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D. MARIA MADALENA DE ABREU CASTELO BRANCO TRIGUEIROS FRAZÃO (n. 1916), 4.ª Viscondessa do Sardoal.

(Entretanto falecida a 8-X-2023 em Santarém)




Genealogia:


Trigueiros Frazão Castelo Branco

Viscondes do Sardoal

(Casa do Salgueiro e Casa das Quintãs, Fundão)


Trigueiros Frazão Sacadura Botte

(Casa da Bica, Santa Comba de Seia, Seia, 1861)

 

10.    D. MARIA DA NATIVIDADE OSÓRIO TRIGUEIROS DE MARTEL (1861-1949), filha de Jerónimo Trigueiros de Aragão Martel e Costa (1825-1900), 1.º Conde de Idanha-a-Nova, fidalgo-cavaleiro da Casa Real, e de sua mulher D. Maria Isabel Osório de Sousa Preto Macedo Forjaz Pereira de Gusmão (1834-1878).  Nasceu a 8-IX-1861 na Rua da Praça ao Terreiro, no Fundão, onde foi baptizada a 25-IX-1861 na Igreja de São Martinho, tendo falecido a 13-I-1949.

         Casou a 10-VII-1881 em Idanha-a-Nova com JOSÉ DE FIGUEIREDO PIMENTA DE AVELAR FRAZÃO CASTELO BRANCO (1858-1913), 2.º Visconde do Sardoal por decreto de 2-VIII-1878, nascido em 16-XII-1858 e logo “baptizado em casa por ameaçar perigo de vida”, recebendo os Santos Óleos a 15-VII-1859 na Igreja de São João Baptista de Abrantes, tendo por padrinhos António Tomás Pimenta de Avelar e Joaquina Pimenta de Avelar. Faleceu em Agosto de 1913. Foi presidente da Câmara Municipal do Fundão em 1885, cidade onde também viveu e onde tinha casa no largo da Igreja matriz, actual sede da ACICF – Associação Comercial e Industrial do Concelho do Fundão.

Seu marido era filho herdeiro de general José de Figueiredo Frazão Castelo Branco (1795-1878)[1], 1.º Visconde do Sardoal por decreto de 17-IV-1866, fidalgo-cavaleiro da Casa Real, governador da praça militar de Abrantes então sede do Regimento de Infantaria n.º 11, comendador da Ordem de Avis, muito condecorado nas campanhas da Guerra Peninsular, nascido a 27-IV-1795, falecido a 20-I-1878, sepultado em Abrantes[2], casado a 7-IV-1856 na freguesia de Andreus, Sardoal, com uma senhora quarenta anos mais nova, D. Ana Jacinta Heitor Pimenta de Avelar Fonseca e Sousa (1835-1935), nascida a 12-I-1835, falecida com cem anos de idade.

Neto paterno de Dr. Gregório José Pedroso Frazão Castelo Branco, natural da extinta freguesia de São Vicente da Covilhã, e de sua mulher e prima D. Gervásia Madalena Leitão de Figueiredo Frazão, natural da freguesia do Salgueiro, Fundão; e neto materno do Dr. Manuel Joaquim Pimenta Avelar Fonseca e Sousa, formado em Direito, natural do Sardoal, e de sua mulher D. Jacinta Burget Heitor Barata de Figueiredo e Matos, natural da então vila de Belver, no então priorado do Crato, e hoje no concelho do Gavião; grandes proprietários na freguesias de Andreus e de Aldeia da Mata, ambas no concelho do Sardoal, e em Abrantes onde tinham uma grande casa.

O general José de Figueiredo Frazão Castelo Branco Frazão possuía ainda grandes casas e propriedades rurais na Covilhã[3], em Valhelhas, no concelho da Guarda, na Sertã, nas Quintãs onde tinha o Solar do Visconde do Sardoal[4], no Salgueiro a Casa do Salgueiro, ambas no concelho do Fundão onde também tinha uma grande casa[5], e ainda em Ponte de Sôr. Usou brasão de armas com o escudo esquartelado de FRAZÕES, CASTELO BRANCOS, CARDOSOS, e FIGUEIREDOS, atribuído aos seus antepassados por alvará de 6-IV-1753.

          Tiveram:

11.    D. MARIA ISABEL TRIGUEIROS FRAZÃO (1884-1863), nasceu a 13-V-1884, e faleceu solteira em 1963 na Casa das Quintãs. Foi benemérita e fundou nas Quintãs a Casa do Trabalho, que se manteve durante cerca de trinta anos, até 1960, ensinando gratuitamente as raparigas a coser à mão e a bordar, custeando o material e a remuneração das professoras. Instituiu, ainda, por disposição testamentária uma creche para crianças das Quintãs, assim como uma sopa dos pobres.

11.   JOSÉ FIGUEIREDO TRIGUEIROS FRAZÃO CASTELO BRANCO (1885-1939), 3.º Visconde do Sardoal, que segue abaixo.

11.    JOÃO DE FIGUEIREDO TRIGUEIROS DE ARAGÃO FRAZÃO (1887-1938), nascido a 10-V-1887 na freguesia do Salgueiro, Fundão, e falecido a 30-IX-1938 na Figueira da Foz. Regente Agrícola. Casou em 1917 em Fornos de Algodres com D. MARIA EMÍLIA DE ATAÍDE ABREU CASTELO BRANCO (1896-1973), nascida a 4-IX-1896 na citada vila e falecida a 7-VI-1973, filha do Lopo de Abreu Castelo Branco Cardoso e Melo (n. 1835), bacharel em Direito pela Universidade de Coimbra, juiz conselheiro, filho dos 2.ºs condes de Fornos de Algodres, senhor da Casa dos Abreu Castelo Branco em Fornos de Algodres, casado na Mesquitela com D. Henriqueta Júlia Cabral de Ataíde Mascarenhas, filha dos senhores da Casa de Povolide, da Quinta do Vilar e da Casa de Guimarães de Tavares.

          Tiveram:

12.    JOSÉ DE FIGUEIREDO TRIGUEIROS FRAZÃO DE ABREU CASTELO BRANCO (1918-1975), nasceu a 2-VII-1918 em Fornos de Algodres, distrito da Guarda, e faleceu em Maio de 1975 na cidade de Carmona, em Angola, onde era funcionário de uma companhia de seguros. Casou a 30-III-1944, no Fundão, com D. MARIA LUÍSA BARATA DA CRUZ RIBEIRO (n. 1925), nascida em São Julião, Figueira da Foz, concelho de Coimbra, filha de José da Cruz Ribeiro, coronel de Infantaria, e de sua mulher D. Maria Rita Salvado.

