2011-03-04

CONDES DE IDANHA-A-NOVA


JERÓNIMO TRIGUEIROS DE ARAGÃO MARTEL E COSTA
(1825-1900) 
1.º Visconde do Outeiro
1.º Conde de Idanha-a-Nova

Jerónimo Trigueiros
 de Aragão Martel e Costa
 (1825-1900).

1.   JERÓNIMO TRIGUEIROS DE ARAGÃO MARTEL E COSTA (1825-1900), 1.º Visconde do Outeiro (decreto de 17-VII-1866), 1.º Conde de Idanha-a-Nova (Carta de 17-VI-1892)[1], e fidalgo cavaleiro da Casa Real (Alvará de 17-X-1863)[2], nasceu a 17-VII-1825 em Idanha-a-Nova e faleceu em 15-VIII-1900 na sua casa da Rua Cardoso Avelino no Fundão (actual Rua 5 de Outubro) no Fundão.

Era filho de JOAQUIM REBELO TRIGUEIROS MARTEL DA SILVA LEITE (1764-1830), que nasceu a 12-I-1764 e foi baptizado a 25-I-1764 em Idanha-a-Nova pelo padre Frei Francisco Pinto da Fonseca, apadrinhado pelo Dr. João Cardoso Pinto Maldonado, corregedor e juiz de Fora de Castelo Branco, e sua irmã D. Joana Raimunda de Castilho e Costa, moradora na vila do Fundão (no Solar da Praça Velha); falecido a 1-II-1830 em Idanha-a-Nova.
Brasão de Armas
de Joaquim Rebelo Trigueiros Martel
Rebelo Leite (1764-1830), 
por Alvará de 8-VIII-1786,
1.º - REBELO, 2.º - MARTEL,
 3.º - TRIGUEIROS, e 4.º - COSTA.
Foi fidalgo cavaleiro por Alvará de 9-VI-1824[3], senhor dos morgados de Idanha-a-Nova e do Outeiro, este último em Aldeia de Joanes, no concelho do Fundão[4]; admitido no Regimento de Cavalaria com o posto de Cadete em 6-IV-1790 e nomeado a 22-XI-1808 para Coronel do Regimento de Milícias de Idanha-a-Nova[5]
Casou a 30-VII-1817 na Capela da Quinta da Ponte, na freguesia da Faia, no concelho da Guarda, com D. MARIA ANGÉLICA LUDOVINA DE ARAGÃO COSTA E ORNELAS[6], natural da Guarda, filha de Pedro de Aragão Miranda Sá e Vasconcelos (f. 1793)[7], fidalgo cavaleiro da Casa Real, senhor da Quinta da Ponte[8], falecido a 31-VIII-1793, e de sua mulher D. Margarida Francisca da Costa Rolim de Ornelas (n. 1759); neta paterna de Luís de Aragão Miranda, vereador da Câmara da Guarda, casado com D. Maria Antónia de Sá; neta materna de Bartolomeu da Costa Coutinho de Araújo Tavares, fidalgo, familiar do Santo Ofício, natural de Trancoso, e de sua mulher D. Margarida Rolim de Ornelas e Abreu
Teve Carta de Brasão de Armas por Alvará de 8-VIII-1786, com escudo esquartelado de REBELO, MARTEL, TRIGUEIROS e COSTA[9], trazendo por Diferença uma brica de prata com um «J» de preto.
Era neto paterno de JERÓNIMO TRIGUEIROS MARTEL REBELO LEITE (1716-1792)[10], nascido a 30-IX-1716 em Idanha-a-Nova onde foi baptizado a 19-IX-1716 pelo padre Frei Manuel Rodrigues Corugeiro, tendo por padrinho o seu tio Jorge Trigueiros. Foi capitão do Terço de Infantaria Auxiliar de Castelo Branco e abastado proprietário[11], tendo falecido com testamento a 12-III-1792 em Idanha-a-Nova[12], onde foi sepultado no Convento de Santo António (hoje propriedade particular). Este foi casado em segundas núpcias celebradas a 17-IV-1762 em Idanha-a-Nova com D. MARIA ANGÉLICA MARQUES GOULÃO (1725-1790), nascida a 19-XII-1725 em Idanha-a-Nova onde foi baptizada a 26-XII-1725 pelo padre Domingos Nunes, tendo por padrinhos o padre Manuel Vaz e sua irmã Francisca Marques, naturais de Escalos de Cima, a qual faleceu em Idanha-a-Nova a 16-V-1790, com testamento, e sepultada no citado Convento de Santo António; filha de Domingos Ambrósio (n. 1707), sargento-mor das Ordenanças de Idanha-a-Nova, onde nasceu a 8-VIII-1707, casado a 21-I-1725 em Escalos de Cima, no concelho de Castelo Branco, com Maria Marques Goulão (n. 1697), nascida a 23-IV-1697 em Escalos de Cima, os quais, juntamente com o padre Manuel Vaz (seu parente) instituíram um morgado a 13-IV-1751 a favor de sua filha e sobrinha Maria Angélica M. G., para esta casar com o seu primeiro marido.

