a 10-I-1836, fidalgo-cavaleiro da Casa Real, senhor do Morgado de São Manços[17], coronel de Milícias de Évora, filho de João de Mesquita Pimentel de Paiva Fuzeiro Roboredo (1738-1814), fidalgo da Casa Real, senhor de São Manços, coronel de Milícias de Évora, sargento-mor de Cavalaria, nascido em 1738 em Évora, cidade onde faleceu a 27-IV-1814, e de sua mulher D. Bernarda de Saldanha Noronha e Meneses (1760-1803), falecida a 9-IV-1803.
Tiveram:
11.    D. MARIA DAS DORES CARLOTA DE MESQUITA PIMENTEL (c. 1815), que segue.

11.     D. MARIA DAS DORES CARLOTA DE MESQUITA PIMENTEL (c. 1815), casada com ANTÓNIO MARIA DA SILVA VALENTE (1827-1878), governador de Quelimane, Moçambique, filho de José António da Silva Valente (c. 1785), e de sua mulher D. Maria Amélia Pinto de Miranda (c. 1790).
Tiveram:
12.     FERNANDO AUGUSTO DE MESQUITA VALENTE (c. 1850), que segue.

12.    FERNANDO AUGUSTO DE MESQUITA VALENTE (c. 1850), filho de D. Maria das Dores Carlota da Mesquita Pimentel (c. 1815) e de seu marido António Maria da Silva Valente (1827-1878). Casou com D. ELISA AMÉLIA DE ALMEIDA FIGUEIREDO (c. 1865), filha de Francisco Joaquim de Almeida Figueiredo (c. 1835), e de sua mulher D. Henriqueta Angélica Tormenta (c. 1840).
Tiveram:
13.     D. MARIA HENRIQUETA FIGUEIREDO DE MESQUITA VALENTE (n. 1892), que segue.

13.     D. MARIA HENRIQUETA FIGUEIREDO DE MESQUITA VALENTE (n. 1892), nascida em 1-XI-1892.
Casou com JOSÉ CAETANO MAZZIOTTI SALEMA GARÇÃO (1893-1961), nascido a 19-XI-1893 e falecido a 11-III-1961, filho de Pedro António de Sande Salema Garção (1852-1932), nascido a 3-X-1852, e de sua mulher D. Maria Vicência Posser Mazziotti (1856-1917), nascida a 16-IX-1856 na freguesia do Loreto, Lisboa, onde faleceu a 24-II-1917; neto paterno de José Maria Stocker Salema Garção (1823-1871), nascido a 7-VI-1823 na freguesia da Encarnação, Lisboa, falecido a 26-IV-1871 em Braga, e de sua mulher D. Maria Rita Rodrigues Carneiro Zagalo e Melo (c. 1820); neto materno de Caetano Bregaro Mazziotti (c. 1830), e de sua mulher D. Maria Guilhermina da Costa Posser (n. 1835), nascida a 21-IV-1835.
Tiveram:
14.     PEDRO ANTÓNIO SALEMA GARÇÃO (n. 1917), que segue abaixo.
14.    FERNANDO JOSÉ SALEMA GARÇÃO (1917-1985), nasceu a 14-III-1917 em Lisboa, e falecido a 4-I-1985. Casou com D. MARIA CELESTE AMARAL TAVARES DE CARVALHO (n. 1921), nascida a 30-IX-1921.
Tiveram:
15.    D. TERESA MARIA DE CARVALHO SALEMA GARÇÃO (n. 1944), nasceu a 1-II-1944, em Lisboa. Casou no ano de 1940 com ANTÓNIO JOSÉ CARDOSO NUNES DE ALMEIDA (c. 1940).
15.    JOSÉ MANUEL DE CARVALHO SALEMA GARÇÃO (n. 1945), nasceu a 6-II-1945. Casou no ano de 1945 com D. MARIA ISABEL DE MORAIS PINHEIRO DA SILVA (c. 1945).
15.     D. MARIA DA CONCEIÇÃO TAVARES DE CARVALHO SALEMA GARÇÃO (n. 1946), nasceu a 12-III-1946. Casou com LUÍS DE AZEREDO VAZ PINTO (n. 1939), nascido a 9-V-1939.
Tiveram:
16.     D. MARIA DA PUREZA SALEMA GARÇÃO VAZ PINTO.
16.     LOURENÇO SALEMA GARÇÃO VAZ PINTO.
15.    D. MARIA DA GRAÇA SALEMA GARÇÃO (n. 1948), que nasceu a 3-XII-1948. Casou com ANTÓNIO FREIRE DE ANDRADE MARQUES DA COSTA (c. 1945).
Tiveram:
16.    JOÃO SALEMA GARÇÃO MARQUES DA COSTA (n. 1980), que nasceu a 30-VII-1980.
16.    NUNO SALEMA GARÇÃO MARQUES DA COSTA (n. 1981), nascido a 3-XI-1981.
15.    FERNANDO JOSÉ DE CARVALHO SALEMA GARÇÃO (n. 1951), nascido a 4-VI-1951 em Lisboa. Casou a 30-XII-1978 com ANA MARIA DE LAPUENTE BUZAGLO (n. 1951), nascida a 21-X-1951.
Tiveram:
16.    MIGUEL MARIA BUZAGLO SALEMA GARÇÃO (n. 1982), nasceu a 10-XI-1980.
16.     D. ANA BUZAGLO SALEMA GARÇÃO (n. 1982), nasceu a 17-IX-1982.
16.     D. FILIPA BUZAGLO SALEMA GARÇÃO (n. 1988), nasceu a 17-X-1988.
15.     JOSÉ PEDRO SALEMA GARÇÃO (n. 1954), nasceu a 16-IV-1954 em Lisboa.
15.     D. MARIA RITA AMARAL SALEMA GARÇÃO (n. 1955), nasceu a 2-III-1955 em Lisboa.
15.    D. MARIA DO ROSÁRIO SALEMA GARÇÃO (n. 1956), nasceu a 28-XI-1956, e casou com com ANTÓNIO MANUEL PEREIRA CALDAS DE CASTRO HENRIQUES (c. 1955).
14.    D. MARIA TERESA VALENTE SALEMA GARÇÃO (n. 1919), casada com D. José Frederico Lobo de Almeida Melo e Castro (1912-2003), com geração que segue no § 3.

