2011-03-01

VISCONDES DE ABRANÇALHA


JOÃO JOSÉ HENRIQUES TRIGUEIROS DE CASTRO ATAÍDE
(1836-1905)

1.º Visconde de Abrançalha



João José Henriques Trigueiros
de Castro Ataíde (1836-1905),
1.º Visconde de Abrançalha.


JOÃO JOSÉ HENRIQUES TRIGUEIROS DE CASTRO ATAÍDE (1836-1905?), 1.º Visconde de Abrançalha por mercê de D. Luís I (Decreto de 28-VII-1869)[1].

Abrantes, Jazigo da família
do Visc. de Abrançalha.
Brasão de armas: partido
de COUTINHO e ATAÍDE.
e

Nasceu a 4-VII-1836 e foi baptizado a 17-VIII-1836 em São Miguel da Sé em Castelo Branco, tendo por padrinhos de baptismo José Maria Moreira de Bergara de Lisboa, que viria a ser marechal de campo, pelo qual tocou por procuração o capitão Nicolau Teles Nunes Guedelha de Escalos de Baixo, e ainda D. Maria Teresa de Castro e Ataíde (mulher de José Maria Moreira de Bergara), por quem tocou por procuração Simão Trigueiros do Rego Martel.
Faleceu já viúvo e sem filhos a 1-XII-1905 na Rua Santos e Silva (antiga Rua Grande), na freguesia de São Vicente em Abrantes, tendo sido sepultado no cemitério público desta cidade.

Foi fidalgo-cavaleiro da Casa Real por alvará de D. Maria II (3-II-1849)[2], e moço-fidalgo com exercício no Paço por alvará de D. Pedro V (9-II-1858)[3].

Era senhor de um valioso e imenso património na região de Abrantes onde tinha várias casas e propriedades, das quais as principais são a Casa da Rua Grande em Abrantes, e a Casa e Quinta da Abrançalha e a quinta do Casal da Preta  que, ao que parece, fariam parte da herança vinda por via dos Coutinho, assim como a vetusta Casa e Quinta da Ómnia na freguesia do Rossio ao Sul do Tejo. Em Castelo Branco era administrador do vínculo dos Regos; e em Lisboa tinha a sua casa principal, o Palácio de Entremuros (Palácio do Visconde de Abrançalha) situado na Rua de Artilharia Um – antiga Estrada de Entremuros –, na qual muito mais tarde veio a ser instalado o colégio das Irmãs Doroteias. 

A Câmara Municipal de Abrantes, onde foi presidente (1876-1896 e 1896-1898), e a contígua freguesia de Rio de Moinhos, consagraram-no na toponímia local: ambas atribuíram a uma rua o nome de Visconde de Abrançalha. 



Lisboa, Palácio de Entremuros, Rua de Artilharia Um.
 (Visc. de Abrançalha)

Lisboa, Palácio de Entremuros
(Visc. de Abrançalha)






Armas da Quinta da Ómnia
1.º - SOUSA, 2.º - CASTRO,

3.º - FREIRE, 4.º - CAMELO.











Quinta da Ómnia
(Visc. de Abrançalha).

Quinta da Ómnia
(Visc. de Abrançalha).
Quinta da Ónia
(Visc. de Abrançalha).












Casou a 27-X-1867, aos 30 anos de idade, no oratório da casa da nubente que ficava na Rua Grande da freguesia de São Vicente de Abrantes, com a jovem sua prima D. MARIA EUGÉNIA ROMO DE CASTRO ATAÍDE (1853-1902), de apenas 14 anos, tendo para este efeito sido “canonicamente dispensados do impedimento de segundo grau consanguíneo”. Foram testemunhas deste casamento o general reformado Luís Herculano Ferreira e o conselheiro Joaquim Rodrigues, ambos residentes em Abrantes.

Visc. de Abrançalha.
D. Maria Eugénia nasceu a 22-VII-1853 na freguesia de São João Baptista em Abrantes, onde foi baptizada a 23-VII-1857. Faleceu prematuramente a 28-IV-1902, quando contava 47 anos de idade, na sua residência da Rua Nova da Trindade n.º 9, na freguesia do Sacramento em Lisboa. Foi sepultada no Cemitério dos Prazeres num jazigo que ostenta o seu brasão, esquartelado de SOUSAS (do Prado), CASTROS, FREIRES e CAMELOS[4]. Foi administradora de diversos vínculos em Abrantes, em Elvas onde detinha a Capela de São Domingos, e em Portalegre onde por herança dos Sousa Tavares era senhora do seiscentista Palácio Amarelo situado no Largo de São Cristóvão, um dos mais glosados ex-líbris desta cidade, o qual era composto de vários volumes diferenciados, ao estilo barroco, com várias portas góticas na sua traseira e um pano da muralha medieval da cidade.