Casa do 1.º Conde de Idanha-a-Nova, 
Largo do Corso, Idanha-a-Nova.
JERÓNIMO TRIGUEIROS DE A. M. e COSTA (1825-1900), 1.º Visconde do Outeiro e 1.º Conde de Idanha-a-Nova, foi um dos grandes agrários da Beira Baixa, tendo sucedido na administração dos morgados de Idanha-a-Nova e do Outeiro. 
Foi procurador à Junta Geral do Distrito e presidente da Câmara Municipal do Fundão, cujo município atribuído o nome do seu título a uma rua, assim como em Alcains. Politicamente militou sempre no Partido regenerador, ao lado do seu amigo Manuel Vaz Preto Giraldes[13]. 
Casou a 22-IV-1850 com D. MARIA ISABEL OSÓRIO DE MACEDO DE SOUSA PRETO MACEDO FORJAZ PEREIRA DE GUSMÃO (1836-1878)[14], nascida a 26-VIII-1836 em Pêro Viseu, no concelho do Fundão, falecida a 12-VII-1878 e sepultada em campa armoriada no cemitério do Fundão[15]
Sua mulher, herdeira in solidum dos morgados de Pero Viseu e Chãos[16], assim como dos Padroados de Nossa Senhora da Consolação e de São Pedro de Catrão[17], era filha única de Diogo Dias Preto da Cunha Veloso Osório Cabral (1796-1860), senhor dos morgados de Pêro Viseu e Chãos, e dos padroados de Nossa Senhora da Consolação e de São Pedro do Catrão, no concelho do Fundão, casado a 27-IX-1820 com D. Maria Justina de Macedo Pereira Forjaz de Gusmão e Azevedo (f. 1853)[18], natural do Fundão; neta paterna de Diogo Dias Preto Osório Veloso Cabral (n. 1776), senhor dos mesmos morgados, que tirou carta de brasão de armas em 3-VIII-1791, de Pretos, Cunhas, Cabrais e Osórios[19], e foi vereador da 1.ª Câmara do Fundão, e de sua mulher D. Ana Justina de Sousa[20]; neta materna de João de Macedo Pereira da Guerra Forjaz, «fidalgo de boa estirpe, mas de má catadura, do antes quebrar que torcer» (J. Ribeiro Cardoso, Subsídios ..., vol. I, p. 381), e de sua mulher D. Ana de Gusmão Freire Osorio de Azevedo Mendonça, cujos descendentes viriam a ser senhores da Casa dos Macedos situada à Rua da Cale no Fundão.

Pedra de Armas da Casa dos Macedos:
1.º - MACEDO, 2.º - CASTELO BRANCO;
3.º - FEIO; e 4.º - COSTA.