Tiveram:

13.    JOÃO RIBEIRO TRIGUEIROS FRAZÃO (n. 1949), que nasceu a 19-VI-1949 no Fundão. Casado, com geração.

13.    D. MARIA EMÍLIA RIBEIRO TRIGUEIROS FRAZÃO (n. 1951), nascida a 22-IV-1951 no Fundão. Passou ao Brasil, cidade de São Paulo, em 1976. Casou com JOSÉ AMÉRICO MORAIS JANSEN VERDADES. Com geração.

13.    D. MARIA RITA RIBEIRO TRIGUEIROS FRAZÃO (n. 1952) nasceu a 5-V-1952 no Fundão, distrito de Castelo Branco. Passou ao Brasil em 1976. Casou com VITOR MANUEL DA CONCEIÇÃO RODRIGUES.

          Tiveram:

14.    D. ANA RITA TRIGUEIROS FRAZÃO RODRIGUES (n. 1974), nasceu a 20-II-1974 em Luanda, Angola. Passou à cidade de São Paulo, Brasil, em 1975.

14.    D. NATACHA TRIGUEIROS FRAZÃO RODRIGUES (n. 1977), nasceu a 4-II-1977 em São Paulo, Brasil. Casou a 6-X-2001 com RUI FILIPE TAVARES DA COSTA.

12.    D. MARIA EMÍLIA DE ABREU CASTELO BRANCO TRIGUEIROS FRAZÃO (n. 1921), nasceu a 10-X-1921 em Fornos de Algodres. Casou a 22-IV-1956, em Fornos de Algodres, com JOSÉ CASIMIRO DA FONSECA CARNEIRO DA ALMEIDA (n. 1906), nascido a 27-IX-1906 em Loulé, administrador da Mobil Oil Portuguesa em Angola. Seu marido era filho de José Casimiro Carneiro de Almeida, juiz de Direito, natural de Lagoa, e de sua mulher D. Maria Celeste da Cunha Pignatelli (n. 1879)[6], natural de São Vicente da Beira.

         Tiveram:

13.    JOSÉ CASIMIRO FRAZÃO CARNEIRO DE ALMEIDA (n. 1957), nasceu a 1-V-1957 em Luanda. Casou com a 15-X-2001 com D. MARIA JOÃO CRUZ DA AZEVEDO (n. 1953), nascida a 9-V-1953.

13.    JOÃO MARIA FRAZÃO CARNEIRO DE ALMEIDA (n. 1958), nasceu a 27-V-1958 no Porto. Casou em 1991 em Cancun, México, com D. ANA CECÍLIA QUEVEDO, natural do México. Divorciados em 2001.

Tiveram:

14.    SEBASTIÃO QUEVEDO CARNEIRO DE ALMEIDA (n. 1994), nascido a 3-12-1994 em Cancun, México.

13.    D. MARIA TERESA FRAZÃO CARNEIRO DE ALMEIDA (n. 1959), nasceu a 28-VIII-1959 em Luanda. Casou a 3-XI-1983 na Capela de Santo Amaro, freguesia de Alcântara, em Lisboa, com MIGUEL LUÍS CUNHA FERREIRA ONOFRE (n. 1955), técnico agrário, nascido a 3-X-1955 na freguesia de São Sebastião da Pedreira, em Lisboa.

Tiveram:

14.    D. FRANCISCA MARIA CARNEIRO DE ALMEIDA ONOFRE (n. 1985), nasceu a 20-VIII-1985. Assistente social.

14.    MIGUEL LUÍS CARNEIRO DE ALMEIDA ONOFRE (n. 1987), nasceu a 18-V-1987 em Lisboa.

14.    D. MARIA DO ROSÁRIO CARNEIRO DE ALMEIDA ONOFRE (n. 1992), nasceu a 3-VII-1992.

11.    D. MARIA DA NATIVIDADE TRIGUEIROS DE FIGUEIREDO FRAZÃO (1891-1958), casada com seu primo Joaquim Trigueiros Coelho de Aragão (1890-1937), o qual vai no §: ???

 

11.    JOSÉ DE FIGUEIREDO TRIGUEIROS FRAZÃO CASTELO BRANCO (1885-1939), 3.º Visconde do Sardoal por decreto de 2-VIII-1878, licenciado em Direito, nasceu a 3-III-1884 na freguesia de São Martinho, Covilhã, onde foi baptizado a 19-X-1884, tendo por padrinhos o Conde de Idanha-a-Nova, seu avô materno, e a Viscondessa de Sardoal, sua avó paterna. Faleceu a 25-VIII-1939 em São Martinho do Porto, Alcobaça.

        Casou a 21-X-1915, no Salgueiro, Fundão, com D. MARIA MADALENA DE ATAÍDE DE ABREU CASTELO BRANCO (1898-1994), nascida a 06 -01-1998 em Fornos de Algodres, e falecida a 9-III-1994 em Lisboa.

         Sua mulher era filha do conselheiro Lopo de Abreu Castelo Branco Cardoso e Melo (1835-1918), senhor do solar dos Abreus Castelo Branco de Fornos de Algodres, bacharel em Direito pela Universidade de Coimbra, do Conselho de Sua Majestade, e de sua mulher D. Henriqueta Júlia Cabral Soares de Albergaria de Ataíde Mascarenhas; neta paterna de Alexandre de Abreu Castelo Branco (n. 1806), 2.º Conde de Fornos de Algodres, por sucessão de seu irmão João Maria que faleceu sem descendência[7], fidalgo-cavaleiro da Casa Real, comendador de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa, oficial da arma de Infantaria, senhor dos vínculos da Anunciada em Fornos de Algodres, Terra de Tavares, Travanca, Juncais, Faíl, Bruceiras no Alentejo, e de sua mulher e prima D. Maria Emília de Melo Mendonça Abreu de Magalhães (n. 1817); e neta materna de António José Diogo Lopes de Almeida de Albuquerque Cardoso, senhor da Casa de Povolide e da Quinta do Vilar, e de sua mulher D. Maria Madalena Cabral de Ataíde Mascarenhas Soares de Albergaria, da Casa de Guimarães de Tavares.

Tiveram:

12.    D. MARIA MADALENA DE ABREU CASTELO BRANCO TRIGUEIROS FRAZÃO (1916-2023), que segue.

 

D. Maria Madalena de Abreu Castelo Branco 
Trigueiros Frazão (1916-2023),
nos seus 107 anos,
perante o milagre da vida (1923).
12.     D. MARIA MADALENA DE ABREU CASTELO BRANCO

          TRIGUEIROS FRAZÃO (1916-2023), 4.ª Viscondessa do

          Sardoal, nasceu a 13-VIII-1916 em Fornos de Algodres, no

          distrito da Guarda. Veio a falecer aos 107 anos de idade, a

          8-X-2023 em Santarém, tendo as suas cinzas sido deposita-

          das no jazigo de família do cemitério de Santa Comba de Seia.