Sua mulher era filha de D. ÁLVARO HENRIQUES ROMO DE SOUSA TAVARES (1815-1856) –  irmão da mãe do visconde de Abrançalha – fidalgo da Casa Real nascido a 7-V-1815 na freguesia de São Vicente em Abrantes, e falecido a 3-XII-1856 na freguesia dos Mártires em Lisboa, o qual foi casado a 8-XII-1851 na Igreja de São João, em Abrantes, com D. FRANCISCA DE CASTRO FREIRE JUZARTE DA SILVEIRA (f. 1855), falecida a 1-XII-1855 em Lisboa; ambos sepultados no Cemitério dos Prazeres em jazigo que ostenta um brasão com as armas plenas de TAVARES[5]. 

Do casamento dos viscondes de Abrançalha não houve geração, pelo que o seu imenso património, reunido numa das maiores casas do Ribatejo e Alentejo, por junção dos bens que foram herdados dos Castro-Ataíde e dos Sousa-Tavares, incluindo uma casa em Paris, foi legado em grande parte aos seus sobrinhos de Abrantes, assim como a um filho ilegítimo da viscondessa.

Este matrimónio entre primos, certamente realizado sob a influência da pressão familiar para salvaguardar e aumentar o património de ambas as partes, quando a nubente ainda era uma criança, não teve o sucesso desejado; quer pela ausência de filhos, quer provavelmente pela falta de afecto, o que conduziu este enlace ao fracasso. 

Portalegre, Palácio Amarelo.
Portalegre, Palácio Amarelo.

Portalegre, Palácio Amarelo.
Pedra de armas: TAVARES.



D. MARIA EUGÉNIA ROMO DE CASTRO ATAÍDE (1853-1902), apesar de amarrada pelo indissolúvel matrimónio religioso, certamente com algum escândalo público para a época devido à relevância social desta família, veio a separar-se do seu marido.

Este acontecimento trágico, face aos interesses familiares em jogo e às rígidas convenções sociais da época, foi feito em benefício de uma relação afectiva que terá assumido com um então jovem aspirante a artista.

É de supor que a ainda muito jovem viscondessa de Abrançalha, à semelhança da alta burguesia e da aristocracia oitocentista, tenha tido uma educação pelas Belas Artes ao cuidado de mestres particulares. Ter-se-á enamorado por um destes seus professores, ao que parece um boémio, divertido e bem humorado, talvez até bastante sedutor, com o qual veio a ter um relacionamento afectivo estável, do qual nasceram dois filhos ilegítimos, após a separação do seu marido.

Este seu mestre foi JOSÉ AUGUSTO DE FIGUEIREDO, um pintor menor do qual também sabemos ter sido comerciante (1880) e professor de desenho (em 1903), como se menciona no assento de baptismo do seu filho RAÚL (1880-1882), e depois no assento de casamento de seu filho JOSÉ (1878-1944), do qual foi testemunha.

O primeiro destes filhos da viscondessa de Abrançalha foi JOSÉ DE CASTRO E ATAÍDE FIGUEIREDO (1878-1944), proprietário, nascido a 22-X-1876 e baptizado a 21-XII-1878 na freguesia do Santíssimo Sacramento em Lisboa, cidade onde faleceu a 19-XI-1944 na sua casa da Rua Joaquim António de Aguiar n.º 64, 1.º Dt.º, na freguesia de São Mamede[6]. Tendo sobrevivido ao seu irmão, sua mãe legou-lhe os seus haveres, tendo recebido sepultura no jazigo da viscondessa de Abrançalha no cemitério dos Prazeres.
Este seu filho casou a 24-XII-1903 na freguesia dos Anjos em Lisboa com D. AUGUSTA DA CONCEIÇÃO TEIXEIRA PINTO (n. 1881), nascida em 1881 em Vila Flor, distrito de Bragança, da qual teve quatro filhos. A descendência deste casal veio até aos nossos dias com apelidos «Castro e Ataíde Figueiredo».