Fundão, Rua da Cale, Casa dos Macedos.
Tiveram 11 filhos[21]:
2.   D. MARIA  DA CONCEIÇÃO (1857-1858), falecida a 17-IX-1858 no Fundão com quinze meses de idade, viti-
      mada pela varíola, tendo sido sepultada na Capela de Nossa Senhora da Conceição.
Fundão, Largo da Igreja,
Casa dos Viscondes do Sardoal.
2.   D. MARIA DO CARMO OSÓRIO TRIGUEIROS DE MARTEL (n. 1858), nasceu a
      30-V-1858 no Fundão onde foi baptizada a 12-VIII, e aí faleceu a 5-XII-1936.
      Solteira.
2.   D. MARIA DA NATIVIDADE OSÓRIO TRIGUEIROS DE MARTEL (1861-1949), nas-
      ceu a 8-IX-1861 na Rua da Praça ao Terreiro, no Fundão, onde foi baptizada a
      25-IX-1861 na Igreja de São Martinho, tendo falecido a 13-I-1949.
      Casou com JOSÉ DE FIGUEIREDO PIMENTA DE AVELAR FRAZÃO CASTELO
      BRANCO (1858-1913)2.º Visconde do Sardoalnascido em 16-XII-1858 e bapti-
      tizado a 15-VII-1859 na Igreja de São João Baptista de Abrantes, falecido em
      Agosto de 1913, o qual foi presidente da Câmara Municipal do Fundão (1885),
      cidade onde residiu na sua casa largo da Igreja, actual sede da ACICF ‒ Asso-
      ciação Comercial e Industrial do Concelho do Fundão.
2.   D. MARIA DA PIEDADE OSÓRIO TRIGUEIROS DE ARAGÃO (1873-1957)nasceu
      a 22-XI-1873 foi baptizada a 7-XII-1873 no Fundão, tendo falecido em 1957 em 
      Cascais. Proprietária. Casou com o Dr. MANUEL VICTOR CONDE SEABRA.
      Filhos:
      3.    D. MARIA ISABEL DE GUSMÃO TRIGUEIROS SEABRA (f. 1962)falecida a 1-XI-1962 no Estoril, conce-
             lho de Cascais. Casou com JOSÉ AUGUSTO CORREIA DE OLIVEIRAprofessor catedrático da Facul-
             dade de Medicina de Coimbra. Sem geração.
      3.    D. MARIA DA PIEDADE DE GUSMÃO TRIGUEIROS SEABRA, falecida solteira.
2.   D. MARIA DE LA SALETE TRIGUEIROS MARTEL (n. 1866), nasceu a 31-VII-1866 tendo falecido solteira.
      Juntamente com a sua irmã D. Maria Isabel fundou a 1-XI-1947 numa das suas casas no Fundão o "Lar D.
       Isabel Trigueiros", destinado a «abrigo para raparigas desamparadas».
2.   JOAQUIM TRIGUEIROS OSÓRIO DE ARAGÃO (1867-1941), 2.º Conde de Idanha-a-Nova, que segue abaixo.
2.   JOÃO JOSÉ TRIGUEIROS OSÓRIO DE ARAGÃO E COSTA (1870-1921)nascido a 7-I-1870 no Fundão e fa-
      lecido a 28-III-1921 na freguesia de Escalos de Baixo, no concelho de Castelo Branco.
      Foi um distinto equitador e cavaleiro tauromáquico, assim como grande coleccionador de acessórios de
      equitação, armas e objectos de Arte. Casou duas vezes e teve geração das suas segundas núpcias.
D. Maria Isabel de Aragão
Trigueiros Martel (n. 1871).
2.    D. MARIA ISABEL DE ARAGÃO TRIGUEIROS MARTEL (n. 1871) que nasceu a
      20-X-1871 e foi baptizada a 20-XII-1871 no Fundão, tendo por padrinho Francis-
      co de Pina Macedo Ferraz Gusmão Ornelas, solteiro, natural de Penamacor e
      residente em Alpedrinha, e por madrinha N. Sra. da Conceição, tocando com a
      coroa Frederico de Sousa Pimentel. Faleceu solteira a 19-VI-1960 no Fundão.
      Residiu na casa de família na Praça do Município no Fundão (junto à CGD).
      Foi uma grande benfeitora e veio a ser condecorada com a comenda da Ordem
      de Benemerência.
      Juntamente com sua irmã D. Maria de La Salete, numa das suas casas no Fun-
      dão, fundou em 1947 o «abrigo para raparigas desamparadas» que levaria o
      seu nome.
2.   JERÓNIMO JOSÉ TRIGUEIROS DE ARAGÃO MARTEL E COSTA (1873-1959)
      nasceu a 10-VII-1873 e foi baptizado a 8-X-1873 no Fundão, tendo sido apadri-
      nhado pelo padre João Pereira Pestana natural de Sarnadas e residente em
      Alcains, com procuração a Bartolomeu de Aragão Costa Vasconcelos residente
      em Aldeia Nova do Cabo, e por madrinha N. Sra. das Dores, pela qual tocou com a coroa o juiz João Teles
      Trigueiros. Faleceu a 6-XII-1959 no Fundão.
      Casou a 8-IV-1920 em Idanha-a-Nova com D. MARIA DOS SANTOS PORTAS, natural de Idanha-a-Nova.
      Filhos:
      3.     ...? , falecida solteira.
      3.     D. MARIA ISABEL TRIGUEIROS DE ARAGÃO (n. 1927), nasceu a 23-III-1927 em Idanha-a-Nova. Casou
             a 26-X-1966 em Lisboa com AMÍLCAR PREZADO, coronel do Exército. Sem geração.
2.   JOSÉ TRIGUEIROS DE ARAGÃO OSÓRIO MARTEL (1879-1963), nasceu a 7-VI-1879 no Fundão, onde habi-
      tou o Castelo dos Trigueiros, por si edificado na primeira década do século XX, cuja traça foi inspirada no
      castelo dos Cabrais em Belmonte, dos quais descendia[22]. Faleceu a 23-VII-1963 no Fundão.
      Foi presidente da Câmara Municipal do Fundão durante o consulado de Sidónio Pais em 1917-1918, e de
      1932 a 1934, assim como provedor da Santa Casa da Misericórdia do Fundão.
2.   ANTÓNIO TRIGUEIROS OSÓRIO DE ARAGÃO MARTEL (1875-1931), nasceu a 30-X-1875 e foi baptizado a
      25-II-1876 no Fundão, onde veio a falecer a 16-VII-1931.
      Casou com D. MARIA CARLOTA DE SOUSA VAHIA (1902-1935)nascida na cidade de Lamego e falecida a
      24-IX-1935 em Aldeia de Joanes, no concelho do Fundão, filha de António Correia Pinto de Figueiredo e
      sua mulher D. Isabel Emília de Sousa Vahia.
      Filha:
      3.     D. MARIA EMÍLIA VAHIA TRIGUEIROS OSÓRIO DE ARAGÃO MARTEL (1902-1984) que nasceu a
             22-X-1902 no Fundão e veio a falecer a 19-III-1984 na freguesia de São João de Brito em Lisboa.
             Casou a 14-II-1924 em Aldeia de Joanes, concelho do Fundão, com FERNANDO HENRIQUE PEREIRA
             DA CRUZ (1900-1977), nascido a 24-III-1900 em Lisboa, cidade onde faleceu a 27-VII-1977 na freguesia
             de São João de Brito; filho de Francisco Henriques da Cruz e de sua mulher D. Leonor Raquel Pereira
             nascida em Lisboa. Residiram na freguesia de São Pedro da Covilhã.
             Filhos:
             4.     FERNANDO ANTÓNIO VAHIA TRIGUEIROS CRUZ (1936-2001), nasceu a 1-IV-1936 em Coimbra, e
                    faleceu a 28-XI-2001 em Lisboa, solteiro, sem geração. Foi funcionário do Banco de Portugal. 
             4.     D. MARIA TERESA VAHIA TRIGUEIROS DE ARAGÃO MARTEL CRUZ (­n. 1925), nasceu a 8-XI-1925
                    no Fundão.
                    Casou a 10-VII-1948 na freguesia de Nossa Sra. de Fátima, na Covilhã, com SILVESTRE AIRES
                    BOUHON NEVES (1925-2003), diplomado Têxtil pela EICM  Escola Industrial e Comercial Campos
                    Melo, nascido a 5-IV-1925 na freguesia de Nossa Senhora da Conceição, na Covilhã, e falecido a
                    9-VIII-2003 em Portimão quando aí passava férias; filho de Silvestre Aires Neves (f. 1926)nascido
                    na Covilhã, e de D. Emma Bouhon (1900-1989), nascida a 11-IV-1900 na Covilhã, cidade onde resi-
                    diram. Tiveram geração.