          Casou a 19-III-1945 em Fornos de Algodres com JOSÉ MARIA
          PEREIRA PACHECO DE SACADURA BOTTE (1898-1962),
          licenciado em Medicina pela Universidade de Lisboa, doutora-

          do em 1924. Foi cirurgião, coronel médico e director do 

        Hospital Militar Principal; deputado da Nação, possuía a Cruz de Mérito Militar, Cruz de Cristo, Cruz de Avis, medalhas da Cruz Vermelha de Mérito e Benemerência. Senhor da Casa da Bica na freguesia de Santa Comba de Seia, Seia, aí nasceu a 30-V-1898, tendo falecido a 19-06-1962 em Londres, foi sepultado no jazigo de família na freguesia de Santa Comba de Seia.

        Seu marido era filho de João Pacheco Sacadura Botte (1861-1947), juiz de Direito, nascido a 15-II-1861 na Casa da Aguieira, falecido a 16-VII-1947 na Casa da Bica, em Santa Comba de Seia, concelho de Seia, e de sua mulher D. Maria da Ascensão Mendes Oliva (1875-1955), nascida em Moimenta da Serra a 4-III-1875, e falecida a 17-IX-1955 na citada Casa da Bica.

Tiveram:

13.   JOÃO ANTÓNIO DE AZEVEDO PACHECO DE SACADURA BOTTE (1946-2001), 5.º Visconde do Sardoal, que segue abaixo.

13.    JOSÉ MARIA DE SACADURA BOTTE (n. 1947), nasceu a 22-IX-1947 na freguesia de Santa Catarina, em Lisboa. Casou com D. MARIA LUÍSA REIS BIVAR WEINHOLTZ (n. 1950), nascida a 14-I-1950 em Lisboa, filha de Manuel Brito de Bivar Gomes da Costa Weinholtz (1912-1998), nascido no Palácio Bívar, freguesia de São Pedro, em Faro, e falecido na freguesia de São Mamede, em Lisboa, licenciado em Matemática e engenheiro Geógrafo, e de sua mulher D. Eugénia Maria Pereira Caldas Teixeira Reis (n. 1918), nascida a 26-V-1918 na freguesia do Coração de Jesus, em Lisboa.

Tiveram:

14.    JOSÉ MARIA DE BIVAR WEINHOLTZ DE SACADURA BOTTE (n. 1973), nasceu a 27-VII-1973 em Lisboa.

14.    DUARTE DE BIVAR WEINHOLTZ DE SACADURA BOTTE (n. 1974), nasceu a 27-IX-1974 em Lisboa.

14.    FILIPE DE BIVAR WEINHOLTZ DE SACADURA BOTTE (n. 1978), nasceu a 15-IV-1978 na freguesia de São Sebastião da Pedreira, em Lisboa. Casou a 17-VI-2006 na Capela de São José da Herdade da Várzea com D. ANA SOFIA ROSADO CASAS NOVAS DE SACADURA BOTTE (n. 1979), nascida a 22-V-1979 em Évora.

Tiveram:

15.    JOSÉ MARIA CASAS NOVAS DE SACADURA BOTTE (n. 2008), nasceu a 31-I-2008, na freguesia de Carnide, Lisboa.

         

13.    D. MARIA MADALENA TRIGUEIROS FRAZÃO DE SACADURA BOTTE (n. 1949), nasceu a 14-I-1949, na freguesia de Santa Catarina em Lisboa. Licenciada em Filologia Românica pela Universidade Clássica de Lisboa. Casou a 16-IX-1978 na Capela da Casa da Bica, em Santa Comba de Seia, com seu primo MANUEL MENDES DE ALMEIDA ABECASSIS (1945-1995), natural de Lisboa, filho de Raúl Isaac Aburdaham Abecassis (n. 1905), engenheiro, nascido a 22-X-1905, e de sua mulher D. Maria Emília Viana Machado Mendes de Almeida, (n. 1913), nascida a 22-XII-1913 em Lisboa.

13.    LOPO JOSÉ FRAZÃO DE SACADURA BOTTE (1951-1980), nasceu a 15-XII-1951 na freguesia de Santa Catarina, em Lisboa, e faleceu a 7-VII-1980 na cidade do Porto.

 

13.    JOÃO ANTÓNIO DE AZEVEDO PACHECO DE SACADURA BOTTE (1946-2001), 5.º Visconde do Sardoal, nasceu a 19-I-1946 na freguesia de Santa Catarina em Lisboa, e faleceu a 13-X-2001 na Casa da Bica em Santa Comba de Seia, concelho de Seia. Licenciado em Direito pela Universidade de Coimbra, foi representante do título de Visconde do Sardoal, por certificado do Conselho de Nobreza de 30-4-1970.

       Casou a 15-IX-1946, na Igreja de Santo António do Estoril, com D. ANA FILIPA FILOMENA DE MELO OSÓRIO MAYER DE CARVALHO (n. 1949), nascida a 20-IV-1949 na freguesia das Mercês, em Lisboa, filha de João Frederico Mayer de Carvalho (1922-1987), nascido a 17-VIII-1922 e falecido em 1987, e de sua mulher D. Maria Joana de Melo Osório Meneses Pita (n. 1925), nascida a 20-VI-1925 em Lisboa; neta paterna de Frederico José de Carvalho (n. 1900), nascido a 21-III-1900, e de sua mulher D. Ana de Lima Mayer (n. 1901); e neta materna de João Filipe de Melo Osório de Meneses Pita (1896-1971), 4.º Marquês da Graciosa, nascido a 2-VII-1896 em Lisboa e falecido a 29-V-1971, casado com D. Maria Teresa da Franca Horta Machado (n. 1902) nascida a 15-IX-1902.

Tiveram:

14.    D. JOANA MARIA MAYER DE CARVALHO DE SACADURA BOTTE (n. 1971), 6.ª Viscondessa do Sardoal, que segue abaixo.

14.     D. MARTA MARIA MAYER DE CARVALHO DE SACADURA BOTTE (n. 1973), nasceu a 26-IX-1973 na freguesia de São Sebastião da Pedreira, em Lisboa.

       Teve o filho LOPO MARIA SACADURA BOTTE MORAIS CABRAL (n. 1998) com DUARTE VAN ZELLER MORAIS CABRAL (n. 1972). 

        Casou em 2001 na Quinta da Bica, em Santa Comba de Seia, concelho de Seia, com ANTÓNIO GOMES DE AMORIM LINO (n. 1967), nascido a 17-X-1967 na freguesia de Alvalade, em Lisboa, filho de António de Vasconcelos e Sousa Lino (n. 1940), nascido a 2-VII-1940 na freguesia de São Mamede, em Lisboa, e de sua mulher D. Maria do Carmo da Rocha Leão Gomes de Amorim (n. 1942), nascida a 3-VII-1942 na freguesia da Lapa, em Lisboa.