O segundo filho ilegítimo foi RAÚL DE FIGUEIREDO (1880-1882), o qual nasceu a 11-I-1880 e foi baptizado a 11-VIII-1880 na Igreja do Santíssimo Sacramento (ao Chiado), em Lisboa, tendo falecido ainda na primeira infância a 17-VII-1882, veio a receber sepultura no jazigo da viscondessa de Abrançalha no Cemitério dos Prazeres em Lisboa[7].

 

José Augusto de Figueiredo
(Pai dos filhos da viscondessa de Abrançalha)

JOSÉ AUGUSTO DE FIGUEIREDO, “o Pinturinhas”, epiteto tirado das pequenas aguarelas que pintava, privou com destacados homens de letras, artistas e jornalistas do seu tempo, entre os quais se salientou pela sua vida boémia. Era filho ilegítimo de José Adrião de Figueiredo, e de D. Maria Emília Sequeira.

Estudante da Academia de Belas Artes de Lisboa, discípulo do grande pintor histórico Miguel Ângelo Lupi (1826-1883), tinha uma “verve que irrompia do seu ar um tanto taciturno, de criatura ao mesmo tempo irónica e calada”, com “ditos inesperados e prontos”, dele ficando muitas histórias e pilhérias referidas nas crónicas da época.

José Augusto de Figueiredo,
«Cabeça de Homem» (1878).
Participou nas exposições da Sociedade Portuguesa de Belas Artes (1868 e seguintes), e veio a juntar-se aos artistas do Grupo do Leão (1881-1889), tendo participado nas suas exposições[8]. Está representado no Museu do Chiado – Museu Nacional de Arte Contemporânea com uma pequena tela de razoável factura pintada a óleo: «Cabeça de Homem» (1878), com 65 x 54 cm[9].

Fonte desconhecida.
Ficou conhecido pela sua vagabundagem nocturna na companhia de figuras intelectuais do meio lisboeta com as quais privou no velho Café Martinho (então no antigo Largo Camões, hoje Praça D. João da Câmara) e na Brasileira do Chiado. Destes, os mais chegados, foram o escritor Fialho de Almeida (1857-1911); o grande engenheiro, poeta e dramaturgo D. João da Câmara (1852-1908), filho dos marqueses da Ribeira Grande, que foi um dos nomeados para o Prémio Nobel da Literatura (1901); e o jornalista e temível crítico de teatro Gualdino Gomes (1857-1948), figura rara de humor afiado cujos ditos implacáveis ficaram célebres por aterrorizarem as estreias dos teatros, pois, com eles, “deitavam muitas peças abaixo [10].

Em Dezembro de 1903, por altura do casamento do seu filho do qual foi testemunha, é dado como “solteiro, professor de desenho”, morador na Rua José Estevão n.º 131, 2.º andar (ao Jardim Constantino). 

JOSÉ AUGUSTO DE FIGUEIRED pertencia a uma família com ligações a vários artistas plásticos de relevo. Era filho de José Adrião de Figueiredo e de D. Maria Emília; irmão de D. Maria José de Figueiredo (c. 1850) casada com Justino Guedes Roque Gameiro (c. 1853) – meio-irmão do pintor ALFREDO ROQUE GAMEIRO (1864-1935) –, do qual teve duas filhas: uma delas D. Celeste Guedes (n. 1882) casada nas primeiras núpcias de Fernando de Aragão Morais Bordalo Pinheiro (1889-1966), artista gráfico, director técnico das oficinas de gravura do "Diário de Notícias" e de "O Século" (1936), assim como director da Fábrica de Cerâmicas Artísticas das Caldas (1920-1924; neto de Manuel Maria Bordalo Pinheiro (1815-1880), escultor, pintor e gravador, o qual foi pai do Columbano Bordalo Pinheiro (1857-1929), notável pintor naturalista e director do Museu de Arte Contemporânea de Lisboa.

ALFREDO ROQUE GAMEIRO (1864-1935) deixou uma família de cinco filhos artistas. Entre estes distinguiu-se o reconhecido escultor modernista RUY ROQUE GAMEIRO (1907-1935) falecido prematuramente aos 29 anos de idade, juntamente com sua mulher D. MARIA HELENA TRIGUEIROS CASTELO BRANCO (1908-1935), num trágico acidente de mota. Sua mulher era quarta neta de JOÃO JOSÉ MARTINS PEREIRA DO REGO GOULÃO (n. 1758), de Alcains, Castelo Branco, fidalgo de cota de armas por carta de 20-III-1821, com um escudo partido em pala de PEREIRA e de REGO, que foi avô do 1.º visconde de Abrançalha.

