Mostrar mensagens com a etiqueta Trigueiros. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Trigueiros. Mostrar todas as mensagens

D. MARIA MADALENA DE ABREU CASTELO BRANCO TRIGUEIROS FRAZÃO (n. 1916), 4.ª Viscondessa do Sardoal.

(Entretanto falecida a 8-X-2023 em Santarém)




Genealogia:


Trigueiros Frazão Castelo Branco

Viscondes do Sardoal

(Casa do Salgueiro e Casa das Quintãs, Fundão)


Trigueiros Frazão Sacadura Botte

(Casa da Bica, Santa Comba de Seia, Seia, 1861)

 

10.    D. MARIA DA NATIVIDADE OSÓRIO TRIGUEIROS DE MARTEL (1861-1949), filha de Jerónimo Trigueiros de Aragão Martel e Costa (1825-1900), 1.º Conde de Idanha-a-Nova, fidalgo-cavaleiro da Casa Real, e de sua mulher D. Maria Isabel Osório de Sousa Preto Macedo Forjaz Pereira de Gusmão (1834-1878).  Nasceu a 8-IX-1861 na Rua da Praça ao Terreiro, no Fundão, onde foi baptizada a 25-IX-1861 na Igreja de São Martinho, tendo falecido a 13-I-1949.

         Casou a 10-VII-1881 em Idanha-a-Nova com JOSÉ DE FIGUEIREDO PIMENTA DE AVELAR FRAZÃO CASTELO BRANCO (1858-1913), 2.º Visconde do Sardoal por decreto de 2-VIII-1878, nascido em 16-XII-1858 e logo “baptizado em casa por ameaçar perigo de vida”, recebendo os Santos Óleos a 15-VII-1859 na Igreja de São João Baptista de Abrantes, tendo por padrinhos António Tomás Pimenta de Avelar e Joaquina Pimenta de Avelar. Faleceu em Agosto de 1913. Foi presidente da Câmara Municipal do Fundão em 1885, cidade onde também viveu e onde tinha casa no largo da Igreja matriz, actual sede da ACICF – Associação Comercial e Industrial do Concelho do Fundão.

Seu marido era filho herdeiro de general José de Figueiredo Frazão Castelo Branco (1795-1878)[1], 1.º Visconde do Sardoal por decreto de 17-IV-1866, fidalgo-cavaleiro da Casa Real, governador da praça militar de Abrantes então sede do Regimento de Infantaria n.º 11, comendador da Ordem de Avis, muito condecorado nas campanhas da Guerra Peninsular, nascido a 27-IV-1795, falecido a 20-I-1878, sepultado em Abrantes[2], casado a 7-IV-1856 na freguesia de Andreus, Sardoal, com uma senhora quarenta anos mais nova, D. Ana Jacinta Heitor Pimenta de Avelar Fonseca e Sousa (1835-1935), nascida a 12-I-1835, falecida com cem anos de idade.

Neto paterno de Dr. Gregório José Pedroso Frazão Castelo Branco, natural da extinta freguesia de São Vicente da Covilhã, e de sua mulher e prima D. Gervásia Madalena Leitão de Figueiredo Frazão, natural da freguesia do Salgueiro, Fundão; e neto materno do Dr. Manuel Joaquim Pimenta Avelar Fonseca e Sousa, formado em Direito, natural do Sardoal, e de sua mulher D. Jacinta Burget Heitor Barata de Figueiredo e Matos, natural da então vila de Belver, no então priorado do Crato, e hoje no concelho do Gavião; grandes proprietários na freguesias de Andreus e de Aldeia da Mata, ambas no concelho do Sardoal, e em Abrantes onde tinham uma grande casa.

O general José de Figueiredo Frazão Castelo Branco Frazão possuía ainda grandes casas e propriedades rurais na Covilhã[3], em Valhelhas, no concelho da Guarda, na Sertã, nas Quintãs onde tinha o Solar do Visconde do Sardoal[4], no Salgueiro a Casa do Salgueiro, ambas no concelho do Fundão onde também tinha uma grande casa[5], e ainda em Ponte de Sôr. Usou brasão de armas com o escudo esquartelado de FRAZÕES, CASTELO BRANCOS, CARDOSOS, e FIGUEIREDOS, atribuído aos seus antepassados por alvará de 6-IV-1753.

          Tiveram:

11.    D. MARIA ISABEL TRIGUEIROS FRAZÃO (1884-1863), nasceu a 13-V-1884, e faleceu solteira em 1963 na Casa das Quintãs. Foi benemérita e fundou nas Quintãs a Casa do Trabalho, que se manteve durante cerca de trinta anos, até 1960, ensinando gratuitamente as raparigas a coser à mão e a bordar, custeando o material e a remuneração das professoras. Instituiu, ainda, por disposição testamentária uma creche para crianças das Quintãs, assim como uma sopa dos pobres.

11.   JOSÉ FIGUEIREDO TRIGUEIROS FRAZÃO CASTELO BRANCO (1885-1939), 3.º Visconde do Sardoal, que segue abaixo.

11.    JOÃO DE FIGUEIREDO TRIGUEIROS DE ARAGÃO FRAZÃO (1887-1938), nascido a 10-V-1887 na freguesia do Salgueiro, Fundão, e falecido a 30-IX-1938 na Figueira da Foz. Regente Agrícola. Casou em 1917 em Fornos de Algodres com D. MARIA EMÍLIA DE ATAÍDE ABREU CASTELO BRANCO (1896-1973), nascida a 4-IX-1896 na citada vila e falecida a 7-VI-1973, filha do Lopo de Abreu Castelo Branco Cardoso e Melo (n. 1835), bacharel em Direito pela Universidade de Coimbra, juiz conselheiro, filho dos 2.ºs condes de Fornos de Algodres, senhor da Casa dos Abreu Castelo Branco em Fornos de Algodres, casado na Mesquitela com D. Henriqueta Júlia Cabral de Ataíde Mascarenhas, filha dos senhores da Casa de Povolide, da Quinta do Vilar e da Casa de Guimarães de Tavares.

          Tiveram:

12.    JOSÉ DE FIGUEIREDO TRIGUEIROS FRAZÃO DE ABREU CASTELO BRANCO (1918-1975), nasceu a 2-VII-1918 em Fornos de Algodres, distrito da Guarda, e faleceu em Maio de 1975 na cidade de Carmona, em Angola, onde era funcionário de uma companhia de seguros. Casou a 30-III-1944, no Fundão, com D. MARIA LUÍSA BARATA DA CRUZ RIBEIRO (n. 1925), nascida em São Julião, Figueira da Foz, concelho de Coimbra, filha de José da Cruz Ribeiro, coronel de Infantaria, e de sua mulher D. Maria Rita Salvado.

Tiveram:

13.    JOÃO RIBEIRO TRIGUEIROS FRAZÃO (n. 1949), que nasceu a 19-VI-1949 no Fundão. Casado, com geração.

13.    D. MARIA EMÍLIA RIBEIRO TRIGUEIROS FRAZÃO (n. 1951), nascida a 22-IV-1951 no Fundão. Passou ao Brasil, cidade de São Paulo, em 1976. Casou com JOSÉ AMÉRICO MORAIS JANSEN VERDADES. Com geração.

13.    D. MARIA RITA RIBEIRO TRIGUEIROS FRAZÃO (n. 1952) nasceu a 5-V-1952 no Fundão, distrito de Castelo Branco. Passou ao Brasil em 1976. Casou com VITOR MANUEL DA CONCEIÇÃO RODRIGUES.

          Tiveram:

14.    D. ANA RITA TRIGUEIROS FRAZÃO RODRIGUES (n. 1974), nasceu a 20-II-1974 em Luanda, Angola. Passou à cidade de São Paulo, Brasil, em 1975.

14.    D. NATACHA TRIGUEIROS FRAZÃO RODRIGUES (n. 1977), nasceu a 4-II-1977 em São Paulo, Brasil. Casou a 6-X-2001 com RUI FILIPE TAVARES DA COSTA.