14.    PEDRO ANTÓNIO SALEMA GARÇÃO (n. 1917), nasceu a 14-3-1917 em Lisboa, cidade onde casou a 23-XII-1942 com D. MERCEDES REYNOLDS DOS ANJOS (n. 1919), nascida a 4-IX-1919 em Vigo, Espanha, filha de Alfredo Pedro Hell dos Anjos (1890-1892), 2.º Conde de Fontalva, nascido a 2-VIII-1890 em Viena, Áustria, e falecido a 26-IV-1892 em Lisboa, casado a 10-X-1910 na Quinta da Amoreiras, em Santa Maria da Azóia, com D. Maria da Graça Reynolds (1892-1962), nascida a 26-IV-1892 em Lisboa, e falecida a 7-VIII-1962; neta paterna de Alfredo Ferreira dos Anjos (1860-1927), 1.º Conde de Fontalva, e de D. Adélia Hell (c. 1860).
Tiveram:
15.     JOSÉ MARIA SALEMA GARÇÃO (n. 1945), que segue abaixo.
15.     CARLOS MANUEL ANJOS SALEMA GARÇÃO (n. 1946), nascido a 2-IV-1946.
15.     D. ISABEL MARIA DA CONCEIÇÃO ANJOS SALEMA GARÇÃO (1947-1977), nasceu a 9-IV-1947, e veio a falecer prematuramente a 30-I-1977. Casou a 6-VIII-1972 em Sintra, nas primeiras núpcias de D. MANUEL ALFREDO DA CUNHA JOSÉ DE MELO (n. 1948), nascido a 3-X-1948 na freguesia de Santos-o-Velho, em Lisboa, filho de D. Jorge Augusto Caetano da Silva José de Melo (n. 1921), nascido a 1-IX-1921 na freguesia de São Martinho, em Sintra, e de sua primeira mulher D. Maria Eugénia José de Orey da Cunha de Mendonça e Meneses (n. 1925), nascida a 18-IX-1925 em Cascais, a qual era por sua vez era filha de D. Pedro José de Melo da Cunha de Mendonça e Meneses (n. 1898), 4º Marquês de Olhão, 3.º Marquês de Valada, e de sua mulher D. Maria da Assunção Perestrelo de Albuquerque de Orey (n. 1899). Por seu falecimento, seu marido casou em segundas núpcias a 17-IV-1982 na freguesia da Lapa, em Lisboa, com D. Ana Maria de Almeida Melo e Castro (n. 1944), nascida a 26-XII-1944 em Lisboa, da qual tem geração.
Tiveram:  
16.    D. JORGE MARIA SALEMA GARÇÃO JOSÉ DE MELO (n. 1973), nasceu a 11-VII-1973 em Lisboa.
16.     D. DIOGO MARIA SALEMA GARÇÃO JOSÉ DE MELO (n. 1974), nasceu a 25-VI-1974.   
15.     FRANCISCO JOSÉ ANJOS SALEMA GARÇÃO (n. 1949), nasceu a 14-VIII-1949.
15.     JOSÉ CAETANO ANJOS SALEMA GARÇÃO (n. 1953), nasceu a 17-X-1953.
15.     D. MARTA MARIA ANJOS SALEMA GARÇÃO (n. 1958), nasceu a 16-VI-1958.
                  