  

Pais e Avós do Visconde de Abrançalha 

D. Maria Cristina Romo de
Castro Ataíde (n. 1816)
(Miniatura em marfim de António
Manuel de Santa Bárbara, 1849).
O Visconde de Abrançalha era filho de JOSÉ BERNARDO TRIGUEIROS DO REGO MARTEL (n. 1795), fidalgo da Casa Real, comendador da Ordem de Cristo (1834)[11], coronel graduado do Regimento de Milícias de Idanha-a-Nova (1825), e agregado ao regimento de Castelo Branco. Esteve no cerco do Porto (1832-1833), durante a guerra civil entre absolutistas e liberais, e foi comandante do 5.º Batalhão Nacional Móvel de Lisboa (1833-1834), ao comando do qual e ao serviço da causa liberal entrou na Praça de Abrantes a 20-V-1834, seis dias antes da capitulação de D. Miguel em Évora Monte a 26-V-1834. Casou em 1835 com D. MARIA CRISTINA ROMO DE CASTRO ATAÍDE (n. 1816), nascida a 23-VI-1816 na freguesia de São Vicente em Abrantes.

Armas de João José Martins
Pereira do Rego Goulão (n. 1758).
1.º - PEREIRA, 2.º REGO.
Era neto paterno de JOÃO JOSÉ MARTINS PEREIRA DO REGO GOULÃO (n. 1758), nascido a 6-VIII-1758 em Castelo Branco, fidalgo de cota de armas por carta de 20-III-1821 com um escudo partido em pala de PEREIRA e de REGO[12]
Alcains, Solar dos Goulões
, e foi membro do Conselho de Distrito de Castelo Branco, no qual foi um grande proprietário com avultado património fundiário e diversas casas, nomeadamente em Idanha-a-Nova, Sarnadas, e Alcains, localidade esta onde residiu no Solar dos Goulões[13], actual Museu do Canteiro, um dos mais antigos exemplos da arquitectura solarenga de Alcains. Casou com D. MARIA ANTÓNIA TRIGUEIROS MARTEL REBELO LEITE (n. 1770), nascida em Idanha-a-Nova, filha de JERÓNIMO TRIGUEIROS MARTEL REBELO LEITE (1716-1792), capitão do Terço de Infantaria Auxiliar de Castelo Branco, e de sua segunda mulher D. MARIA ANGÉLICA MARQUES GOULÃO (1725-1790), nascida a 19-XII-1725 em Idanha-a-Nova e aí baptizada a 26-XII-1725, a qual veio a falecer em Idanha-a-Nova a 16-V-1790, e foi sepultada no Convento de Santo António; filha de DOMINGOS AMBRÓSIO (n. 1707), sargento-mor das Ordenanças de Idanha-a-Nova, onde nasceu a 8-VIII-1707, casado a 21-I-1725 em Escalos de Cima com D. MARIA MARQUES GOULÃO (n. 1697), nascida a 23-IV-1697 em Escalos de Cima, os quais, juntamente com o padre Manuel Vaz instituíram um morgado a 13-IV-1751 a favor de sua filha e sobrinha Maria Angélica Marques Goulão.

O visconde de Abrançalha, tal como sua mulher e prima, era neto materno de D. MANUEL HENRIQUES ROMO DE SOUSA TAVARES (n. 1762), nascido a 22-IX-1762 na freguesia da Sé em Portalegre, fidalgo da Casa Real, coronel do Regimento de Milícias de Portalegre (1821), onde foi grande proprietário, e de sua segunda mulher com a qual casou a 9-V-1803 na freguesia de São Vicente em Abrantes com D. MARIA TERESA DE CASTRO E ATAÍDE DE SOUSA TAVARES (n. 1787)[14], nascida a 1-I-1787 em Abrantes, da qual teve sete filhos. 