Tiveram:

15.   FILIPA MARIA MAYER SACADURA BOTTE LINO (n. 2002), nasceu a 22-V-2002 em São Domingues de Benfica, Lisboa.

15.   ANTÓNIO MARIA MAYER SACADURA BOTTE LINO (n. 2003), nasceu a 7-V-2003 em São Domingos de Benfica, Lisboa.

15.   ALICE MARIA MAYER SACADURA BOTTE LINO (n. 2006), nasceu a 13-XII-2006, em São Domingos de Benfica, Lisboa.

 

14.    D. MATILDE MARIA MAYER DE CARVALHO DE SACADURA BOTTE (n. 1979), nasceu a 10-II-1979 em Lisboa. 

        Casou na capela da Quinta da Bica, em Santa Comba de Seia, com D. PEDRO MENDES PEREIRA DE SALDANHA (n. 1966), nascido na freguesia de Alvalade, em Lisboa, filho de D. João Mário Rosazza Ferraris de Saldanha (n. 1940), nascido a 3-VII-1940 na freguesia de São José, em Lisboa, e de sua primeira mulher mulher Mariana Teresa Salema Mendes Pereira (n. 1943); neto paterno de D. Luís Saldanha de Oliveira e Sousa (1905-1977), e de sua mulher D. Vera Antónia Augusto Cora Rosazza Ferraris (n. 1907), natural de Auvergne, Massiac, França; bisnet paterno de D. João Saldanha Oliveira e Sousa (1878-1970), 2.º marquês de Rio Maior, e de sua mulher D. Maria Bárbara Tavares de Almeida Proença (1851-1889).

          Tiveram:

15.    D.   PEDRO MARIA SACADURA BOTTE DE SALDANHA (n. 2005), nasceu a 18-X-2005 em São Domingos de Benfica, Lisboa.

15.    D. MATILDE MARIA SACADURA BOTTE SALDANHA (n. 2007), nasceu a 24-IV-2007 em São Domingos de Benfica, Lisboa.

15.    D. FRANCISCO MARIA SACADURA BOTTE DE SALDANHA (n. 2009), nasceu a 20-IV-2009 em São Domingos de Benfica, Lisboa.

 

14.    D. MADALENA MARIA MAYER DE CARVALHO DE SACADURA BOTTE (n. 1981), nasceu a 12-VII-1981 em Lisboa, que segue.

 

14.    D. JOANA MARIA MAYER DE CARVALHO DE SACADURA BOTTE (n. 1971), 6.ª Viscondessa do Sardoal, nasceu a 11-IX-1971 na freguesia de São Sebastião da Pedreira em Lisboa.

         Casou em 1992 na capela da Quinta da Bica, em Santa Comba de Seia, concelho de Seia, com FRANCISCO DE CARVALHO E SILVA ALVIM (n. 1970), nascido a 9-IX-1970 na freguesia de São Sebastião da Pedreira, em Lisboa, filho de Francisco Barreto Alvim (n. 1943), nascido a 16-XII-1943 na freguesia de São Mamede, em Lisboa, casado a 6-IX-1969 na Capela da Quinta das Malhada, em Valada do Ribatejo, com sua mulher D. Diana Salema de Carvalho e Silva (n. 1949), nascida em Lutton, Inglaterra.

Tiveram:

15.    JOANA SACADURA BOTTE ALVIM (n. 1994), nasceu a 10-I-1994 em Santa Maria de Belém, em Lisboa.

15.    MARIA SACADURA BOTTE ALVIM (n. 1997), nasceu a 21-XII-1997 em Santa Maria de Belém, em Lisboa.

15.      MADALENA SACADURA BOTTE ALVIM (n. 2001), nasceu a 17-II-2001 em Santarém.





Notas:

[1]   JOSÉ DE FIGUEIREDO FRAZÃO CASTELO BRANCO (1795-1878), 1.º Visconde do Sardoal, general de Divisão, nasceu a 27-IV-1795 e faleceu a 20-I-1878. Assentou praça aos dezasseis anos, em plena invasão francesa, e foi um militar distinto tendo tomado parte nas batalhas de Salamanca, Vitória, Nive e Nivelle, no assalto à Cidade Rodrigo, Cerco de Badajoz, assaltos de Burgos, San Sebastian e Baiona. Foi condecorado com a Medalha das 3 Campanhas da Guerra Peninsular, com a das 4 Campanhas de 1834, com a de Honra da Andaluzia e da Vitoria, com a de Distinção da Divisão Auxiliar à Espanha em 1836, com a Militar de ouro de Bons Serviços, com a de ouro de Comportamento Exemplar, com a de prata por Valor Militar, etc. Devido às suas convicções liberais exilou-se em Espanha durante o reinado de D. Miguel, regressando a Portugal, integrado na coluna do coronel Valdez, conde do Bonfim. Foi Governador da Praça de Abrantes (1862-1864). Era filho de Gregório José Pedroso Frazão Castelo Branco, bacharel em Direito, cavaleiro da Ordem de Cristo, juiz de fora em várias comarcas, casado com sua prima D. Gervásia Madalena de Figueiredo; neto paterno de João de Figueiredo Frazão Castelo Branco, natural da Covilhã, e de sua mulher e prima D. Rosa Madalena Leitão, senhores de um grande património fundiário e solar conhecido pela Casa do Salgueiro, na freguesia do Salgueiro, Fundão, a qual teve origem no antigo morgadio de Santa Maria Madalena, do qual se ignora o instituidor e a data, mas cujo último administrador, à data da extinção no século XIX, era o seu descendente João José de Oliveira Frazão Castelo Branco (1834-1892), nascido no Salgueiro a 18-V-1834, formado em Direito, que foi administrador dos concelhos do Fundão, Penalva do Castelo, Covilhã e Belmonte.

[2]   O GENERAL FRAZÃO está sepultado no mausoléu da família Pimenta de Avelar, no cemitério de Abrantes, segundo a sua vontade que deixou expressa em testamento.

[3]   No seu testamento feito a 26-V-1868, na sua casa do Largo da Sé, em Castelo Branco, declara que «deixo a minhas irmãs D. Ana Máxima e D. Felismina Benedita, em quanto vivas forem a minha quinta da Olivosa e a minha fazenda de Gredeiros, ambas na Covilhã».

[4]   O SOLAR DOS VISCONDES DO SARDOAL é uma pequena casa senhorial edificada nos princípios do século XX, segundo o traço de Manuel de Abreu Castelo Branco, bem integrado no ambiente envolvente e com uma harmonia arquitectónica reveladora do bom gosto dos seus fundadores. A sua edificação ocupou o espaço de uma casa quinhentista aí existente, e apresenta primorosamente esculpido em granito claro o brasão do 1.º Visconde. Era residência secundária dos primeiros Viscondes, que tiveram uma casa na Covilhã, situada junto à antiga muralha da cidade, a qual foi destruída para dar lugar ao antigo Mercado Municipal.