Alcains, Solar Trigueiros Aragão
(Desenho: José Vellozo)

Aldeia Nova do Cabo, Casa do Outeiro
(Trigueiros Aragão),
(Desenho: José Vellozo)






JOAQUIM TRIGUEIROS OSÓRIO DE ARAGÃO
(1867-1941)
2.º Conde de Idanha-a-Nova

Joaquim Trigueiros Osório de
 Aragão (1867-1941)
2.º Conde de Idanha-a-Nova.

2.   JOAQUIM TRIGUEIROS OSÓRIO DE ARAGÃO (1867-1941), 2.º Visconde do Outeiro (Carta de 14-I-1891)[23], 2.º Conde de Idanha-a-Nova (decreto de 17-VII-1892)[24], nasceu a 19-IX-1867 no Fundão e faleceu a 23-IX-1941 em Castelo Branco, tendo sido sepultado no jazigo de família no cemitério público do Fundão.
Era filho de JERÓNIMO TRIGUEIROS DE ARAGÃO MARTEL E COSTA (1825-1900), 1.º Visconde do Outeiro e 1.º Conde de Idanha-a-Nova, e de sua mulher D. MARIA ISABEL OSÓRIO DE MACEDO DE SOUSA PRETO MACEDO FORJAZ PEREIRA DE GUSMÃO (1836-1878)[25].
Brasão de Armas
por Alvará de 8-VIII-1786,
1.º - REBELO, 2.º - MARTEL,
 3.º - TRIGUEIROS, e 4.º - COSTA.
Usava o brasão de armas esquartelado de REBELO, MARTEL, TRIGUEIROS, e COSTA, armas de sucessão que foram concedidas a seu avô Joaquim Rebelo Trigueiros Martel da Silva Leite (1764-1830), por Carta de 8-VIII-1786.
Foi um dos maiores lavradores da Beira Baixa onde possuía extensas propriedades agrícolas: nomeadamente em Alcains, na Mata (conc. de Castelo Branco), em Vila Velha de Ródão, em Idanha-a-Nova e no Fundão, nas quais plantou alguns dos maiores olivais, vinhedos e pomares do distrito de Castelo Branco.
Pessoa de fino trato, que lhe era reconhecido por quem com ele privava, foi senhor de vários palacetes e casas solarengas, aos quais dedicou parte dos meios de fortuna que possuía na sua beneficiação com um notório bom gosto do qual era credor.
A sua avultada fortuna granjeou-lhe influência política sendo um dos aliados do grupo de Vaz Preto. Foi eleito deputado independente pelo círculo de Castelo Branco (1897), assim como foi deputado da Nação pelo círculo do Fundão (1899), e um dos mais influentes, prestigiados e íntegros políticos desta região.
Figura das mais salientes do distrito de Castelo Branco nos últimos tempos da Monarquia, veio a travar duros combates com os demais partidos, quase sempre obtendo grandes vitórias para o Partido Progressista, do qual era um dos máximos expoentes regionais.
Os próprios adversários reconheciam-lhe grande habilidade política, assim como grande seriedade, lealdade, e um civismo exemplar; qualidades que lhe granjearam grande admiração e popularidade entre o povo de Alcains, onde residiu muitos anos.
Quase no fim da vida o destino foi-lhe ingrato, causando-lhe vários reveses económicos, aos quais não foi alheia a Grande Depressão (Crise de 1929), que o obrigaram a vender parte das suas propriedades.

Alcains, 1.º Solar dos Condes de Idanha-a-Nova, Trigueiros Aragão 
(Anteriormente dos Viscondes de Oleiros)
Solar dos Condes de Idnha-a-Nova,
Trigueiros Aragão.
Pedra de armas:
1.º - REBELO, 2.º MARTEL,
3.º - TRIGUEIROS, 4.º - COSTA.

