D. MARIA JOÃO REMUS TRIGUEIROS MARTEL (n. 1942).

2.º Viscondessa de Abrançalha

(Por falta de descendência directa, passou a representação deste título
 para os sucessores da linha secundogénita de um tio do 1.º visconde,
por decisão do Conselho de Nobreza) 


1.      D. MARIA JOÃO REMUS TRIGUEIROS MARTEL (n. 1942), 4.ª Condessa de Castelo Branco por alvará do
         Conselho de Nobreza de 8-V-1987, 2.ª Viscondessa de Abrançalha por alvará de 15-XII-1992. Nasceu a
         24-IX-1942 em Lisboa.
         Foi senhora da Quinta da Sobreira em Vale Figueira, no concelho de Santarém, na qual casou a 4-IV-1964
         com seu primo JOÃO JOSÉ GUSTAVO SCHENYZER FRANCO FRAZÃO (1932-1995), 4.º Conde de Penha
         Garcia por alvará do Conselho de Nobreza de 24-IV-1979, nascido a 3-IX-1932, falecido a 24-IV-1995 em
         Vale de Figueira, Santarém; filho de JOÃO VALDEZ PENALVA FRANCO FRAZÃO (1901-1977), 3.º Conde
         de Penha Garcia, nascido a 16-VII-1901, falecido a 17-I-1977, engenheiro Electrotécnico pela Universida-
         de de Zurique, casado a 1929 com D. NESY SCHENYZER (n. 1905), nascida a 4-XII-1905 em Zurique, na
         Suíça.
         Filhos:
          2.        JOÃO FILIPE TRIGUEIROS DE MARTEL FRANCO FRAZÃO (n. 1965), 5.º Conde de Penha Garcia por
                     alvará do Conselho de Nobreza de 21-XII-1998, nasceu a 26-I-1965 na freguesia da Lapa, em Lisboa.
                     Casou duas vezes.
As primeiras núpcias foram com D. PALOMA GÁLVEZ GONÇALVES, filha de Eduardo Frick Gonçalves, nascido em Lisboa, casado a 1-IX-1962 de D. Alicia Galvez Petersen (n. 1940), natural de Málaga, Espanha.
As segundas núpcias foram com D. TERESA VITÓRIA MALHEIRO DE VILHENA CORTE-REAL (n. 1968), nascida a 5-VI-1968 na freguesia da Lapa, em Lisboa.
Filhos do 1.º casamento:
3.       D. INÊS FRANCO FRAZÃO.
3.       JOSÉ FRANCO FRAZÃO.
Filhos do 2.º casamento:
3.       MARIA CORTE-REAL FRANCO FRAZÃO (n. 2000), nascida a 6-XII-2000 na freguesia das
          Mercês, em Lisboa.
3.       DUARTE CORTE-REAL FRANCO FRAZÃO (n. 2003), nascido a 18-VIII-2003 na freguesia de
         Santa Isabel, em Lisboa.
2.     MIGUEL TRIGUEIROS DE MARTEL FRANCO FRAZÃO (n. 1966), nascida a 24-II-1966 em Lisboa. Casado, com geração.
2.     D. INÊS TRIGUEIROS DE MARTEL FRANCO FRAZÃO (n. 1967), nascida a 8-XII-1967 em Luanda, Angola. Casou com LUÍS TIAGO DE BRITO VACAS CORDOVIL (n. 1969), engenheiro Civil, nascido a 26-VIII-1969 na freguesia de Alvalade, em Lisboa; filho de João de Brito Potes Cordovil (1937-2012), licenciado em Matemática, casado a 27-V-1937 em Lisboa com D. Maria Helena Nunes Teias Vacas (n. 1935), natural de Montemor-o-Novo.
2.    TIAGO TRIGUEIROS DE MARTEL FRANCO FRAZÃO (n. 1976), nascido a 21-XII-1976 em Portalegre, no Brasil. Casou com D. SARA GALVÃO COSTA.
          Filhos:
          3.       FRANCISCA GALVÃO DA COSTA FRANCO FRAZÃO (n. 2005), nascida a 3-VII-2005.
          3.       VASCO GALVÃO DA COSTA FRANCO FRAZÃO (n. 2007), nascido a 24-X-2007.
          3.       TOMÁS GALVÃO DA COSTA FRANCO FRAZÃO (n. 2009), nascido a 16-VII-2009.
2.      D. MAFALDA TRIGUEIROS DE MARTEL FRANCO FRAZÃO (n. 1982), nascida a 6-IV-1982. Casou a 22-I-2011 em Lisboa com ANTÓNIO MARQUES MENDES.

_____________________

Notas:

[1]      ANTT, Registo Geral de Mercês, D. Luís I, l. 21, fl. 67v.

[2]      ANTT, Registo Geral de Mercês, D. Maria II, liv.2, fl.19v-20.

[3]      ANTT, Registo Geralde Mercês, D. Pedro V, liv.12, fl.48.