12.    D. MARIA EMÍLIA DE ABREU CASTELO BRANCO TRIGUEIROS FRAZÃO (n. 1921), nasceu a 10-X-1921 em Fornos de Algodres. Casou a 22-IV-1956, em Fornos de Algodres, com JOSÉ CASIMIRO DA FONSECA CARNEIRO DA ALMEIDA (n. 1906), nascido a 27-IX-1906 em Loulé, administrador da Mobil Oil Portuguesa em Angola. Seu marido era filho de José Casimiro Carneiro de Almeida, juiz de Direito, natural de Lagoa, e de sua mulher D. Maria Celeste da Cunha Pignatelli (n. 1879)[6], natural de São Vicente da Beira.

         Tiveram:

13.    JOSÉ CASIMIRO FRAZÃO CARNEIRO DE ALMEIDA (n. 1957), nasceu a 1-V-1957 em Luanda. Casou com a 15-X-2001 com D. MARIA JOÃO CRUZ DA AZEVEDO (n. 1953), nascida a 9-V-1953.

13.    JOÃO MARIA FRAZÃO CARNEIRO DE ALMEIDA (n. 1958), nasceu a 27-V-1958 no Porto. Casou em 1991 em Cancun, México, com D. ANA CECÍLIA QUEVEDO, natural do México. Divorciados em 2001.

Tiveram:

14.    SEBASTIÃO QUEVEDO CARNEIRO DE ALMEIDA (n. 1994), nascido a 3-12-1994 em Cancun, México.

13.    D. MARIA TERESA FRAZÃO CARNEIRO DE ALMEIDA (n. 1959), nasceu a 28-VIII-1959 em Luanda. Casou a 3-XI-1983 na Capela de Santo Amaro, freguesia de Alcântara, em Lisboa, com MIGUEL LUÍS CUNHA FERREIRA ONOFRE (n. 1955), técnico agrário, nascido a 3-X-1955 na freguesia de São Sebastião da Pedreira, em Lisboa.

Tiveram:

14.    D. FRANCISCA MARIA CARNEIRO DE ALMEIDA ONOFRE (n. 1985), nasceu a 20-VIII-1985. Assistente social.

14.    MIGUEL LUÍS CARNEIRO DE ALMEIDA ONOFRE (n. 1987), nasceu a 18-V-1987 em Lisboa.

14.    D. MARIA DO ROSÁRIO CARNEIRO DE ALMEIDA ONOFRE (n. 1992), nasceu a 3-VII-1992.

11.    D. MARIA DA NATIVIDADE TRIGUEIROS DE FIGUEIREDO FRAZÃO (1891-1958), casada com seu primo Joaquim Trigueiros Coelho de Aragão (1890-1937), o qual vai no §: ???

 

11.    JOSÉ DE FIGUEIREDO TRIGUEIROS FRAZÃO CASTELO BRANCO (1885-1939), 3.º Visconde do Sardoal por decreto de 2-VIII-1878, licenciado em Direito, nasceu a 3-III-1884 na freguesia de São Martinho, Covilhã, onde foi baptizado a 19-X-1884, tendo por padrinhos o Conde de Idanha-a-Nova, seu avô materno, e a Viscondessa de Sardoal, sua avó paterna. Faleceu a 25-VIII-1939 em São Martinho do Porto, Alcobaça.

        Casou a 21-X-1915, no Salgueiro, Fundão, com D. MARIA MADALENA DE ATAÍDE DE ABREU CASTELO BRANCO (1898-1994), nascida a 06 -01-1998 em Fornos de Algodres, e falecida a 9-III-1994 em Lisboa.

         Sua mulher era filha do conselheiro Lopo de Abreu Castelo Branco Cardoso e Melo (1835-1918), senhor do solar dos Abreus Castelo Branco de Fornos de Algodres, bacharel em Direito pela Universidade de Coimbra, do Conselho de Sua Majestade, e de sua mulher D. Henriqueta Júlia Cabral Soares de Albergaria de Ataíde Mascarenhas; neta paterna de Alexandre de Abreu Castelo Branco (n. 1806), 2.º Conde de Fornos de Algodres, por sucessão de seu irmão João Maria que faleceu sem descendência[7], fidalgo-cavaleiro da Casa Real, comendador de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa, oficial da arma de Infantaria, senhor dos vínculos da Anunciada em Fornos de Algodres, Terra de Tavares, Travanca, Juncais, Faíl, Bruceiras no Alentejo, e de sua mulher e prima D. Maria Emília de Melo Mendonça Abreu de Magalhães (n. 1817); e neta materna de António José Diogo Lopes de Almeida de Albuquerque Cardoso, senhor da Casa de Povolide e da Quinta do Vilar, e de sua mulher D. Maria Madalena Cabral de Ataíde Mascarenhas Soares de Albergaria, da Casa de Guimarães de Tavares.

Tiveram:

12.    D. MARIA MADALENA DE ABREU CASTELO BRANCO TRIGUEIROS FRAZÃO (1916-2023), que segue.

 

D. Maria Madalena de Abreu Castelo Branco 
Trigueiros Frazão (1916-2023),
nos seus 107 anos,
perante o milagre da vida (1923).
12.     D. MARIA MADALENA DE ABREU CASTELO BRANCO

          TRIGUEIROS FRAZÃO (1916-2023), 4.ª Viscondessa do

          Sardoal, nasceu a 13-VIII-1916 em Fornos de Algodres, no

          distrito da Guarda. Veio a falecer aos 107 anos de idade, a

          8-X-2023 em Santarém, tendo as suas cinzas sido deposita-

          das no jazigo de família do cemitério de Santa Comba de Seia.

          Casou a 19-III-1945 em Fornos de Algodres com JOSÉ MARIA
          PEREIRA PACHECO DE SACADURA BOTTE (1898-1962),
          licenciado em Medicina pela Universidade de Lisboa, doutora-

          do em 1924. Foi cirurgião, coronel médico e director do 

        Hospital Militar Principal; deputado da Nação, possuía a Cruz de Mérito Militar, Cruz de Cristo, Cruz de Avis, medalhas da Cruz Vermelha de Mérito e Benemerência. Senhor da Casa da Bica na freguesia de Santa Comba de Seia, Seia, aí nasceu a 30-V-1898, tendo falecido a 19-06-1962 em Londres, foi sepultado no jazigo de família na freguesia de Santa Comba de Seia.

        Seu marido era filho de João Pacheco Sacadura Botte (1861-1947), juiz de Direito, nascido a 15-II-1861 na Casa da Aguieira, falecido a 16-VII-1947 na Casa da Bica, em Santa Comba de Seia, concelho de Seia, e de sua mulher D. Maria da Ascensão Mendes Oliva (1875-1955), nascida em Moimenta da Serra a 4-III-1875, e falecida a 17-IX-1955 na citada Casa da Bica.

Tiveram:

13.   JOÃO ANTÓNIO DE AZEVEDO PACHECO DE SACADURA BOTTE (1946-2001), 5.º Visconde do Sardoal, que segue abaixo.

13.    JOSÉ MARIA DE SACADURA BOTTE (n. 1947), nasceu a 22-IX-1947 na freguesia de Santa Catarina, em Lisboa. Casou com D. MARIA LUÍSA REIS BIVAR WEINHOLTZ (n. 1950), nascida a 14-I-1950 em Lisboa, filha de Manuel Brito de Bivar Gomes da Costa Weinholtz (1912-1998), nascido no Palácio Bívar, freguesia de São Pedro, em Faro, e falecido na freguesia de São Mamede, em Lisboa, licenciado em Matemática e engenheiro Geógrafo, e de sua mulher D. Eugénia Maria Pereira Caldas Teixeira Reis (n. 1918), nascida a 26-V-1918 na freguesia do Coração de Jesus, em Lisboa.

Tiveram:

14.    JOSÉ MARIA DE BIVAR WEINHOLTZ DE SACADURA BOTTE (n. 1973), nasceu a 27-VII-1973 em Lisboa.

14.    DUARTE DE BIVAR WEINHOLTZ DE SACADURA BOTTE (n. 1974), nasceu a 27-IX-1974 em Lisboa.

14.    FILIPE DE BIVAR WEINHOLTZ DE SACADURA BOTTE (n. 1978), nasceu a 15-IV-1978 na freguesia de São Sebastião da Pedreira, em Lisboa. Casou a 17-VI-2006 na Capela de São José da Herdade da Várzea com D. ANA SOFIA ROSADO CASAS NOVAS DE SACADURA BOTTE (n. 1979), nascida a 22-V-1979 em Évora.