Casou duas vezes.
As primeiras núpcias foram celebradas a 10-XII-1888 em Idanha-a-Nova com D. MARIA ANGÉLICA DE LEMOS TORRES COELHO (1872-1907), apadrinhado pelo Par do Reino Dr. Manuel Vaz Preto Geraldes, e pelo marquês da Graciosa Dr. Fernando Geraldes. Sua primeira mulher nasceu a 14-V-1872 em Coimbra, vindo a falecer prematuramente a 16-II-1907 em Alcains em consequência de uma congestão pulmonar, e foi a sepultar no jazigo de família no cemitério público do Fundão. Ficou conhecida em Alcains pelo cognome de Mãe dos Pobres, devido à sua caridade e grande bondade revelada ao serviço do bem comum, protegendo sempre os mais necessitados e cuidando dos enfermos[26]. Era filha de Francisco Pereira Torres Coelho (1826-1889), catedrático da Faculdade de Matemática da Universidade de Coimbra, nascido a 2-X-1825 em Alcains, falecido a 9-III-1889, e casado a 12-III-1870 com D. Júlia Adelaide de Pádua de Oliveira e Lemos, natural de Coimbra. 
As segundas núpcias foram com D. BERTA CORDEIRO CARDOSO (f. 1960), natural de Lisboa, onde veio a falecer a 1-III-1960, filha de José Pereira Cardoso, director do Banco de Portugal, e de sua mulher D. Carlota Cordeiro Feio; neta materna de D. Maria Augusta Stockeler Salema Garção, e de seu marido José Maria de Noronha Cordeiro de Araújo Feio. Sem geração.
Filhos do 1.º casamento (5):
António Trigueiros Coelho
de Aragão  (1894-1976)
3.    JOAQUIM TRIGUEIROS COELHO DE ARAGÃO (1890-1937), nasceu a 2-XI-1890
       -1890 e veio a falecer a 29-VII-1937 em vida de seu pai.
       Casou a 14-VII-1915 com sua prima D. MARIA DA NATIVIDADE TRIGUEIROS DE
       FIGUEIREDO FRAZÃO (1891-1958), nascida a 7-II-1891, falecida a 19-VII-1958,
       filha de José de Figueiredo Pimenta de Avelar Frazão Castelo Branco (1858-
       -1913), 2.º Visconde do Sardoal.
3.    ANTÓNIO TRIGUEIROS COELHO DE ARAGÃO (1894-1976), nasceu a 1-II-1894
       na vila de Alcains da qual foi benemérito, e faleceu a 30-III-1976 em Lisboa ten-
       do sido sepultado no jazigo de família no cemitério público de Alcains onde
       residiu.
       Foi um abastado proprietário agrícola e grande industrial a cujo espirito dina-
       mico se ficaram a dever os primeiros passos para o desenvolvimento industrial
       de Alcains. 
       A Casa do Povo de Alcains foi edificada por sua iniciativa, oferecendo gratui-
       tamente o terreno, bem como o do estádio de futebol de Alcains ao qual foi
       dado o seu nome de «Trigueiros Aragão».
       Casou a 2-II-1918 na Quinta de São Mateus (contígua à Quinta da Faia), na freguesia da Faia, concelho da
       Guarda, com D. ANA AUGUSTA PORTUGAL LOBO TELES DE VASCONCELOS (1895-1988), que nasceu a
       22-III-1895 na cidade da Guarda, e falecida a 29-06-1988 na freguesia de São Mamede, em Lisboa.
       Tiveram geração.
Alcains, Palacete de São Pedro
(Trigueiros de Aragão)
3.    JOSÉ TRIGUEIROS COELHO DE ARAGÃO (n. 1897), nascido a 4-II-1897
       em Alcains, tendo falecido a 12-X-1977 na freguesia de Fão, no conce-
       de Esposende. 
       Foi senhor do palacete da Quinta de São Pedro, uma das mais belas
       residências de Alcains que ele próprio projectou e construiu em 1921, 
        a qual veio a ser Casa de Saúde e de Repouso e actualmente está vo-
       cacionada para o turismo de habitação[27].
       Como industrial, dedicou-se nas suas propriedades do Alto Alentejo à
       exploração de jazigos de mármore verde para exportação.
       Casou duas vezes e teve geração de ambos os casamentos. 
3.    MANUEL TRIGUEIROS COELHO DE ARAGÃO (1898-1960), nasceu a
       17-XII-1898 em Alcains e veio a falecer a 21-XII-1960 em Castelo Branco.
       Proprietário agrícola, residiu na sua casa na Praça do Município no Fundão, e na Quinta da Ordem em
       Vila Velha de Ródão. Casou a 14-VII-1959, no Fundão, com D. MARIA DA GRAÇA GUEDES DE CAMPOS
       ROSADO (1926-2005), licenciada em Medicina, nasceu a 20-VIII-1926, faleceu a 13-IV-2015 e foi sepultada
       no cemitério do Fundão, filha de David da Silva Rosado, coronel da Arma de Infantaria Anti-Aérea, e de
       D. Maria Elisa Guedes Correia de Campos Rosado.
       Filha:
       4.     D. MARIA DA GRAÇA ROSADO TRIGUEIROS DE ARAGÃO (n. 1960), nasceu a 19-XII-1960 em Castelo
               Branco. Licenciada em Ciências Históricas, é empresária agrícola reside na sua Quinta da Ordem
               em Vila Velha de Ródão. 
               Casou no Fundão com JOSÉ CARLOS LOPES SOARES (n. 1957), nascido a 6-VI-1957 na freguesia
               de São Jorge de Arroios em Lisboa, filho de Aníbal Alexandre Soares (n. 1930), nascido a 26-VI-1930,
               e de sua mulher D. Odete de Jesus (n. 1933), nascida a 10-VIII-1933.
               Filhas:
               5.    D. ANA ELISA TRIGUEIROS SOARES ARAGÃO (n. 1985), nascida a 12-VI-1985 na freguesia de
                      São Domingos de Benfica em Lisboa.
               5.    D. MARIA MARGARIDA TRIGUEIROS SOARES ARAGÃO (n. 1988), nascida a 7-III-1988 na fregue-
                      sia de São Domingos de Benfica, em Lisboa. 
               5.    D. MARIA INÊS TRIGUEIROS SOARES ARAGÃO (n. 1990), nascida a 17-I-1990 na freguesia de
                      São Domingos de Benfica, em Lisboa. 
               5.    D. MARIA LEONOR TRIGUEIROS SOARES ARAGÃO (n. 1992), nascida a 19-02-1992.
3.    FRANCISCO (1903-1905), faleceu a 7-I-1905 com 15 meses de idade numa casa da então Rua de São Se-
       bastião em Alcains, tendo sido sepultado no cemitério público do Fundão.