[4]    VALDEZ, Rui Dique Travassos, Subsídios para a Heráldica Tumular Moderna Olisiponense (2.ª edição. Porto: Livraria Esquina, 1994), p. 148.

[5]      D. Álvaro Henriques Romo de Sousa Tavares (f. 1855), e sua mulher D. Francisca de Castro Freire Juzarte da Silveira (f. 1856), estão sepultados no jazigo n.º 1057 - rua 15, com a inscrição «DE SOUSA TAVARES». No mesmo jazigo está sepultada D. Ana Emília Trigueiros Martel Goulão (1792-1874), falecida a 31-I-1874, irmã de Joaquim Trigueiros Martel (1801-1873), 1.º Conde de Castelo Branco. 

[6]     Segundo relata a imprensa lisboeta da época.

[7]     VALDEZ, Rui Dique Travassos, Op. Cit.

[8]   O Grupo do Leão (1881-1889) foi uma tertúlia boémia de mais de 20 artistas portugueses – dissidentes da Sociedade Promotora de Belas Artes (1862-1901) – que se reunia na Cervejaria Leão de Ouro (situada na Rua do Príncipe, actual Rua 1º de Dezembro) em Lisboa, o qual foi responsável pela divulgação e pelo sucesso da pintura do Naturalismo em Portugal. A Promotora pugnava pelo Romantismo.

[9]   A «Cabeça de Homem» (1878), representa um indivíduo de traje humilde, com um rosto sereno e melancólico, emoldurado por uma barba hirsuta, e inclinando-se ligeiramente para baixo.

[10]    Sobre José de Figueiredo, o Pinturinhas, veja: OLISSIPO, Revista dos Amigos de Lisboa, Ano V, Janeiro de 1942, pp. 32 e 33; ARQUIVO DA UNIVERSIDADE DE LISBOA, Vol. IV, Lisboa, Universidade de Lisboa, 1917, pp. 190-191; e PAMPLONA, Fernando, Dicionário de pintores e escultores, Vol. II, (Porto, Civilização Editora, 1987), p. 309.

[11]    ANTT, Registo Geral de Mercês, D. Maria II, Liv. 2, fl 132v.

[12]    ANTT, Feitos Findos, Justificações de Nobreza, mç. 14, n.º 40 (autos); ANTT, Cartório da Nobreza, Livro I, fl. 63 v. – As armas dos PEREIRAS são: em campo vermelho, com uma cruz florenciada e vazia. Timbre: uma cruz de vermelho, florenciada e vazia, ladeada de asas de ouro estendidas.

        As armas dos REGOS, são: em campo verde, com uma banda ondada e aguada de sua cor, carregada de três vieiras de ouro. Timbre: uma vieira do escudo, entre duas plumas de verde, picadas de ouro.      

[13]    O Solar dos Goulões, actualmente classificado como imóvel de interesse público e uma das habitações temporárias dos primeiros Condes de Castelo Branco, tem anexa uma capela fundada na primeira metade do século XVIII, que já foi conhecida por diversos nomes, a saber Capela de Nossa Senhora da Piedade, do Senhor das Chagas (devido a uma imagem religiosa que sangrou milagrosamente por diversas vezes em 1722), e actualmente como Capela de São Brás. Deve-se a sua construção à iniciativa, expressa em testamento por D. Manuel Sanches Goulão (1677-1719), 6.º bispo de Meliapor em 1717, que faleceu num naufrágio junto ás ilhas de Angoxa, deixando várias fazendas vinculadas para sustento da citada capela e de um Hospital anexo que ainda funcionou por alguns anos. Nesta capela foram baptizadas, casaram, e estão sepultadas, sucessivas gerações de Goulões nascidas a partir de 1733. Encimando a porta principal podemos ainda ver esculpida uma mitra alusiva ao bispo que a fundou D. Manuel Sanches Goulão, filho de primeiro matrimónio de José Martins Goulão (1647-1716), sargento-mor das Ordenanças de Castelo Branco, com D. Maria Gonçalves (f. 1679).         

[14]    D. Manuel Henriques Romo de Sousa Tavares (n. 1762) casou em primeiras núpcias a 30-X-1776, em Portalegre, com D. Ana Teresa de Valadares Galeano Pais (n. 1776), da qual teve geração.

1 comentário:

  1. Muito interessante. Não sabia que JOÃO JOSÉ HENRIQUES TRIGUEIROS DE
    CASTRO ATAÍDE era albicastrense, meu conterâneo. Parabéns por este texzto.Abraço, João.

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