Tiveram:

15.    JOSÉ MARIA CASAS NOVAS DE SACADURA BOTTE (n. 2008), nasceu a 31-I-2008, na freguesia de Carnide, Lisboa.

         

13.    D. MARIA MADALENA TRIGUEIROS FRAZÃO DE SACADURA BOTTE (n. 1949), nasceu a 14-I-1949, na freguesia de Santa Catarina em Lisboa. Licenciada em Filologia Românica pela Universidade Clássica de Lisboa. Casou a 16-IX-1978 na Capela da Casa da Bica, em Santa Comba de Seia, com seu primo MANUEL MENDES DE ALMEIDA ABECASSIS (1945-1995), natural de Lisboa, filho de Raúl Isaac Aburdaham Abecassis (n. 1905), engenheiro, nascido a 22-X-1905, e de sua mulher D. Maria Emília Viana Machado Mendes de Almeida, (n. 1913), nascida a 22-XII-1913 em Lisboa.

13.    LOPO JOSÉ FRAZÃO DE SACADURA BOTTE (1951-1980), nasceu a 15-XII-1951 na freguesia de Santa Catarina, em Lisboa, e faleceu a 7-VII-1980 na cidade do Porto.

 

13.    JOÃO ANTÓNIO DE AZEVEDO PACHECO DE SACADURA BOTTE (1946-2001), 5.º Visconde do Sardoal, nasceu a 19-I-1946 na freguesia de Santa Catarina em Lisboa, e faleceu a 13-X-2001 na Casa da Bica em Santa Comba de Seia, concelho de Seia. Licenciado em Direito pela Universidade de Coimbra, foi representante do título de Visconde do Sardoal, por certificado do Conselho de Nobreza de 30-4-1970.

       Casou a 15-IX-1946, na Igreja de Santo António do Estoril, com D. ANA FILIPA FILOMENA DE MELO OSÓRIO MAYER DE CARVALHO (n. 1949), nascida a 20-IV-1949 na freguesia das Mercês, em Lisboa, filha de João Frederico Mayer de Carvalho (1922-1987), nascido a 17-VIII-1922 e falecido em 1987, e de sua mulher D. Maria Joana de Melo Osório Meneses Pita (n. 1925), nascida a 20-VI-1925 em Lisboa; neta paterna de Frederico José de Carvalho (n. 1900), nascido a 21-III-1900, e de sua mulher D. Ana de Lima Mayer (n. 1901); e neta materna de João Filipe de Melo Osório de Meneses Pita (1896-1971), 4.º Marquês da Graciosa, nascido a 2-VII-1896 em Lisboa e falecido a 29-V-1971, casado com D. Maria Teresa da Franca Horta Machado (n. 1902) nascida a 15-IX-1902.

Tiveram:

14.    D. JOANA MARIA MAYER DE CARVALHO DE SACADURA BOTTE (n. 1971), 6.ª Viscondessa do Sardoal, que segue abaixo.

14.     D. MARTA MARIA MAYER DE CARVALHO DE SACADURA BOTTE (n. 1973), nasceu a 26-IX-1973 na freguesia de São Sebastião da Pedreira, em Lisboa.

       Teve o filho LOPO MARIA SACADURA BOTTE MORAIS CABRAL (n. 1998) com DUARTE VAN ZELLER MORAIS CABRAL (n. 1972). 

        Casou em 2001 na Quinta da Bica, em Santa Comba de Seia, concelho de Seia, com ANTÓNIO GOMES DE AMORIM LINO (n. 1967), nascido a 17-X-1967 na freguesia de Alvalade, em Lisboa, filho de António de Vasconcelos e Sousa Lino (n. 1940), nascido a 2-VII-1940 na freguesia de São Mamede, em Lisboa, e de sua mulher D. Maria do Carmo da Rocha Leão Gomes de Amorim (n. 1942), nascida a 3-VII-1942 na freguesia da Lapa, em Lisboa.

Tiveram:

15.   FILIPA MARIA MAYER SACADURA BOTTE LINO (n. 2002), nasceu a 22-V-2002 em São Domingues de Benfica, Lisboa.

15.   ANTÓNIO MARIA MAYER SACADURA BOTTE LINO (n. 2003), nasceu a 7-V-2003 em São Domingos de Benfica, Lisboa.

15.   ALICE MARIA MAYER SACADURA BOTTE LINO (n. 2006), nasceu a 13-XII-2006, em São Domingos de Benfica, Lisboa.

 

14.    D. MATILDE MARIA MAYER DE CARVALHO DE SACADURA BOTTE (n. 1979), nasceu a 10-II-1979 em Lisboa. 

        Casou na capela da Quinta da Bica, em Santa Comba de Seia, com D. PEDRO MENDES PEREIRA DE SALDANHA (n. 1966), nascido na freguesia de Alvalade, em Lisboa, filho de D. João Mário Rosazza Ferraris de Saldanha (n. 1940), nascido a 3-VII-1940 na freguesia de São José, em Lisboa, e de sua primeira mulher mulher Mariana Teresa Salema Mendes Pereira (n. 1943); neto paterno de D. Luís Saldanha de Oliveira e Sousa (1905-1977), e de sua mulher D. Vera Antónia Augusto Cora Rosazza Ferraris (n. 1907), natural de Auvergne, Massiac, França; bisnet paterno de D. João Saldanha Oliveira e Sousa (1878-1970), 2.º marquês de Rio Maior, e de sua mulher D. Maria Bárbara Tavares de Almeida Proença (1851-1889).

          Tiveram:

15.    D.   PEDRO MARIA SACADURA BOTTE DE SALDANHA (n. 2005), nasceu a 18-X-2005 em São Domingos de Benfica, Lisboa.

15.    D. MATILDE MARIA SACADURA BOTTE SALDANHA (n. 2007), nasceu a 24-IV-2007 em São Domingos de Benfica, Lisboa.

15.    D. FRANCISCO MARIA SACADURA BOTTE DE SALDANHA (n. 2009), nasceu a 20-IV-2009 em São Domingos de Benfica, Lisboa.

 

14.    D. MADALENA MARIA MAYER DE CARVALHO DE SACADURA BOTTE (n. 1981), nasceu a 12-VII-1981 em Lisboa, que segue.

 

14.    D. JOANA MARIA MAYER DE CARVALHO DE SACADURA BOTTE (n. 1971), 6.ª Viscondessa do Sardoal, nasceu a 11-IX-1971 na freguesia de São Sebastião da Pedreira em Lisboa.

         Casou em 1992 na capela da Quinta da Bica, em Santa Comba de Seia, concelho de Seia, com FRANCISCO DE CARVALHO E SILVA ALVIM (n. 1970), nascido a 9-IX-1970 na freguesia de São Sebastião da Pedreira, em Lisboa, filho de Francisco Barreto Alvim (n. 1943), nascido a 16-XII-1943 na freguesia de São Mamede, em Lisboa, casado a 6-IX-1969 na Capela da Quinta das Malhada, em Valada do Ribatejo, com sua mulher D. Diana Salema de Carvalho e Silva (n. 1949), nascida em Lutton, Inglaterra.