Idanha-a-Nova, 2.ª Casa dos Condes de Idanha-a-Nova,
Trigueiros Aragão.
(Anteriormente dos Vaz Preto)

 Pedra de armas:
1.º - REBELO, 2.º MARTEL,
3.º - TRIGUEIROS, 4.º - COSTA.


















JOAQUIM MARIA TRIGUEIROS COELHO FRAZÃO DE ARAGÃO MARTEL
 (1921-1982)
3.º Visconde do Outeiro 
3.º Conde de Idanha-a-Nova

4.    JOAQUIM MARIA TRIGUEIROS COELHO FRAZÃO DE ARAGÃO MARTEL (1921-1982), 3.º Conde de Ida-
       nha-a-Nova, 3.º Visconde do Outeiro (Alvará do Conselho de Nobreza de 24-IV-1979).
       Nasceu a 16-IV-1921 no Fundão, e faleceu em 1982.
       Era filho de Joaquim Trigueiros Coelho de Aragão (1890-1937) que nasceu a 2-XI-1890, vindo a falecer a
       29-VII-1937 em vida de seu pai, pelo que não se encartou no título, e de sua mulher e prima D. Maria da
       Natividade Trigueiros de Figueiredo Frazão (1891-1958), nascida a 7-II-1891, casada a 14-VII-1915, e faleci-
       da a 19-VII-1958, filha de José de Figueiredo Pimenta de Avelar Frazão Castelo Branco (1858-1913), 2.º
       Visconde do Sardoal, e de sua mulher D. Maria da Natividade Osório Trigueiros de Martel (1861-1949).
       Casou a 5-V-1954 em Fátima com D. LEONOR DE POVOENÇA OSÓRIO DE CASTRO (n. 1933), nascida a
       8-I-1933 na freguesia da Sé em Lisboa, professora universitária, licenciada e mestre em Ciências Antro-
       pológicas e Etnológicas pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da U.T.L.[28], a qual era
       filha de Jerónimo de Melo Osório de Castro, médico veterinário, natural de Setúbal, e de  D. Simone Flora
       Osório de Castro, natural de Paris.
       Sem geração.

Aldeia de Joanes / Aldeia Nova do Cabo, casa do Outeiro.
(Trigueiros Aragão)
Pedra de Armas da
Casa do Outeiro:
1.º - REBELO, 2.º - MARTEL
3.º - TRIGUEIROS, 4.º - COSTA.



















_____________


Anexo:







Quinta da Foja

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Notas:

[1]      IAN/TT, Registo Geral de Mercês, D. Carlos I, Liv. 4, fls. 298 e 308.
[2]      IAN/TT, Registo Geral de Mercês, D. Luís I, Liv. 7, fl. 1000.
[3]      IAN/TT, Registo Geral de Mercês, D. João VI, Liv. 19, fl. 121.
[4]      O morgado de Idanha-a-Nova foi instituído por seu avô Domingos Ambrósio (n. 1707) a 13-IV-1751. Quanto ao morgado do Outeiro, em Aldeia de Joanes, tinha sede na Casa do Outeiro, anexa à capela do Espírito Santo, e tinha uma casa fronteira a esta num plano mais elevado. Esta casa mais antiga, situada no Outeiro de Cima, com vestígios do século XV e hoje degradada, tinha pertencido a um bisneto de D. Afonso III, e foi berço de Frei Diogo da Silva (n. 1485), o primeiro inquisidor-mor que foi nomeado para este cargo pelo Papa em 1531, a pedido de D. João III.
[5]     O Regimento de Milícias de Idanha-a-Nova foi criado pelo Alvará de 21-X-1807.
[6]    Angélica Ludovina de Aragão Costa e Ornelas, descendia dos PROENÇAS, OLIVEIRAS, CUNHAS, e SÁ PEREIRAS, algumas das famílias mais antigas de Aldeia Nova do Cabo e do próprio concelho do Fundão. Foram seus antepassados: Pedro de Oliveira Proença, que originou várias casas com este apelido; Diogo Pais da Cunha (f. 1575), cavaleiro da Casa d’El Rei D. João III; Miguel Rodrigues Barreiros, familiar do Santo Ofício por Carta de 9-X-1571; Afonso Sá Pereira (c. 1674), familiar do Santo Ofício por carta de 25-VI-1674, senhor da Casa do Terreiro e do «Lugar dos Quinteiros», na citada freguesia; Manuel de Sá Pereira (c. 1750), senhor do citado lugar dos Quinteiros e sargento-mor do Fundão em 1750. 
[7]    Pedro de Aragão Miranda Sá e Vasconcelos (f. 1793), descendia dos Oliveiras e Cunhas da Casa do Outeiro e dos Sá Pereiras da Casa do Terreiro, duas das mais antigas famílias de Aldeia Nova do Cabo, no concelho do Fundão. Os Sá Pereiras, de Aldeia Nova do Cabo, eram parentes próximos da Casa de Condeixa.   
[8]    A Quinta da Ponte, situada no parque natural da Serra da Estrela, é circundada por bosques, rodeada de jardins à francesa com um fontanário dedicado a S. Luís, rei de França, e atravessada pelo Mondego. Tem um belo solar datado do século XVII, e muito modificado a partir de 1725. A capela é consagrada à Nossa Senhora da Vitória – a qual transporta na mão a bandeira azul e vermelha do miguelismo, opção política de um dos proprietários desta casa – e apresenta, numa parede lateral a seguinte inscrição: «O Doutor Alexandre de Vasconcelos Coutinho, collegial do Real Colégio de S. Paulo, lente de Cânones da Universidade de Coimbra, Desembargador dos Agravos na Relação do Porto, Familiar do Santo Ofício, mandou fazer esta capela com missa todos os Domingos e Dias Santos. Faleceu a 1 de Abril de 1725 está sepultado na freguesia de N. S. da Victória na cidade do Porto.». Outra inscrição, na porta que dá acesso à sacristia diz: «Bonifacio de Tavora e Vasconcellos Aragão e Miranda. Mandou fazer esta obra á sua custa, e se dirá huma missa nesta capella, todas as semanas por sua alma e de sua mulher Chrisostoma Nogueira e de Francisco José de Figueiredo Falcão, filho de sua mulher. Anno de 1728». Esta casa é um dos berços da família Vasconcelos de Aragão que procedem de D. Pedro Aragão (c. 1297), meio-irmão da rainha Santa Isabel, o qual foi pai de cinco filhos. Por via sucessória este solar passaria, muito mais tarde, à posse de José de Aragão da Costa da Vitória, Conde de Tondela, que faleceu tragicamente assassinado por um sobrinho, pelo que o citado solar veio a passar para seus parentes, os Condes de Idanha-a-Nova. O Conde de Tondela, um dos maiores proprietários agrícolas da Beira Baixa, era senhor de uma casa na Guarda, assim como várias outras casas solarengas das quais se destaca um solar apalaçado edificado em 1861 que é actualmente sede da Junta de Freguesia de Aldeia Nova do Cabo, no concelho do Fundão, a imensa casa agrícola de Sarnadas do Ródão, assim como a de Monforte da Beira.
[9]    IAN/TT, Cartório da Nobreza, Livro 3 do Registo de Brasões de Armas, fls. 231 v. - 232 v.
[10]   No processo de Justificação de seu filho aparece também com o nome completo de Jerónimo Trigueiros Martel Toscano Silva.
[11]   A reorganização militar operada para sustentar a Guerra da Restauração, após a declaração da independência em 1640, militarizou a população do reino em, basicamente, três escalões de tropas: 1.º - Exército de Linha, destinado à guerra de manobra nas fronteiras, organizado em terços de infantaria, com 200 soldados cada (num total de 20.000 infantes), provenientes de entre os filhos segundos (excepto os filhos de viúvas e lavradores); e companhias de cavalaria, de 100 ginetes cada (num total de 4.000 ginetes), com oficiais e soldados recrutados entre a nobreza; 2.º - Terços Auxiliares ou milícias, organizadas por 30 comarcas, vocacionados para guarnecer ou defender as praças fortes junto à fronteira, cada terço com 600 homens agrupados em 10 companhias de 60 homens, recrutados entre os filhos de viúvas e lavradores, comandados por um mestre de campo (coronel), e os respectivos sargentos-mores, capitães e alferes; 3.º - Companhias de Ordenanças, organizadas por comarcas, cada uma com 240 homens, as quais serviam fundamentalmente como depósitos de recrutamento e eram comandadas por um capitão-mor, com seu sargento-mor e dois ajudantes, geralmente fidalgos.