15.     JOSÉ MARIA SALEMA GARÇÃO (n. 1945), nasceu a 14-III-1917. Casou a com D. MARIA LUÍSA BELO DE SOUSA REGO (n. 1947), nascida a 27-VII-1947, filha de Carlos Manuel Pinto da Fonseca de Lima de Sousa Rego (n. 1916), nascido a 10-II-1916 na freguesia de São Sebastião da Pedreira, em Lisboa, e de D. Maria Isabel Ferreira de Lima de Almeida Belo (n. 1924), nascida a 30-IV-1924 na freguesia de Santos-o-Velho, em Lisboa.
Tiveram:
16.  D. MÓNICA DE SOUSA REGO SALEMA GARÇÃO (c. 1971), nasceu a 19-IX-1971. Licenciada em Gestão e Administração de Empresas, casou a 4-V-1996 com GIL ANDERSEN DE ALBUQUERQUE D´OREY (n. 1967), nascido a 9-XII-1967 em Coimbra, filho de Maurício Guilherme de Albuquerque d´Orey (f. 1985), falecido a 5-VII-1985, e de sua mulher D. Ingrid Bastos Andersen (c. 1944); neto paterno de Manuel Gil de Sárrea de Albuquerque d´Orey (n. 1912), nascido a 4-IV-1912 em Santo Amaro, Oeiras.
Tiveram:
17.    MARIA DO MAR SALEMA GARÇÃO DE ALBUQUERQUE D´OREY (n. 1999), nasceu a 21-IV-1999 em Lisboa.
17.     DIANA SALEMA GARÇÃO DE ALBUQUERQUE D´OREY (n. 2001), nasceu a 14-VIII-2001.
16.     FILIPA DE SOUSA REGO SALEMA GARÇÃO.
16.     SOFIA DE SOUSA REGO SALEMA GARÇÃO.


§ 3
       Almeida Melo e Castro
     (Lisboa, 1944)