[5]   Foi ainda dos Viscondes do Sardoal, uma casa no Fundão, junto à igreja Matriz, onde foi instalado em 1930 a Associação Comercial e Industrial do Fundão.

[6]   D. MARIA CELESTE DA FONSECA PIGNATELLI (n. 1879), era filha de António Duarte da Fonseca Fabião, licenciado em Direito, natural do Fundão, e de sua mulher D. Maria Amália Freire da Cunha Pignatelli, filha dos Viscondes de Tortosendo.

[7]   JOÃO MARIA DE ABREU CASTELO BRANCO (1789-1878), foi 1.º Visconde de Fornos de Algodres, por decreto de 30-X-1851, e 1.º conde de Fornos de Algodres, por decreto de 12-III-1866. Par do Reino (1854), fidalgo-cavaleiro da Casa Real (1823), do Conselho da Rainha D. Maria II, de D. Pedro V e D. Luís I, foi, ainda, juiz conselheiro do Supremo tribunal de Justiça, Governador Civil de Coimbra, Braga, Porto e Funchal, assim como desembargador da Relação da cidade de Goa. Casou duas vezes, mas não teve geração de nenhum dos casamentos.





VISCONDES DE ABRANÇALHA


JOÃO JOSÉ HENRIQUES TRIGUEIROS DE CASTRO ATAÍDE
(1836-1905)

1.º Visconde de Abrançalha



João José Henriques Trigueiros
de Castro Ataíde (1836-1905),
1.º Visconde de Abrançalha.


JOÃO JOSÉ HENRIQUES TRIGUEIROS DE CASTRO ATAÍDE (1836-1905?), 1.º Visconde de Abrançalha por mercê de D. Luís I (Decreto de 28-VII-1869)[1].

Abrantes, Jazigo da família
do Visc. de Abrançalha.
Brasão de armas: partido
de COUTINHO e ATAÍDE.
e

Nasceu a 4-VII-1836 e foi baptizado a 17-VIII-1836 em São Miguel da Sé em Castelo Branco, tendo por padrinhos de baptismo José Maria Moreira de Bergara de Lisboa, que viria a ser marechal de campo, pelo qual tocou por procuração o capitão Nicolau Teles Nunes Guedelha de Escalos de Baixo, e ainda D. Maria Teresa de Castro e Ataíde (mulher de José Maria Moreira de Bergara), por quem tocou por procuração Simão Trigueiros do Rego Martel.
Faleceu já viúvo e sem filhos a 1-XII-1905 na Rua Santos e Silva (antiga Rua Grande), na freguesia de São Vicente em Abrantes, tendo sido sepultado no cemitério público desta cidade.

Foi fidalgo-cavaleiro da Casa Real por alvará de D. Maria II (3-II-1849)[2], e moço-fidalgo com exercício no Paço por alvará de D. Pedro V (9-II-1858)[3].

Era senhor de um valioso e imenso património na região de Abrantes onde tinha várias casas e propriedades, das quais as principais são a Casa da Rua Grande em Abrantes, e a Casa e Quinta da Abrançalha e a quinta do Casal da Preta  que, ao que parece, fariam parte da herança vinda por via dos Coutinho, assim como a vetusta Casa e Quinta da Ómnia na freguesia do Rossio ao Sul do Tejo. Em Castelo Branco era administrador do vínculo dos Regos; e em Lisboa tinha a sua casa principal, o Palácio de Entremuros (Palácio do Visconde de Abrançalha) situado na Rua de Artilharia Um – antiga Estrada de Entremuros –, na qual muito mais tarde veio a ser instalado o colégio das Irmãs Doroteias. 

A Câmara Municipal de Abrantes, onde foi presidente (1876-1896 e 1896-1898), e a contígua freguesia de Rio de Moinhos, consagraram-no na toponímia local: ambas atribuíram a uma rua o nome de Visconde de Abrançalha. 



Lisboa, Palácio de Entremuros, Rua de Artilharia Um.
 (Visc. de Abrançalha)

Lisboa, Palácio de Entremuros
(Visc. de Abrançalha)






Armas da Quinta da Ómnia
1.º - SOUSA, 2.º - CASTRO,

3.º - FREIRE, 4.º - CAMELO.











Quinta da Ómnia
(Visc. de Abrançalha).

Quinta da Ómnia
(Visc. de Abrançalha).
Quinta da Ónia
(Visc. de Abrançalha).












Casou a 27-X-1867, aos 30 anos de idade, no oratório da casa da nubente que ficava na Rua Grande da freguesia de São Vicente de Abrantes, com a jovem sua prima D. MARIA EUGÉNIA ROMO DE CASTRO ATAÍDE (1853-1902), de apenas 14 anos, tendo para este efeito sido “canonicamente dispensados do impedimento de segundo grau consanguíneo”. Foram testemunhas deste casamento o general reformado Luís Herculano Ferreira e o conselheiro Joaquim Rodrigues, ambos residentes em Abrantes.

Visc. de Abrançalha.
D. Maria Eugénia nasceu a 22-VII-1853 na freguesia de São João Baptista em Abrantes, onde foi baptizada a 23-VII-1857. Faleceu prematuramente a 28-IV-1902, quando contava 47 anos de idade, na sua residência da Rua Nova da Trindade n.º 9, na freguesia do Sacramento em Lisboa. Foi sepultada no Cemitério dos Prazeres num jazigo que ostenta o seu brasão, esquartelado de SOUSAS (do Prado), CASTROS, FREIRES e CAMELOS[4]. Foi administradora de diversos vínculos em Abrantes, em Elvas onde detinha a Capela de São Domingos, e em Portalegre onde por herança dos Sousa Tavares era senhora do seiscentista Palácio Amarelo situado no Largo de São Cristóvão, um dos mais glosados ex-líbris desta cidade, o qual era composto de vários volumes diferenciados, ao estilo barroco, com várias portas góticas na sua traseira e um pano da muralha medieval da cidade.

Sua mulher era filha de D. ÁLVARO HENRIQUES ROMO DE SOUSA TAVARES (1815-1856) –  irmão da mãe do visconde de Abrançalha – fidalgo da Casa Real nascido a 7-V-1815 na freguesia de São Vicente em Abrantes, e falecido a 3-XII-1856 na freguesia dos Mártires em Lisboa, o qual foi casado a 8-XII-1851 na Igreja de São João, em Abrantes, com D. FRANCISCA DE CASTRO FREIRE JUZARTE DA SILVEIRA (f. 1855), falecida a 1-XII-1855 em Lisboa; ambos sepultados no Cemitério dos Prazeres em jazigo que ostenta um brasão com as armas plenas de TAVARES[5]. 