Tiveram:

15.    JOANA SACADURA BOTTE ALVIM (n. 1994), nasceu a 10-I-1994 em Santa Maria de Belém, em Lisboa.

15.    MARIA SACADURA BOTTE ALVIM (n. 1997), nasceu a 21-XII-1997 em Santa Maria de Belém, em Lisboa.

15.      MADALENA SACADURA BOTTE ALVIM (n. 2001), nasceu a 17-II-2001 em Santarém.





Notas:

[1]   JOSÉ DE FIGUEIREDO FRAZÃO CASTELO BRANCO (1795-1878), 1.º Visconde do Sardoal, general de Divisão, nasceu a 27-IV-1795 e faleceu a 20-I-1878. Assentou praça aos dezasseis anos, em plena invasão francesa, e foi um militar distinto tendo tomado parte nas batalhas de Salamanca, Vitória, Nive e Nivelle, no assalto à Cidade Rodrigo, Cerco de Badajoz, assaltos de Burgos, San Sebastian e Baiona. Foi condecorado com a Medalha das 3 Campanhas da Guerra Peninsular, com a das 4 Campanhas de 1834, com a de Honra da Andaluzia e da Vitoria, com a de Distinção da Divisão Auxiliar à Espanha em 1836, com a Militar de ouro de Bons Serviços, com a de ouro de Comportamento Exemplar, com a de prata por Valor Militar, etc. Devido às suas convicções liberais exilou-se em Espanha durante o reinado de D. Miguel, regressando a Portugal, integrado na coluna do coronel Valdez, conde do Bonfim. Foi Governador da Praça de Abrantes (1862-1864). Era filho de Gregório José Pedroso Frazão Castelo Branco, bacharel em Direito, cavaleiro da Ordem de Cristo, juiz de fora em várias comarcas, casado com sua prima D. Gervásia Madalena de Figueiredo; neto paterno de João de Figueiredo Frazão Castelo Branco, natural da Covilhã, e de sua mulher e prima D. Rosa Madalena Leitão, senhores de um grande património fundiário e solar conhecido pela Casa do Salgueiro, na freguesia do Salgueiro, Fundão, a qual teve origem no antigo morgadio de Santa Maria Madalena, do qual se ignora o instituidor e a data, mas cujo último administrador, à data da extinção no século XIX, era o seu descendente João José de Oliveira Frazão Castelo Branco (1834-1892), nascido no Salgueiro a 18-V-1834, formado em Direito, que foi administrador dos concelhos do Fundão, Penalva do Castelo, Covilhã e Belmonte.

[2]   O GENERAL FRAZÃO está sepultado no mausoléu da família Pimenta de Avelar, no cemitério de Abrantes, segundo a sua vontade que deixou expressa em testamento.

[3]   No seu testamento feito a 26-V-1868, na sua casa do Largo da Sé, em Castelo Branco, declara que «deixo a minhas irmãs D. Ana Máxima e D. Felismina Benedita, em quanto vivas forem a minha quinta da Olivosa e a minha fazenda de Gredeiros, ambas na Covilhã».

[4]   O SOLAR DOS VISCONDES DO SARDOAL é uma pequena casa senhorial edificada nos princípios do século XX, segundo o traço de Manuel de Abreu Castelo Branco, bem integrado no ambiente envolvente e com uma harmonia arquitectónica reveladora do bom gosto dos seus fundadores. A sua edificação ocupou o espaço de uma casa quinhentista aí existente, e apresenta primorosamente esculpido em granito claro o brasão do 1.º Visconde. Era residência secundária dos primeiros Viscondes, que tiveram uma casa na Covilhã, situada junto à antiga muralha da cidade, a qual foi destruída para dar lugar ao antigo Mercado Municipal.

[5]   Foi ainda dos Viscondes do Sardoal, uma casa no Fundão, junto à igreja Matriz, onde foi instalado em 1930 a Associação Comercial e Industrial do Fundão.

[6]   D. MARIA CELESTE DA FONSECA PIGNATELLI (n. 1879), era filha de António Duarte da Fonseca Fabião, licenciado em Direito, natural do Fundão, e de sua mulher D. Maria Amália Freire da Cunha Pignatelli, filha dos Viscondes de Tortosendo.

[7]   JOÃO MARIA DE ABREU CASTELO BRANCO (1789-1878), foi 1.º Visconde de Fornos de Algodres, por decreto de 30-X-1851, e 1.º conde de Fornos de Algodres, por decreto de 12-III-1866. Par do Reino (1854), fidalgo-cavaleiro da Casa Real (1823), do Conselho da Rainha D. Maria II, de D. Pedro V e D. Luís I, foi, ainda, juiz conselheiro do Supremo tribunal de Justiça, Governador Civil de Coimbra, Braga, Porto e Funchal, assim como desembargador da Relação da cidade de Goa. Casou duas vezes, mas não teve geração de nenhum dos casamentos.





Morgado dos Semedo e Trigueiros / Cabreiras (Torres Vedras, 1550)

Torres Vedras, Convento da Graça
(antigo Convento de Santo António)


2.      D. FRANCISCA TRIGUEIROS (f. 1609), filha de D. Brites Trigueiros (c. 1545) e de Sebastião Semedo, foi
         moradora em Torres Vedras onde faleceu a 25-VII-1609 com testamento.
         Foi dotada por seu pai com uma terra aos «moinhos de vento» em Torres Vedras, por causa da qual teve
         posteriormente uma demanda com seu irmão António Semedo Trigueiros (c. 1541), por esta ser do seu
         morgado.
         Comprou em 1573 a D. Catarina Andrade uma terra de "azambujeiras" junto à calçada que de Torres Ve-
         dras vai para Lisboa. 
         Casou com seu parente RUI PEREIRA, já falecido em 1571.
         Tiveram:
SEMEDO
         3.      FRANCISCO PEREIRA SEMEDO (f. 1612), que segue abaixo.
         3.      JOÃO TRIGUEIROS (f. 1604), que foi morador na freguesia de Santa
                  Maria do Castelo em Torres Vedras, onde veio a falecer a 22-XI-1604
                  e «ficou por testamenteiro seu irmão Francisco Pereira Semedo». 
                  Foi moço da Câmara e recebeu a «mercê do cargo de escrivão da fei-
                  toria da fortaleza de Damão por tempo de 3 anos …» por carta régia
                  de 14-I-1568. Passou novamente à Índia em 7-III-1576, na armada ca-
                  pitaneada por Rui Lourenço de Távora[1].

3.       FRANCISCO PEREIRA SEMEDO (f. 1612), que sabemos ter falecido «às
          onze horas da noute» de 19-II-1612 na freguesia de Santa Maria do Castelo
          em Torres Vedras.
          Era moço da Câmara e foi à Índia em 1563 na nau Graça capitaneada por
          Diogo Lopes de Mesquita, integrada na frota da capitania-mor de D. Jorge
CABREIRA
          de Sousa Mesquita[2].
          Em Damão teve aforada pelo Vice-rei D. António de Noronha a renda do «patraguel»
          da aldeia de Chinchana, de 1572 a 1584[3].
          Foi senhor de escravos e cativos, os quais seguiram o seu apelido PEREIRA[4].
          Obteve brasão de armas, por carta de 14-IV-1592, com um escudo ostentando as
          armas de PEREIRA e de TRIGUEIROS, trazendo por diferença meia brica de ouro e
          nela uma merleta preta[5].
Era primo co-irmão de Sebastião Semedo Trigueiros, o qual obteve em 1597 uma carta de brasão de armas[6].
Casou com D. ISABEL CABREIRA (f. 1628), falecida a 6-VII-1628 na freguesia de Santa Maria, em Torres Vedras, a qual «fez testamento e he testamenteiro seu sobrinho Francisco Cabreira».
Tiveram:
4.    JOÃO TRIGUEIROS PEREIRA (f. 1664), que segue abaixo.
4.    JOÃO CABREIRA (f. 1606), falecido a 5-XI-1606 na freguesia de Santa Maria do Castelo, em Torres
       Vedras.
4.    FRANCISCO CABREIRA TRIGUEIROS (f. 1628), faleceu a 29-XI-1628 em Santa Maria do Castelo, em
       Torres Vedras. 