14.   D. MARIA TERESA VALENTE SALEMA GARÇÃO (n. 1919), filha de D. Maria Henriqueta Valente (n. 1892) e de José Caetano Mazziotti Salema Garção (1893-1961).  
Casou com D. JOSÉ FREDERICO LOBO DE ALMEIDA MELO E CASTRO (1912-2003), nascido a 21-VIII-1912 na freguesia de Santa Maria em Sintra, e falecido a 27-II-2003, filho de D. Pedro Maria Rafael Lobo de Almeida Melo e Castro (1886-1839), nascido a 12-XI-1886 na freguesia de São José em Lisboa, falecido a 31-VIII-1839 na freguesia de Santa Maria em Sintra, e de sua mulher D. Laura Davidson de Guimarães Serôdio (n. 1890), nascida a 11-IV-1890; neto paterno de D. Francisco Lobo de Almeida Melo e Castro (1860-1890), nascido a 9-III-1890, falecido a 2-V-1890, e de sua mulher D. Maria Luísa de Almeida e Vasconcelos (1864-1886), nascida na freguesia dos Anjos em Lisboa, e falecida a 10-XI-1886; neto materno de José Gonçalves Guimarães Serôdio (1855-1937), 1.º Conde de Sabrosa, terra onde nasceu a 19-XI-1855, falecido a 21-X-1937, o qual foi casado com D. Florence Davidson (c. 1860-1927).
Tiveram:
15.      D. PEDRO JOSÉ DE ALMEIDA DE MELO E CASTRO (n. 1944), que segue abaixo.
15.    D. TERESA MARIA DE ALMEIDA MELO E CASTRO (n. 1945), nasceu a 19-XII-1945. Casou com JOSÉ RIBEIRO DA CUNHA (n. 1921), nascido a 13-X-1921.
Tiveram:
16.     D. FREDERICO JOSÉ FARIA RIBEIRO DA CUNHA.
16.     D. MARIA MARGARIDA FARIA RIBEIRO DA CUNHA.
16.     D. MARIA LUÍSA FARIA RIBEIRO DA CUNHA.
15.     D. DINIS JOSÉ DE ALMEIDA MELO E CASTRO (n. 1947), nasceu a 9-V-1947 em Lisboa. Casou a 15-III-1980 em Lisboa com MARIA ISABEL DE OREY CANCELA DE ABREU (n. 1946), nascida a 10-I-1946.
Tiveram:
16.     D. FREDERICO CANCELA DE ABREU MELO E CASTRO (n. 1983).
15.     D. MANUEL JOSÉ DE ALMEIDA MELO E CASTRO (n. 1949), nasceu a 2-II-1949.
Casou em primeiras núpcias a 29-XII-1976, em Inglaterra, com D. ÂNGELA MELANIE GEE.
Casou em segundas núpcias a 4-IX-1982 na Quinta das Gaeiras com D. ANA RITA LUPI CORREIA DE SAMPAIO (n. 1956), nascida a 13-VII-1956, filha de Pedro Maria José Correia da Silva de Sampaio (n. 1929), nascido a 19-III-1929 na freguesia de Santa Catarina, em Lisboa, casado a 5-VIII-1954 na Quinta do Furadouro, em Óbidos, com D. Leonor Maria Ferreira Pinto Basto Lupi (n. 1931), nascida a 22-I-1931 na freguesia das Mercês, em Lisboa.
Filhos do 1.º casamento:
16.   D. CHARLOTTE LUCIE GEE DE MELO E CASTRO (n. 1977), nasceu a 25-XII-1977 em Inglaterra.
Filhos do 2.º casamento:
16.     D. MARTA CORREIA DE SAMPAIO DE MELO E CASTRO.
16.     D. MARIANA CORREIA DE SAMPAIO DE MELO E CASTRO.
15.     D. ANA MARIA DE ALMEIDA MELO E CASTRO (n. 1944), que nasceu a 26-XII-1944 em Lisboa. Casou nas segundas núpcias de D. MANUEL ALFREDO DA CUNHA JOSÉ DE MELO (n. 1948), nascido a 3-X-1948 na freguesia de Santos o Velho, em Lisboa.

D. Manuel Alfredo da Cunha
José de Melo (n. 1948).
D. Jorge de Melo (1921-2013)
Seu marido, que já fora casado em primeiras núpcias com D. Isabel Maria da Conceição Anjos Salema Garção (n. 1947), era filho de D. Jorge Augusto Caetano da Silva José de Melo (1921-2013), mais conhecido por JORGE DE MELO, um dos maiores financeiros e industriais do país até à revolução do 25 de Abril (1974), nascido a 1-IX-1921 na freguesia de São Martinho, Sintra, e falecido a 10-XI-2013 na freguesia dos Prazeres, em Lisboa, e de sua primeira mulher D. Maria Eugénia José de Orey da Cunha Mendonça e Meneses (n. 1925), nascida a 18-IX-1925 em Cascais; neto paterno de D. Manuel Augusto José de Melo (1895-1966)[18], e de D. Amélia de Resende Dias de Oliveira da Silva (1896-1958)[19].
Tiveram:
16.     D. ANA MELO E CASTRO JOSÉ DE MELO.    
           15.     D. PEDRO JOSÉ DE ALMEIDA DE MELO E CASTRO (n. 1944) que nasceu a 26-XII-1944 em
                     Lisboa. Casou com D. MARIA JOÃO EMAÚZ TAVARES DE CARVALHO (n. 1944), nascida a
                     21-IX-1944.
                     Tiveram:
                     16.     D. ANA TAVARES DE CARVALHO DE MELO E CASTRO.
                     16.     D. PEDRO TAVARES DE CARVALHO DE MELO E CASTRO.
                     16.     D. CATARINA TAVARES DE CARVALHO DE MELO E CASTRO.
                     16.     D. JOSÉ MARIA TAVARES DE CARVALHO DE MELO E CASTRO.