[12]     No seu testamento dispôs «que por sua alma se dissessem mil missas, pellas almas de seos pais vinte missas, pella de seos sogros sinco missas por cada hum, pellos seos tios Pedro Fernandes Monserrate e suas Irmans Dona Ignes Nunes e Dona Constanças Nunes trinta missas, por seos avós paternos e maternos sinco missas por cada hum, por Nossa Senhora sinco missas, ao santo do meu nome tres missas, ao Anjo da minha guarda tres missas, e ao Anjo Sam Gabriel duas missas, às almas do Purgatório tres missas, a Senhora do Almortam duas missas que se desse de esmola a pobres viuvas 20 alqueires de senteio e aos Religiosos de santo antónio dois alqueires de trigo de esmola por seu testamenteiro a seu filho Joaquim Rebelo Trigueiros a quem deixou a terça».
[13]  Manuel Vaz Preto Geraldes (1828-1902) foi um influente membro do Partido Regenerador no distrito de Castelo Branco na década de 1880. Dissidente dos regeneradores com Pinheiro Chagas, Sousa Lobo e o Conde da Graciosa, criando um movimento dito "Mais regeneradores que os próprios regeneradores". Ataca o governo em 25 de Fevereiro de 1880 e tem um duelo com o progressista Emídio Navarro.
[14]     Ao longo da sua vida usou vários apelidos dos seus antepassados de modo aleatório.
[15]    A sua sepultura tem uma cabeceira armoriada com um brasão esquartelado de Preto, Macedo, Cabral e Osório, encimado por uma coroa de Visconde. Tem a seguinte inscrição: «A SAUDOZA MEMÓRIA / DA VISCONDESSA DO OUTEIRO / FALECIDA EM 12 DE JULHO DE 1878 / POR SEU MARIDO O VISCONDE DO OUTEIRO».
[16]   O morgado de Pêro Viseu foi instituído por um testamento de 24-XI-1696, e o de Chãos por outro testamento de 17-XI-1725, ambos da autoria de dois priores homónimos da Peroviseu, chamados Luís Machado Freire, respectivamente tio e sobrinho, que uniram deste modo um enorme património fundiário distribuído pelas freguesias de Peroviseu, Valverde, Donas e Chãos, todas no concelho do Fundão, assim como algum património no contíguo concelho da Covilhã. A casa da aldeia dos Chãos, hoje conhecida como «a da cerca», aparentemente datada do século XIII, foi uma das sedes deste morgado que atravessou oito gerações na mesma família e destinava-se a perpetuar o apelído da família MACHADO.– Sobre este morgado Cfr. ESTEVES, Judite Maria Nunes, «Práticas de Construção e Reprodução de Poder no Portugal Rural do Século XVII aoSéculo XIX – O Caso do Morgadio de Peroviseu e Chãos (Fundão)», Separata dos Trabalhos de Antropologia e Etnologia, vol. 44 (1-2), p. 187-208.
[17]     Da capela de S. Pedro do Catrão, que já existia em 1320, não há actualmente senão vestígios.
[18]     Ao longo da sua vida usou vários apelidos dos seus antepassados de modo aleatório.
[19]     IAN/TT, Cartório de Nobreza, Livro IV, fl. 23. O original desta carta de brasão achava-se em 1915 em poder de Simão Valdez Trigueiros Martel, – Cfr. foto in Afonso Dornelas, «História e Genealogia», Lisboa, 1913-1926, vol. III.
[20]     D. Ana Justina de Sousa era um dos seis filhos conhecidos de Diogo Homem de Brito e de D. Joana Teresa Centúrio. 
[21]  Manuel Rosado Marques Camões e Vasconcelos, Oliveiras e Cunhas da Casa do Outeiro Termo do Fundão, 2.º vol., p. 170 e seguintes.
[22]      A edificação desta casa iniciou-se em 1908.
[23]      IAN/TT, Registo Geral de Mercês, D. Carlos I, Liv. 2, fl. 139.
[24]      IAN/TT, Registo Geral de Mercês, D. Carlos I, Liv. 4, fl .299.
[25]     Ao longo da sua vida usou vários apelidos dos seus antepassados de modo aleatório.
[26]    A propósito do falecimento de D. Maria Angélica (1872-1907), a imprensa regional escreve: «… Rica, fez da sua riqueza o património dos pobres que a ela se dirigiam com a mesma confiança com que se dirigiam a uma mãe carinhosa e, que por isso a veneravam, como uma Santa. E com adorável simplicidade ela sabia fazer o bem! (…) Se foi nobre a impressão produzida pela morte da Condessa de Idanha-a-Nova em todos os que tiveram ocasião de lhe apreciar a nobreza da alma e a bondade do coração, essa impressão foi sobretudo enorme em Alcains, campo especial em que exerceu a sua acção de anjo tutelar de todos os infelizes. Aí o triste acontecimento atingiu as proporções de uma grande desgraça, que levou a desolação a todos os lares. Quase todas as pessoas do povo se vestiram de luto e ouvia-se ininterruptamente um coro de soluços, acompanhados destas palavras: Morreu a mãe dos pobrezinhos!» – In Gazeta da Beira, 24-II-1907, p. 2.
[27]   Actualmente, totalmente recuperado de um abandono de décadas, está afecto a um projecto de turismo rural com a denominação de «Solar de Alcains – Hotelaria e Turismo Rural, Lda».
[28]   Ver: Leonor Osório de Castro Trigueiros de Aragão, Quintãs – Uma aldeia da Beira Baixa, Fundão, e.a., 1994.



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