Torres Vedras, Conv. da Graça,
Claustro.
4.       JOÃO TRIGUEIROS PEREIRA (f. 1664) sucedeu na casa de seu pai e veio
           a falecer a 16-VI-1664 na freguesia de Santa Maria do Castelo, em Torres
          Vedras, onde «foi enterrado no Convento de N.ª S.ª da Graça e fez testa-
          mento e nomeou seu filho João Pereira Trigueiros por seu testamentei-
          ro».
Em 1615, juntamente com sua mulher, faz a venda de uma terra no termo da Lourinhã.
Residiu em Torres Vedras onde foi «capitão d’El Rei Nosso Senhor» (1616)[7], assim como foi mesário da Santa Casa da Misericórdia (1620), e procurador às Cortes de 1645, ano em que aí serviu de juiz.
Casou a 12-I-1608 na Igreja de Santa Maria do Castelo, em Torres Vedras, com sua prima D. ISABEL TRIGUEIROS (f. 1658), falecida a 25-VI-1658 em Torres Vedras e «sepultada no Convento de N.ª S.ª da Graça na capella de suas tias», armoriada com o brasão dos Cabreiras, por baixo do qual consta a seguinte inscrição[8]:
Capela de Maria Cabreira
(1635),
N.ª Sr.ª da Graça, T. Vedras.
                    «Esta Capella é de Maria Cabreira, e de sua irmã Camilia Froes,
                    filhas de André Cabreira e de Margarida Preta, a qual ornarm e
                    a paramentaram à sua custa de ornamento, prata, e tudo o
                    mais que para o ornato desta Capella foi necessario. E os Reli-
                    giosos deste Convento têm obrigação de dizerem para sempre
                    duas Missas quotidianas, uma pela alma de Maria Cabreira, e
                    outra pela alma de Camilia Froes, pelas quais missas deram de
                    esmolla a este Convento dois mil cruzados, com que se acabou
                    de fazer esta igreja: e deram mais 100$000 reis para as obras
                    da mesma igreja, com obrigação de os Religiosos terem a
                    alampada desta Capella acesa todos os domingos e dias san-
                    ctos; a n’esta Capella se sepultarão todos os parentes, que
                    Maria Cabreira nomear em seu testamento, conforme a escritu-
                    ra que fez nas notas de António dos Rios, aos 10 dias do mez
                    de Junho do anno de 1638».
                          (ANTT, Notariais, Torres Vedas, Tabelião António dos Rios, 10-VI-1638)
         Tiveram:
         5.       D. ISABEL CABREIRA (1609-1647), baptizada a 24-IX-1609 na Igreja de Santa Maria do Castelo, em
                   Torres Vedras, tendo por padrinhos João Pereira e Maria Cabreira.
                   Faleceu as 4-VIII-1647, «filha família» solteira, sem geração, e «está enterrada na igreja de Nossa
                   Senhora da Graça na capella de suas tias».
         5.       FRANCISCO (n. 1611), baptizado a 24-3-1611 na mesma igreja, tendo por padrinhos Pedro Leitão
                   de Góis e Catarina Serrão. Faleceu menor.
         5.       ANDRÉ (n. 1613), baptizado a 19-VII-1613 na citada Igreja de Santa Maria do Castelo, tendo por pa-
                   drinhos Acácio Botado de Almeida e Maria Cabreira.
         5.       Padre Fr. MIGUEL DA LUZ (n. 1615), baptizado a 4-IX-1615 na mesma igreja, tendo por padrinhos
                    João Pereira e Leonor Cabreira. Foi testamenteiro de sua tia Maria Cabreira, falecida em 1645.
         5.       D. FRANCISCA CABREIRA (n. 1617), baptizada a 5-X-1617 na mesma igreja, tendo por padrinhos
                    Nicolau da Franca de Brito e D. Maria, mulher de João Pereira. Aparece como madrinha em 1645. 
                   Casou com ANTÓNIO DE ALMEIDA SEIXAS, já viúvo, morador na sua Quinta de Barbas de Porco,
                   em Aldeia Galega de Merceana, Alenquer.
                   Tiveram:
                   6.      SEBASTIÃO DE ALMEIDA SEIXAS (c. 1692), teve foro de fidalgo por alvará de 30-VI-1692[9],
                             e por carta de 9-1X-1693 obteve a comenda de Nossa Senhora das Vidigueiras[10]
                             Casou com D. Inês Maria de Matos.
         5.       JOÃO PEREIRA TRIGUEIROS (1621-1672), baptizado a 22-I-1621 na Igreja de Santa Maria do Caste-
                   lo em Torres Vedras, apadrinhado por Francisco Cabreira morador em Lisboa, e Maria Trigueiros
                   Serrão moradora em Torres Vedras[11].
                   Veio a falecer tragicamente a 5-II-1672, «o qual matarão no caminho de Lisboa vindo pera sua casa
                   o dia antes que foi sexta-feira cinco do dito mes estão obrigados ao bem de sua alma seus herdei-
                   ros», e recebeu sepultura no Convento de Nossa Senhora da Graça, em Torres Vedras.
                   Foi procurador às Cortes de 1649.
                   Casou duas vezes.               
                   As suas primeiras núpcias foram celebradas a 2-VII-1640 na Igreja de Santa Catarina em Lisboa, e
                   posteriormente por bênção matrimonial oficiada a 23-II-1648 na Igreja de Santa Maria do Castelo,
                   em Torres Vedras, com D. GUIOMAR DE EGA DA CUNHA (1622-1661) que foi baptizada a 13-I-1622
                   na Igreja de São Pedro da mesma cidade, filha de António Madeira da Cunha (c. 1619), cavaleiro
                   do hábito de São Tiago, procurador às cortes de Lisboa de 1619, juiz dos Órfãos da Vila de Torres
                   Vedras (Alvará de 9-I-1641), e de sua segunda mulher D. Mariana de Sousa Sequeira. Veio a falecer
                   a 14-IX-1661 na freguesia de Santa Maria do Castelo em Torres Vedras, e «está enterrada no Con-
                   vento de N.ª S.ª da Graça». 
                   As segundas núpcias foram celebradas a 19-II-1662 na Igreja de São Tiago de Torres Vedras com
                   D. INÊS BOTELHO GALHARDO (c. 1662), natural dessa freguesia, filha de João Botelho de Lemos,
                   que foi fidalgo da Casa Real, e de sua segunda mulher D. Camila Vargas da Silva; neta paterna de
                   Fernão Botelho de Lemos e de sua mulher D. Inês Faria da Cunha; e neta materna de Jorge Godi-
                   nho de Abreu (f. 1608), falecido a 13-VI-1608) na freguesia de São Pedro de Torres Vedas, e de sua
                   mulher D. Maria Vargas da Silva. Com geração deste casamento.
                   Filhos do 1.º casamento:
                    6.      FRANCISCA (n. 1645), baptizada a 6-VII-1645 na mesma igreja, apadrinhada por Francisco
                             Cabreira e Francisca Cabreira, filhos de João Trigueiros Pereira. Faleceu menor.
                   6.       JOÃO TRIGUEIROS PEREIRA (n. 1644), baptizado a 15-V-1644 na Igreja de Santa Maria do
                             Castelo em Torres Vedras, apadrinhado por João Botado de Almeida e D. Damiana.
                   6.       ANTÓNIO (n. 1652), baptizado a 10-VI-1652 na Igreja de Santa Maria do Castelo em Torres
                             Vedras, pelo prior D. Manuel de Noronha, e apadrinhado por António de Almeida e D. Isabel,
                             filha de Rodrigo de Oliveira.
                   6.       FRANCISCO (n. 1653), baptizado a 28-III-1653 na citada Igreja de Santa Maria do Castelo, ten-
                             do por padrinho Bartolomeu Barreiros Baracho.
                   6.       D. ISABEL (n. 1656), baptizada a 24-I-1656 na mesma igreja, apadrinhada por seu avô João
                             Trigueiros, e por Rodrigo de Oliveira.
                   6.       D. FRANCISCA (n. 1657), segunda do nome, baptizada a 21-VI-1657 na mesma igreja, apadri-
                             nhada pelo juiz de Fora Manuel de Sousa, e por D. Antónia que era mulher de António de
                             Oliveira.
                   6.       D. MARIANA (n. 1658), baptizada a 6-IX-1658 Igreja de Santa Maria do Castelo em Torres Ve-
                             dras, apadrinhado por seu irmão João Trigueiros Pereira, e pela irmã do seu pai D. Maria
                             Cabreira.
                   Filhos do 2.º casamento:
                   6.       D. CAMILA (n. 1664), baptizada a 24-II-1664 na Igreja de São Tiago, em Torres Vedras, tendo
                             por padrinho o beneficiado Francisco Pereira Trigueiros. Casou com ... , filho de Constanti-
                             no Mendes «com o qual sua mãe casou também e foi 2.ª mr».
                   6.       D. JACINTA (n. 1665), baptizada a 20-VII-1665 na citada Igreja de São Tiago, apadrinhado por
                             Brás de Pina, corregedor da comarca de Torres Vedras, e por D. Joana Teresa, mulher do
                             juiz de Fora da mesma cidade.
         5.       MARIA (n. 1624), baptizada a 9-IX-1624 na mesma igreja, tendo por padrinhos Brás de Aguiar, mo-
Torres Vedras, Convento da Graça.
                   rador no lugar da Louriceira, em Torres Vedras. Faleceu menor.
         5.       D. MARIA CABREIRA TRIGUEIROS (1625-1673) que foi baptizada
                   a 29-X-1625 na citada Igreja de São Tiago em Torres Vedras, ten-
                   do por padrinhos Francisco Cabreira e D. Isabel Cabreira, sua
                   avó. 
                   Faleceu a 17-IV-1673 na freguesia de Santa Maria do Castelo, em
                   Torres Vedras, e «fez testamento e foi sepultada no Mosteiro de
                   N.ª S.ª da Graça desta ditta villa, seu marido dará conta».
                   Casou com MANUEL DE MESQUITA REBELO (f. 1696), «cristão
                   novo» que veio a falecer a 11-XI-1696 em Torres Vedras, e «fez
                   seu testamento e seu testamenteiro o beneficiado António Luís Col (…) dará conta». Sem geração.
         5.       FRANCISCO CABREIRA TRIGUEIROS SEMEDO (n. 1628), que segue abaixo.
         5.       BENTO (n. 1630), baptizado a 28-VIII-1630 na mesma freguesia, tendo por padrinho Brás de Aguiar
                   que foi morador em Torres Vedras.