Do casamento dos viscondes de Abrançalha não houve geração, pelo que o seu imenso património, reunido numa das maiores casas do Ribatejo e Alentejo, por junção dos bens que foram herdados dos Castro-Ataíde e dos Sousa-Tavares, incluindo uma casa em Paris, foi legado em grande parte aos seus sobrinhos de Abrantes, assim como a um filho ilegítimo da viscondessa.

Este matrimónio entre primos, certamente realizado sob a influência da pressão familiar para salvaguardar e aumentar o património de ambas as partes, quando a nubente ainda era uma criança, não teve o sucesso desejado; quer pela ausência de filhos, quer provavelmente pela falta de afecto, o que conduziu este enlace ao fracasso. 

Portalegre, Palácio Amarelo.
Portalegre, Palácio Amarelo.

Portalegre, Palácio Amarelo.
Pedra de armas: TAVARES.



D. MARIA EUGÉNIA ROMO DE CASTRO ATAÍDE (1853-1902), apesar de amarrada pelo indissolúvel matrimónio religioso, certamente com algum escândalo público para a época devido à relevância social desta família, veio a separar-se do seu marido.

Este acontecimento trágico, face aos interesses familiares em jogo e às rígidas convenções sociais da época, foi feito em benefício de uma relação afectiva que terá assumido com um então jovem aspirante a artista.

É de supor que a ainda muito jovem viscondessa de Abrançalha, à semelhança da alta burguesia e da aristocracia oitocentista, tenha tido uma educação pelas Belas Artes ao cuidado de mestres particulares. Ter-se-á enamorado por um destes seus professores, ao que parece um boémio, divertido e bem humorado, talvez até bastante sedutor, com o qual veio a ter um relacionamento afectivo estável, do qual nasceram dois filhos ilegítimos, após a separação do seu marido.

Este seu mestre foi JOSÉ AUGUSTO DE FIGUEIREDO, um pintor menor do qual também sabemos ter sido comerciante (1880) e professor de desenho (em 1903), como se menciona no assento de baptismo do seu filho RAÚL (1880-1882), e depois no assento de casamento de seu filho JOSÉ (1878-1944), do qual foi testemunha.

O primeiro destes filhos da viscondessa de Abrançalha foi JOSÉ DE CASTRO E ATAÍDE FIGUEIREDO (1878-1944), proprietário, nascido a 22-X-1876 e baptizado a 21-XII-1878 na freguesia do Santíssimo Sacramento em Lisboa, cidade onde faleceu a 19-XI-1944 na sua casa da Rua Joaquim António de Aguiar n.º 64, 1.º Dt.º, na freguesia de São Mamede[6]. Tendo sobrevivido ao seu irmão, sua mãe legou-lhe os seus haveres, tendo recebido sepultura no jazigo da viscondessa de Abrançalha no cemitério dos Prazeres.
Este seu filho casou a 24-XII-1903 na freguesia dos Anjos em Lisboa com D. AUGUSTA DA CONCEIÇÃO TEIXEIRA PINTO (n. 1881), nascida em 1881 em Vila Flor, distrito de Bragança, da qual teve quatro filhos. A descendência deste casal veio até aos nossos dias com apelidos «Castro e Ataíde Figueiredo».

O segundo filho ilegítimo foi RAÚL DE FIGUEIREDO (1880-1882), o qual nasceu a 11-I-1880 e foi baptizado a 11-VIII-1880 na Igreja do Santíssimo Sacramento (ao Chiado), em Lisboa, tendo falecido ainda na primeira infância a 17-VII-1882, veio a receber sepultura no jazigo da viscondessa de Abrançalha no Cemitério dos Prazeres em Lisboa[7].

 

José Augusto de Figueiredo
(Pai dos filhos da viscondessa de Abrançalha)

JOSÉ AUGUSTO DE FIGUEIREDO, “o Pinturinhas”, epiteto tirado das pequenas aguarelas que pintava, privou com destacados homens de letras, artistas e jornalistas do seu tempo, entre os quais se salientou pela sua vida boémia. Era filho ilegítimo de José Adrião de Figueiredo, e de D. Maria Emília Sequeira.

Estudante da Academia de Belas Artes de Lisboa, discípulo do grande pintor histórico Miguel Ângelo Lupi (1826-1883), tinha uma “verve que irrompia do seu ar um tanto taciturno, de criatura ao mesmo tempo irónica e calada”, com “ditos inesperados e prontos”, dele ficando muitas histórias e pilhérias referidas nas crónicas da época.

José Augusto de Figueiredo,
«Cabeça de Homem» (1878).
Participou nas exposições da Sociedade Portuguesa de Belas Artes (1868 e seguintes), e veio a juntar-se aos artistas do Grupo do Leão (1881-1889), tendo participado nas suas exposições[8]. Está representado no Museu do Chiado – Museu Nacional de Arte Contemporânea com uma pequena tela de razoável factura pintada a óleo: «Cabeça de Homem» (1878), com 65 x 54 cm[9].

Fonte desconhecida.
Ficou conhecido pela sua vagabundagem nocturna na companhia de figuras intelectuais do meio lisboeta com as quais privou no velho Café Martinho (então no antigo Largo Camões, hoje Praça D. João da Câmara) e na Brasileira do Chiado. Destes, os mais chegados, foram o escritor Fialho de Almeida (1857-1911); o grande engenheiro, poeta e dramaturgo D. João da Câmara (1852-1908), filho dos marqueses da Ribeira Grande, que foi um dos nomeados para o Prémio Nobel da Literatura (1901); e o jornalista e temível crítico de teatro Gualdino Gomes (1857-1948), figura rara de humor afiado cujos ditos implacáveis ficaram célebres por aterrorizarem as estreias dos teatros, pois, com eles, “deitavam muitas peças abaixo [10].

Em Dezembro de 1903, por altura do casamento do seu filho do qual foi testemunha, é dado como “solteiro, professor de desenho”, morador na Rua José Estevão n.º 131, 2.º andar (ao Jardim Constantino). 

JOSÉ AUGUSTO DE FIGUEIRED pertencia a uma família com ligações a vários artistas plásticos de relevo. Era filho de José Adrião de Figueiredo e de D. Maria Emília; irmão de D. Maria José de Figueiredo (c. 1850) casada com Justino Guedes Roque Gameiro (c. 1853) – meio-irmão do pintor ALFREDO ROQUE GAMEIRO (1864-1935) –, do qual teve duas filhas: uma delas D. Celeste Guedes (n. 1882) casada nas primeiras núpcias de Fernando de Aragão Morais Bordalo Pinheiro (1889-1966), artista gráfico, director técnico das oficinas de gravura do "Diário de Notícias" e de "O Século" (1936), assim como director da Fábrica de Cerâmicas Artísticas das Caldas (1920-1924; neto de Manuel Maria Bordalo Pinheiro (1815-1880), escultor, pintor e gravador, o qual foi pai do Columbano Bordalo Pinheiro (1857-1929), notável pintor naturalista e director do Museu de Arte Contemporânea de Lisboa.