______________________

Notas:

[1]    SOUSA, Augusto Quirino de, «Torrienses na Expansão Quinhentista no Oriente», in. Turres Veteras II – Actas de História Moderna, p. 172.
[2]    De Joana de Góis (c. 1510) desconhecemos a progenitura mas, hipoteticamente, poderá ser parente de um Pedro de Góis (c. 1513), morador em Óbidos, filho de Álvaro Gonçalves e de Leonor de Góis, irmão de Nuno de Góis, alcaide-mor de Alenquer, que por carta de D. Manuel datada de 1513 teve brasão de armas. – Cfr. Visconde Sanches de Baena, Archivo Heraldico-Genealogico, V. I, p.545.
[3]    GAIO, Felgueiras, Nobiliário, Tít. «Sousas», § 548, N 23, Vol. X, pp. 667-668.
[4]    Simão Gonçalves da Câmara (1512-1580) é trineto de João Gonçalves Zarco, criado do infante D. Henrique e 1.º capitão da Ilha da Madeira, da qual foi um dos achadores.
[5]    ANTT, Registo Geral de Mercês, D. Pedro II, Liv.10, fl.167v.
[6]    ANTT, Registo Geral de Mercês, D. Pedro II, Liv.10, fl.167v-168.
[7]  A Quinta da Gramela, nos alvores do século XVIII, tinha uma grande extensão que englobava várias localidades do concelho de Pombal, nomeadamente nas freguesias de Pombal, Redinha e Abiúl, e ainda do concelho de Soure. A esta imensa propriedade, já na posse do Marquês de Pombal, virá a juntar-se em 1763, a Quinta de Nossa Senhora do Desterro, a sul da Gramela, que englobava as localidades de Santorum, Granja e Escoural, acrescentada com a compra da Quinta de S. Gião, situada a norte da Quinta da Gramela, e cuja extensão englobava as localidades de Aldeia dos Redondos, Reis, Charneca dos Reis, Almagreira e Lagares. Esta zona agrícola, tem as terras mais férteis do concelho de Pombal.
[8]    ANTT, Registo Geral de Mercês, D. José I, Liv. 21, fl. 390.
[9]    ANTT, Registo Geral de Mercês, D. João V, Liv. 1, fl. 435.
[10]  ANTT, Registo Geral de Mercês, D. João V, Liv. 1, fl. 436.
[11]  D. Juliana de Noronha (c. 1650), filha de D. João da Costa (1610-1664), 1.º conde de Soure, e de sua mulher D. Francisca de Noronha.
[12]  ANTT, Registo Geral de Mercês, D.João V, Liv.6, fl.57v.
[13]  ANTT, Registo Geral de Mercês, D.José I, Liv.17, fl.310v.
[14]  ANTT, Registo Geral de Mercês, D. Maria I, Liv. 23, fl. 103.
[15]  ANTT, Registo Geral de Mercês, D.Maria I, Liv. 23, fl. 103.
[16]  ANTT, Registo Geral de Mercês, D.João VI, Liv. 21, fl. 296v.
[17]  O Morgado de São Manços, que incluí a freguesia de São Manços, no concelho de Évora, foi instituído por Vasco Martins de Pavia (c. 1400) e sua mulher Dona Maria Fernandes Cogominho (c. 1400), dos quais descende a família Mesquita Pimentel.
[18]  D. Manuel Augusto José de Melo (1895-1966), conhecido por Manuel de Melo, grande financeiro e industrial, era filho de D. Jorge José de Melo (1875-1922), 2.º conde do Cartaxo, e de sua mulher D. Maria Luísa de Lima Mayer (1875-1958.
[19]  D. Amélia de Resende Dias de Oliveira da Silva (1896-2958) era filha de Alfredo da Silva (1871-1942), Industrial, fundador da C.U.F. (Companhia União Fabril), da Tabaqueira, da Sociedade Geral de Comércio, Indústria e Transportes, deputado pelo Partido Regenerador Liberal (1906), senador pela Associação Industrial Portuguesa (1918), casado com D. Maria Cristina de Resende Dias de Oliveira (1877-1958).