5.      FRANCISCO CABREIRA TRIGUEIROS SEMEDO (n. 1628), baptizado a 6-III-1628 na Igreja de Santa Maria
         do Castelo em Torres Vedras, tendo por padrinhos Francisco Cabreira que foi comendador do hábito de
         Cristo, e Maria Cabreira moradora em Torres Vedras.
         Casou a 7-VIII-1647 na Igreja de São Tiago, Torres Vedras, com D. LUÍSA LOBO DE LEMOS SOTOMAIOR
         (c. 1647), tendo por testemunhas João Pereira, António João e Martinho da Costa. Sua mulher era filha
         de Francisco Carnide de Sotomaior, casado a 25-I-1621 na citada Igreja de São Tiago com D. Mariana
         Lobo da Costa.
         Tiveram:
         6.       JOÃO TRIGUEIROS SOTOMAIOR (1653-1729), que segue.

6.      JOÃO TRIGUEIROS SOTOMAIOR (1653-1729), baptizado a 22-IV-1653 na Igreja de São Tiago, em Torres
          Vedras, apadrinhado por seu avô materno Francisco de Carnide Sotomaior.
          Faleceu a 13-X-1729 «na Azenha das Cachouças em casa de seu genro Joseph Pinheiro de Oliveira»,
          na freguesia de São Pedro de Dois Portos, no concelho de Torres Vedras.
Foi capitão de Auxiliares, senhor da Quinta de Monte Deixo situada na freguesia de São Pedro  de Dois Portos, onde viveu por alguns anos, assim como administrador dos «Morgados dos  Semedos e Trigueiros» por demanda judicial que ganhou contra D. Catarina Maria de Figueiroa e seu marido Diogo de Vasconcelos.
Casou a 1-XII-1676 na Igreja de São Pedro, em Torres Vedras, com D. LEONOR FRANCA DA SILVA (c. 1677), natural da freguesia de Santa Maria Madalena do Turcifal.
Tiveram:
7.     CRISTOVÃO TRIGUEIROS PEREIRA (f. 1736), natural da Quinta de Monte Deixo, freguesia de São
        Pedro de Dois Portos, Torres Vedras. Faleceu a 15-I-1736 e foi sepultado no Convento de N. Sra. da
        Porta de Céu nas Telheira, em Lisboa.
        Seguiu a vida militar e a 16-X-1709 foi-lhe passada carta para Capitão de Granadeiros[12], tendo
        embarcado para o Rio de Janeiro para servir nesse cargo (1711), o qual veio posteriormente a
        abandonar, tal como o morgadio da casa paterna, para abraçar a vida religiosa com o nome de Frei
        CRISTÓVÃO DE JESUS MARIA, recolhendo-se à Seráfica Província da Imaculada Conceição onde
        se ocupou dos ofícios de arquitecto e estatuário.
7.     D. CATARINA TRIGUEIROS PEREIRA (f. 1740), natural da citada Quinta de Monte Deixo, em Dois
        Portos. Viveu na freguesia de Nossa Senhora da Purificação da vila de Aveiras de Cima.
        Faleceu a 20-VI-1740, já viúva, «em casa do Alferes Joseph Pinheiro de Oliveira, morador na Aze-
        nha das Cachouças», na citada freguesia de Dois Portos, em cuja igreja foi sepultada.
        Casou com o capitão MATIAS GIRÃO DE TORRES, de Aveiras de Cima, do qual não teve geração.
7.     D. MARIANA ANTÓNIA DE SOTOMAIOR (n. 1777), que segue abaixo.
7.     D. LEONOR JOSEFA TRIGUEIROS SOTOMAIOR (f. 1742), natural da Quinta de Monte Deixo, em
        Dois Portos. Faleceu a 9-III-1742 no lugar da Ribaldeira, em São Pedro de Dois Portos.
        Casou com MATIAS MANUEL FRANCEZ, o qual era filho do capitão Luís Francez e de sua mulher
        lher D. Francisca dos Anjos Real (f. 1740) que faleceu a 1-III-1740 no lugar da Ribaldeira.
        Seu marido casou em segundas núpcias com D. Mariana Ignácia (f. 1757), a qual veio a falecer a
        20-VII-1757 no referido lugar da Ribaldeira, e voltou a casar em terceiras núpcias com D. Joaquina
        Rosa (f. 1787), falecida a 14-VIII-1787 no mesmo lugar; ambas sepultadas na Ermida do Espírito
        Santo. Sem geração.

7.       D. MARIANA ANTÓNIA DE SOTOMAIOR (f. 1777), nasceu na Quinta de Monte Deixo, na freguesia de
          São Pedro de Dois Portos, concelho de Torres Vedras, e veio a falecer a 9-IV-1777 no lugar da Azenha
          das Cachouças.
          Casou com o alferes JOSÉ PINHEIRO DE OLIVEIRA, natural do lugar da Azenha das Cachouças, em
          Dois Portos, filho de Pedro Francisco Pinheiro (f. 1725), natural da citada Azenha das Cachouças onde
          faleceu a 26-X-1725, e de sua mulher Lourença de Oliveira (f. 1719), natural do lugar da Feiteira, fregue-
          sia de Dois Portos, e falecida a 30-VII-1719 na Azenha das Cachouças; neto paterno de João Dias e de
          sua mulher D. Maria  dos Santos.
          Tiveram:
          8.      D. PAULA (f. 1719), baptizada a 19-IV-1719 em Dois Portos, Torres Vedras, tendo por padrinho o ca-
                   pitão João Trigueiros Sotomaior, seu avô materno, e por madrinha D. Catarina Trigueiros Pereira,
                   sua tia materna e mulher do capitão Matias Girão Torres que era morador em Aveiras de Cima.
         8.      JOAQUIM JOSÉ TRIGUEIROS (1726-1788), baptizado a 11-IX-1726 em São Pedro de Dois Por-
                  tos, apadrinhado por Manuel Francisco de Dez Ovelhas, e D. Catarina Trigueiros Pereira.
                  Fez justificação de nobreza a 27-I-1758, juntamente com seu irmão Bernardo José Trigueiros
                  Pereira.
                  Foi senhor da Casa das Azenhas das Cachouças, em São Pedro de Dois Portos, onde fale-
                  ceu a 20-VIII-1788, deixando
«hum testamento de mão comum e além do ditto testamento fez huma disposição verbal na presença do Tabelião da Enxara dos Cavaleiros, Isidoro de Almeida e do Capitão Crispim Rodrigues Monteiro e José Alexandre Pinheiro e do padre Coadjutor desta freguesia, Francisco Dias Pimenta, em que nomeou para administradora de duas capellas que possuía, hua no Casal do Zambujal, junto a Mafra, e outra no sítio dos Pisões, destrito desta freguesia a sua sobrinha Dona Marianna, filha de seu irmão Bernardo José Trigueiros, já defunto e foi amortalhado no hábito de São Francisco e acompanhado de mim Párocho e mais padres desta freguesia e alguns de fora e das Irmandades e Confrarias da mesma e sepultado dentro della».
                  Casou com D. JOSEFA CAETANA DA COSTA MALHEIROS (f. 1786), falecida a 26-VII-1786 no
                  lugar da Azenha das Cachouças, e «fez testamento solemne de mão comum com o ditto seu
                  Marido e delle consta que se digão por cada hu trinta missas e trinta pellas almas de seus
                  pais e foi amortalhada no hábito de São Francisco, acompanhada de mim Parocho e mais
                  padres desta freguesia e da do Sobral de Monte Agraço e Irmandades e Confrarias desta
                  igreja e dentro nella sepultada». Não teve geração.
         8.      BERNARDO JOSÉ TRIGUEIROS PEREIRA (c. 1758), que segue.