ALFREDO ROQUE GAMEIRO (1864-1935) deixou uma família de cinco filhos artistas. Entre estes distinguiu-se o reconhecido escultor modernista RUY ROQUE GAMEIRO (1907-1935) falecido prematuramente aos 29 anos de idade, juntamente com sua mulher D. MARIA HELENA TRIGUEIROS CASTELO BRANCO (1908-1935), num trágico acidente de mota. Sua mulher era quarta neta de JOÃO JOSÉ MARTINS PEREIRA DO REGO GOULÃO (n. 1758), de Alcains, Castelo Branco, fidalgo de cota de armas por carta de 20-III-1821, com um escudo partido em pala de PEREIRA e de REGO, que foi avô do 1.º visconde de Abrançalha.

  

Pais e Avós do Visconde de Abrançalha 

D. Maria Cristina Romo de
Castro Ataíde (n. 1816)
(Miniatura em marfim de António
Manuel de Santa Bárbara, 1849).
O Visconde de Abrançalha era filho de JOSÉ BERNARDO TRIGUEIROS DO REGO MARTEL (n. 1795), fidalgo da Casa Real, comendador da Ordem de Cristo (1834)[11], coronel graduado do Regimento de Milícias de Idanha-a-Nova (1825), e agregado ao regimento de Castelo Branco. Esteve no cerco do Porto (1832-1833), durante a guerra civil entre absolutistas e liberais, e foi comandante do 5.º Batalhão Nacional Móvel de Lisboa (1833-1834), ao comando do qual e ao serviço da causa liberal entrou na Praça de Abrantes a 20-V-1834, seis dias antes da capitulação de D. Miguel em Évora Monte a 26-V-1834. Casou em 1835 com D. MARIA CRISTINA ROMO DE CASTRO ATAÍDE (n. 1816), nascida a 23-VI-1816 na freguesia de São Vicente em Abrantes.

Armas de João José Martins
Pereira do Rego Goulão (n. 1758).
1.º - PEREIRA, 2.º REGO.
Era neto paterno de JOÃO JOSÉ MARTINS PEREIRA DO REGO GOULÃO (n. 1758), nascido a 6-VIII-1758 em Castelo Branco, fidalgo de cota de armas por carta de 20-III-1821 com um escudo partido em pala de PEREIRA e de REGO[12]
Alcains, Solar dos Goulões
, e foi membro do Conselho de Distrito de Castelo Branco, no qual foi um grande proprietário com avultado património fundiário e diversas casas, nomeadamente em Idanha-a-Nova, Sarnadas, e Alcains, localidade esta onde residiu no Solar dos Goulões[13], actual Museu do Canteiro, um dos mais antigos exemplos da arquitectura solarenga de Alcains. Casou com D. MARIA ANTÓNIA TRIGUEIROS MARTEL REBELO LEITE (n. 1770), nascida em Idanha-a-Nova, filha de JERÓNIMO TRIGUEIROS MARTEL REBELO LEITE (1716-1792), capitão do Terço de Infantaria Auxiliar de Castelo Branco, e de sua segunda mulher D. MARIA ANGÉLICA MARQUES GOULÃO (1725-1790), nascida a 19-XII-1725 em Idanha-a-Nova e aí baptizada a 26-XII-1725, a qual veio a falecer em Idanha-a-Nova a 16-V-1790, e foi sepultada no Convento de Santo António; filha de DOMINGOS AMBRÓSIO (n. 1707), sargento-mor das Ordenanças de Idanha-a-Nova, onde nasceu a 8-VIII-1707, casado a 21-I-1725 em Escalos de Cima com D. MARIA MARQUES GOULÃO (n. 1697), nascida a 23-IV-1697 em Escalos de Cima, os quais, juntamente com o padre Manuel Vaz instituíram um morgado a 13-IV-1751 a favor de sua filha e sobrinha Maria Angélica Marques Goulão.

O visconde de Abrançalha, tal como sua mulher e prima, era neto materno de D. MANUEL HENRIQUES ROMO DE SOUSA TAVARES (n. 1762), nascido a 22-IX-1762 na freguesia da Sé em Portalegre, fidalgo da Casa Real, coronel do Regimento de Milícias de Portalegre (1821), onde foi grande proprietário, e de sua segunda mulher com a qual casou a 9-V-1803 na freguesia de São Vicente em Abrantes com D. MARIA TERESA DE CASTRO E ATAÍDE DE SOUSA TAVARES (n. 1787)[14], nascida a 1-I-1787 em Abrantes, da qual teve sete filhos. 


D. MARIA JOÃO REMUS TRIGUEIROS MARTEL (n. 1942).

2.º Viscondessa de Abrançalha

(Por falta de descendência directa, passou a representação deste título
 para os sucessores da linha secundogénita de um tio do 1.º visconde,
por decisão do Conselho de Nobreza) 


1.      D. MARIA JOÃO REMUS TRIGUEIROS MARTEL (n. 1942), 4.ª Condessa de Castelo Branco por alvará do
         Conselho de Nobreza de 8-V-1987, 2.ª Viscondessa de Abrançalha por alvará de 15-XII-1992. Nasceu a
         24-IX-1942 em Lisboa.
         Foi senhora da Quinta da Sobreira em Vale Figueira, no concelho de Santarém, na qual casou a 4-IV-1964
         com seu primo JOÃO JOSÉ GUSTAVO SCHENYZER FRANCO FRAZÃO (1932-1995), 4.º Conde de Penha
         Garcia por alvará do Conselho de Nobreza de 24-IV-1979, nascido a 3-IX-1932, falecido a 24-IV-1995 em
         Vale de Figueira, Santarém; filho de JOÃO VALDEZ PENALVA FRANCO FRAZÃO (1901-1977), 3.º Conde
         de Penha Garcia, nascido a 16-VII-1901, falecido a 17-I-1977, engenheiro Electrotécnico pela Universida-
         de de Zurique, casado a 1929 com D. NESY SCHENYZER (n. 1905), nascida a 4-XII-1905 em Zurique, na
         Suíça.
         Filhos:
          2.        JOÃO FILIPE TRIGUEIROS DE MARTEL FRANCO FRAZÃO (n. 1965), 5.º Conde de Penha Garcia por
                     alvará do Conselho de Nobreza de 21-XII-1998, nasceu a 26-I-1965 na freguesia da Lapa, em Lisboa.
                     Casou duas vezes.
As primeiras núpcias foram com D. PALOMA GÁLVEZ GONÇALVES, filha de Eduardo Frick Gonçalves, nascido em Lisboa, casado a 1-IX-1962 de D. Alicia Galvez Petersen (n. 1940), natural de Málaga, Espanha.
As segundas núpcias foram com D. TERESA VITÓRIA MALHEIRO DE VILHENA CORTE-REAL (n. 1968), nascida a 5-VI-1968 na freguesia da Lapa, em Lisboa.
Filhos do 1.º casamento:
3.       D. INÊS FRANCO FRAZÃO.
3.       JOSÉ FRANCO FRAZÃO.
Filhos do 2.º casamento:
3.       MARIA CORTE-REAL FRANCO FRAZÃO (n. 2000), nascida a 6-XII-2000 na freguesia das
          Mercês, em Lisboa.
3.       DUARTE CORTE-REAL FRANCO FRAZÃO (n. 2003), nascido a 18-VIII-2003 na freguesia de
         Santa Isabel, em Lisboa.
2.     MIGUEL TRIGUEIROS DE MARTEL FRANCO FRAZÃO (n. 1966), nascida a 24-II-1966 em Lisboa. Casado, com geração.
2.     D. INÊS TRIGUEIROS DE MARTEL FRANCO FRAZÃO (n. 1967), nascida a 8-XII-1967 em Luanda, Angola. Casou com LUÍS TIAGO DE BRITO VACAS CORDOVIL (n. 1969), engenheiro Civil, nascido a 26-VIII-1969 na freguesia de Alvalade, em Lisboa; filho de João de Brito Potes Cordovil (1937-2012), licenciado em Matemática, casado a 27-V-1937 em Lisboa com D. Maria Helena Nunes Teias Vacas (n. 1935), natural de Montemor-o-Novo.
2.    TIAGO TRIGUEIROS DE MARTEL FRANCO FRAZÃO (n. 1976), nascido a 21-XII-1976 em Portalegre, no Brasil. Casou com D. SARA GALVÃO COSTA.
          Filhos:
          3.       FRANCISCA GALVÃO DA COSTA FRANCO FRAZÃO (n. 2005), nascida a 3-VII-2005.
          3.       VASCO GALVÃO DA COSTA FRANCO FRAZÃO (n. 2007), nascido a 24-X-2007.
          3.       TOMÁS GALVÃO DA COSTA FRANCO FRAZÃO (n. 2009), nascido a 16-VII-2009.
2.      D. MAFALDA TRIGUEIROS DE MARTEL FRANCO FRAZÃO (n. 1982), nascida a 6-IV-1982. Casou a 22-I-2011 em Lisboa com ANTÓNIO MARQUES MENDES.

_____________________

Notas:

[1]      ANTT, Registo Geral de Mercês, D. Luís I, l. 21, fl. 67v.

[2]      ANTT, Registo Geral de Mercês, D. Maria II, liv.2, fl.19v-20.

[3]      ANTT, Registo Geralde Mercês, D. Pedro V, liv.12, fl.48.

[4]    VALDEZ, Rui Dique Travassos, Subsídios para a Heráldica Tumular Moderna Olisiponense (2.ª edição. Porto: Livraria Esquina, 1994), p. 148.

[5]      D. Álvaro Henriques Romo de Sousa Tavares (f. 1855), e sua mulher D. Francisca de Castro Freire Juzarte da Silveira (f. 1856), estão sepultados no jazigo n.º 1057 - rua 15, com a inscrição «DE SOUSA TAVARES». No mesmo jazigo está sepultada D. Ana Emília Trigueiros Martel Goulão (1792-1874), falecida a 31-I-1874, irmã de Joaquim Trigueiros Martel (1801-1873), 1.º Conde de Castelo Branco. 

[6]     Segundo relata a imprensa lisboeta da época.

[7]     VALDEZ, Rui Dique Travassos, Op. Cit.

[8]   O Grupo do Leão (1881-1889) foi uma tertúlia boémia de mais de 20 artistas portugueses – dissidentes da Sociedade Promotora de Belas Artes (1862-1901) – que se reunia na Cervejaria Leão de Ouro (situada na Rua do Príncipe, actual Rua 1º de Dezembro) em Lisboa, o qual foi responsável pela divulgação e pelo sucesso da pintura do Naturalismo em Portugal. A Promotora pugnava pelo Romantismo.

[9]   A «Cabeça de Homem» (1878), representa um indivíduo de traje humilde, com um rosto sereno e melancólico, emoldurado por uma barba hirsuta, e inclinando-se ligeiramente para baixo.

[10]    Sobre José de Figueiredo, o Pinturinhas, veja: OLISSIPO, Revista dos Amigos de Lisboa, Ano V, Janeiro de 1942, pp. 32 e 33; ARQUIVO DA UNIVERSIDADE DE LISBOA, Vol. IV, Lisboa, Universidade de Lisboa, 1917, pp. 190-191; e PAMPLONA, Fernando, Dicionário de pintores e escultores, Vol. II, (Porto, Civilização Editora, 1987), p. 309.

[11]    ANTT, Registo Geral de Mercês, D. Maria II, Liv. 2, fl 132v.

[12]    ANTT, Feitos Findos, Justificações de Nobreza, mç. 14, n.º 40 (autos); ANTT, Cartório da Nobreza, Livro I, fl. 63 v. – As armas dos PEREIRAS são: em campo vermelho, com uma cruz florenciada e vazia. Timbre: uma cruz de vermelho, florenciada e vazia, ladeada de asas de ouro estendidas.

        As armas dos REGOS, são: em campo verde, com uma banda ondada e aguada de sua cor, carregada de três vieiras de ouro. Timbre: uma vieira do escudo, entre duas plumas de verde, picadas de ouro.      

[13]    O Solar dos Goulões, actualmente classificado como imóvel de interesse público e uma das habitações temporárias dos primeiros Condes de Castelo Branco, tem anexa uma capela fundada na primeira metade do século XVIII, que já foi conhecida por diversos nomes, a saber Capela de Nossa Senhora da Piedade, do Senhor das Chagas (devido a uma imagem religiosa que sangrou milagrosamente por diversas vezes em 1722), e actualmente como Capela de São Brás. Deve-se a sua construção à iniciativa, expressa em testamento por D. Manuel Sanches Goulão (1677-1719), 6.º bispo de Meliapor em 1717, que faleceu num naufrágio junto ás ilhas de Angoxa, deixando várias fazendas vinculadas para sustento da citada capela e de um Hospital anexo que ainda funcionou por alguns anos. Nesta capela foram baptizadas, casaram, e estão sepultadas, sucessivas gerações de Goulões nascidas a partir de 1733. Encimando a porta principal podemos ainda ver esculpida uma mitra alusiva ao bispo que a fundou D. Manuel Sanches Goulão, filho de primeiro matrimónio de José Martins Goulão (1647-1716), sargento-mor das Ordenanças de Castelo Branco, com D. Maria Gonçalves (f. 1679).         

[14]    D. Manuel Henriques Romo de Sousa Tavares (n. 1762) casou em primeiras núpcias a 30-X-1776, em Portalegre, com D. Ana Teresa de Valadares Galeano Pais (n. 1776), da qual teve geração.

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