8.      BERNARDO JOSÉ TRIGUEIROS PEREIRA (c. 1758), natural do lugar da Azenha das Cachouças,
         freguesia de Dois Portos, onde residiu. Foi capitão de Auxiliares.
         Fez justificação de nobreza a 20-VIII-1758, juntamente com seu irmão Joaquim José Trigueiros,
         pelo que lhe foi passada carta de brasão de armas a 2-XII-1758 com um escudo esquartelado de
         PINHEIROOLIVEIRAPEREIRA, e TRIGUEIROS.
         Na mesma carta de brasão se declara que os seus antepassados
                  «procedem de António Trigueiros [f. 1545?], cavalleiro castelhano, que veio a este reino com
                  a rainha D. Maria, segunda mulher do rei D. Manuel, por seu trinchante, a quem o mesmo rei
                  fez fidalgo e a seus filhos, e d’elle procedem n’este reino todos os d’este appelido»[13].
         Casou com D. MARIANA ROSA DA SILVA BRAGA (f. 1774), que veio a falecer a 26-I-1774 no lugar
         de Azenha das Cachouças, em São Pedro de Dois Portos.
         Tiveram:
                   9.      FRANCISCA (f. 1777), falecida de menor idade a 1-V-1777 no lugar da Azenha das Cachouças,
                            em Dois Portos.
                   9.      D. MARIANA ROSA SOTOMAIOR TRIGUEIROS, que segue.

 9.      D. MARIANA ROSA SOTOMAIOR TRIGUEIROS, que ficou herdeira de seu tio Joaquim José Trigueiros
          (1726-1788), que vai acima, pelo que deve ter sucedido nos «morgados dos Semedos e Trigueiros».
Casou com LINO CAETANO DOS REIS BRANCO, filho de Francisco dos Reis Branco e de sua mulher D. Francisca Maria da Conceição.
          Tiveram:
          10.     MARIA (n. 1792), baptizada a 10-I-1792 na Igreja de São Pedro de Torres Vedras.

v
Doc:

«Sentença Cível de Justificação de Nobreza de Bernardo José Trigueiros Pereira [c. 1758]
 e seu Irmão Joaquim José Trigueiros [1726-1788]»

«Dom José por graça de Deos Rei de Portugal e dos Algarves daquém e dalém Mar em África Senhor da Guiné e da Conquista Navegação e Comércio da Etiópia, Arábia, Pérsia e da Índia. A todos os Corregedores, Provedores, Ouvidores…»
«Brazam // Portugal Rey de Armas Principal de El Rey Nosso Senhor. Faço saber a quantos esta minha carta de Brasam de Armas de Nobreza digna de fé e crenssa virem que Sebbastiam Semmedo Trigueiros, Mosso da Camera do ditto Senhor, morador na villa de Torres Vedras, me pedio e requereo que porquanto elle descendia por linha direita legitimma sem bastardia por parte de seu pay António Semmedo Trigueiros e de sua May Izabel Rodrigues Pereira e de sua Avó Beatriz Alves Pereira e de Seus Bisavós das gerassoins e linhagens dos Trigueiros Pereiras que nestes Reinos sam Fidalgos de Cota de Armas e os Pereiras do Sollar conhecido como constava do Instromento authorizado que apresentava que lhe desse hum Escudo com as Armas que a ditta linhagem pertencem e a elle direito por lhe pertencerem devia trazer dellas uzar e gozar das honras e liberdades e mais diga que por bem da nobreza dellas gozarem seus antepassados pelo que provendo o seu requerimento por virtude do que constava do ditto Instromento como o poder e authoridade que de meu officio para isso tenho busquei os livros da nobreza da nobre Fidalguia do Reino que em meu poder estam acho nellas que as Armas que as dittas linhagens pertencem serem estas que com esta lhe dou emluninadas, o escudo esquartelado ao primeiro dos Trigueiros e ao segundo dos Pereiras, e assim os contrarios com mais seu paquife, elmo com timbre de Pereiras e por diferença huma meya brica de ouro e nella huma Estrella azul que com ella pois lhe pertencem segundo regimento da Armaria deve trazer para assim dever dellas usar. Rrequeiro às Justissas da corte do ditto Senhor e por bem do officio da nobreza guardem ao Supplicante … concedidas as dittas Armas ellas deichem pessuir nos autos em que a nobreza dellas dá lugare por verdade lhe passei esta de certidam em lisboa por mim assignada aos dezanove dias do mes de Dezembro Diogo de São Romam o fiz no Anno do Nascimento de Nosso senhor Jesus Cristo de mil quinhentos e setenta e sette. Portugal, pp. Rey de Armas //».
«Saibam quantos este Instromento com dittos de testemunhos dados por mandado e authoridade de justissa virem que no anno do Nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo de mil quinhentos e setenta e sette annos aos vinte e seis dias do mes de Janeiro nesta villa de Torres Vedras e pouzadas de mim Tabelliam ao diante nomeado pareceu Sebbastiam Semmedo morador na ditta villa e me deu a petição digo me deu huma petissam com hum despacho em ella posto do licenciado Diogo de Macedo de Albuquerque Juiz de Fora pella Infanta Donna Maria Nossa Senhora e comessada por El Rei Nosso Senhor a qual petissam e despacho se segue Pedro Gomes Tabelliam escrevi // Senhor. Sebbastiam Semmedo, morador nesta villa faz saber a vossa mercê  que  a elle lhe he necessario fazer certo em como elle he filho legitimo de Antonio Semmedo outrosim morador nesta villa já defunto e assim como o ditto seu Pay era filho legitimo de Sebastiam Semmedo Avô delle suplicante e que outrossim o ditto Sebbastiam Semmedo seu Avô for a homem dos principaes em geraçam e fidalguia desta terra e se tratara sempre como homem nobre e fidalgo e como tal for a tido e havido nomeado e servira a El Rey Nosso Senhor em Azamor com Armas e cavalos, e em sua casa tinha sempre cavallos na Estrebaria e se servira com homens e mossos e mouriscos em suas estribarias  assim se tratara e fôra outrosim havido publicamente por todos e outrosim o dito Antonio Semmedo Pay do suplicante fôra hum Homem que outrosim viveo muitos annos casado nesta villa e sempre se tratara com hum cavallo na estrebaria e armas se servira com homens e mossos que o serviam e negros em sua estrebaria isto como homem nobre e fidalgo e por tal fora tido havido e nomeado elle Sebastião Semmedo filho e netto dos dittos António Semedo e Sebastiam Semmedo foi e he homem que sempre se tratou como homem nobre e fidalgo com cavalo na estrebaria  com Armas e homens e mossos que o serviam e assim lhe he necessário fazer certo em como em Portugal não há geração de homem que tenha o sobrenomme nem se chamem Semmedos somente nesta villa que foram os dittos Pay e Avô delle suplicante de quem atras se faz menção e em Niza villa de Alentejo e em mais lugares alguns do ditto Alentejo os quais sam parentes delle suplicante e como taes se tem e sam tidos e sam outrosim homens nobres e fidalgos e como o abito parte delle e se tratam e se trataram os mortos com cavallos e armas e mossos que os serviram e por taes sam tidos e havidos e conhecidos e outrosim lhe he necessário justificar em comno Geraldo Sem Pavor foi o que tomou Évora em tempo de Mouros sendo ella delles e foi o primeiro cappitam que a cidade de Évora teve christam por merce que El Rey disso fez pela tomar e que deste Geraldo Sem Pavor descende a ditta geração dos Semmedos que sam elle suplicante e os dittos seus Paes e Avós e os dittos seus parentes e contheúdos nesta petiçam e assim he notório e o sabrem muitas pessoas pelo assim ouvirem dizer e ser publica voz e fama e de a vossa mercê que pello conhecido nesta petiçam lhe mande perguntar as testemunhas que apresentar…»
«Saibam quantos este instrumento de … virem que no Anno do Nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo de mil e quinhentos e quarenta e cinco annos aos doze dias do mes de Dezembro do ditto anno na villa de Torres Vedras nas casas de morada de Sebastiam Semmedo Cavaleiro da Casa del Rei Nosso Senhor estando ahi em presença de mim Tabellião e das testemunhas ao diante nomeadas o ditto Sebastiam Semmedo e sua mulher Beatriz Trigueiros de huma parte e bem assim Alvaro Froes, pedreiro, e sua mulher Isabel Dias, moradores no lugar de Louriceira, termo da ditta villa…»
«Saibam quantos este este instrumento e quitação virem que no anno do nascimento de Nosso senhor Jesus Christo de mil quinhentos e setenta e hum annos aos dezasseis dias do mes de Novembro nesta villa de Torres Vedras nas casas de morada de Francisca Trigueira, dona viúva mulher que foi de Ruy Pereira que Deos tem estando ella ditta Francisca Trigueiros assistindo em huma parte e bem assim de outra Sebbastiam Semmedo, Mosso da Camera de El Rei Nosso Senhor morador nesta villa e por elles partes foi dito que António Semmedo que Deos haja Pay delle Sebastiam Semmedo  trouxera demanda com ella Francisca Trigueira e com o dito seu marido sobre huma terra que está aos moinhos de vento, comarqua desta villa que parte de huma banda com  terra de …que o ditto António Semmedo demandou por ser do seu Morgado a qual terra lhe fora dotada por Sebastiam Semedo Pay della Francisca Trigueira e elle António Semmedo fôra  fiador ao ditto dote na qual demanda fôra dada sentença na Relaçam que a dita terra fôra julgada por do dito Morgado e que o ditto Rui Pereira e ella Francisca Trigueiras sua mulher estivessem de posse della athé se pagar sua vallia e hora elle dittpo Sebastiam Semmedo e ella Francisca Trigueira traziam outra demanda perante o Juiz dos Orfãos».
« … mostrasse pello Author instituir Martim Simoens huma Capella com obrigassoins de missa na Prochial de Sam Pedro desta villa, com vincullo das fazendas que se mostram da certidam do Tombo que suposto não conste do ditto vincullo por instituição se … da certidão folhas vinte e huma serem as dittas propriedades por taes julgadas e pessuidas de tempo immemoriavel mostrasse mais que segundo tradiçam antiga sempre pessuida por Semmedos Trigueiros que se presume serem do sangue do Instituidor pella administraçam há mais de duzentos annos a esta parte porquanto a lograra em sua vida Sebbastiam Semmedo cazado com Beatriz Trigueiros de quem nasceo António Semmedo Trigueiros e Francisca Trigueira do qual Antonio Semmedo Trigueiros e deste seu filho Braz de Aguiar Semmedo, que foi pay de José Semmedo pessuidores todos da ditta capella. Mostrasse mais que por nam ficarem filhos ou descendentes directos do ditto José Semmedo se extinguiu a linha de successão e se devia continuar na transversal da dita Francisca Trigueiros filha do primeiro Sebbastiam Semmedo em que elle author tinha o primeiro lugar por ser terceiro netto da ditta Francisca Trigueiros que foi casada com Rodrigo Pereira de quem nasceu Francisco Pereira Semmedo e deste Joam Trigueiros Semmedo que gerou Francisco Cabreira Semmedo que foi Pay delle author que he o parente mais chegado do último pessuidor José Semmedo e que por taes se trataram sempre entre si os Semedo de Trigueiros tanto assim que Braz de Aguiar Pay do ditto José de Semmedo publicava que falecendo a sucessam de seu filho José Semmedo passava a ditta cappela a João Trigueiros Pereira, Avô delle Author e que na mesma forma se tratam por primos com elle e o ditto seu Pay Francisco Cabreira Semmedo, o Padre António dos Anjos e Anna Travassos sua Irmam publicando a mesma sucessão mostrase mais nam pertender ostar administraçam da ditta cappela por nam serem do sangue do instituidor nem terem parentesco com o último pessuidor pella parte dos Semmedos Trigueiros pello que devem ser condemnados a largarem com os frutos da morte do administrador em thé real emtrega visto se obrigar o reo a satisfaçam dellas quando entrou na ditta posse por parte do reo se alegar ser instituída a ditta capella pelo ditto Martim Simoens de que por se dizer ser perdida a instituiçam se deve definir a sucessam della segundo a ley do reino e o parente mais chegado do sangue do instituidor allega-se mais que passados muintos annos entrou na posse da dita cappela Bartholomae de Aguiar que teve por filhos Sebastiam Semmedo e Isabel de Aguiar Leitoa e que por obito do ditto Sebastiam Semmedo sucedera nella seu filho Braz de Aguiar que foi pay de José Semmedo e por este fallecer sem sucessão passava a ditta cappela à linha transversal que continuou Isabel de Aguiar Leitoa, filha do ditto Bartolomeu de Aguiar da qual nasceu Catarina de Trigueiros de Aguiar que teve por filho Joam Trigueiros Rego Pay e sogro dos Reos pelo que conforme o direito lhe pertence a administraçam da ditta cappela de que está de posse o que tudo … e o mais dos autores diz por isso de direito neste cazo e como se nam duvide serem os ditos bens da capella instituida por Martim Simoens possuidor como vincullo e não haver instituiçam e sera acatada a sua sucessam por linha directa na pessoa de José Semmedo se deve continuar a sucessão della conforme o direito e lei do reino no parente mais chegado do ultimo possuidor do sangue do instituidor e como se presume ser do dito sangue o primeiro Sebastiam Semmedo pois se conservará na sua descendência a administraçam desta cappela  de tempo immemoriável athe ao fallecimento de José Semmedo seu terceiro netto e pello author se prova ser parente em grao conhecido o ditto José Semmedo  ultimo pessuidor . Porquanto com os mesmos.»

«José de Affonseca e Lemos que vive de sua fazenda morador junto a Irmida de Sam Pedro de Dous Portos termo da villa de Torres Vedras de idade que disse ser de noventa annos testemunha jurada aos santos Evangelhos sob cargo do qual o dito enqueredor lhe encarregou dicesse a verdade do que soubesse e lhe foi perguntado sobre o conteúdo na petiçam dos suplicantes e perguntado pelo costume e cousas delle dise nada e perguntado elle testemunha pelo conteúdo escrito e declarado na petiçam dos suplicantes Joaquim José Trigueiros e seu irmão Bernardo José Trigueiros Pereira disse que sabe e he verdade de que conhece muito bem os suplicantes serem naturaes da freguesia de São Pedro de Dous Portos termo de Torres Vedras que sam filhos legitimos do Alferes José Pinheiro de Oliveira e de Donna Marianna Antónia Sotto Maior e sabe que sam netos pella parte paterna de pedro Francisco e de Lourença de Oliveira e Bisnetos de Joam Dias e de Maria dos Santos que todos elle testemunha conheceo muito bem muitos annos todos da dita comarca de Torres Vedras e da mesma forma sabe que sam nettos pella parte materna do Cappitam João Trigueiros Soutto Mayor e de Donna Leonor Franca da Silva o qual Cappitam Joam Trigueiros conheceo ser filho de Francisco Cabreira Semmedo e de Luiza Loba de Lemos Soutto Mayor e sabe pello ouvir dizer ser netto de Joam Trigueiros Pereira e de sua mulher e Prima Isabel Trigueiros e sabe pello ouvir dizer a seus pais e avós ser o sobreditto bisneto de Francisco Pereira Semedo Primo inteiro de Sebbastiam Semmedo Trigueiros digo de Sebbastiam Trigueiros Semedo e de sua mulher Isabel Cabreira e Terceiro neto de Francisca Trigueiros e de seu marido Rodrigo Pereira e sabe e he verdade que toda esta familia dos Trigueiros e Semmedos e das mais nomeadas na dita petiçam sempre se trataram cavalheiramente com armas, criados e cavallos e nas casas que tinham em Torres Vedrtas na quina dellas estava exposto o Brazam das suas Armas e como cavalheiros sempre foram tidos e havidos sem razão alguma de infecta nação e mais não disse da ditta petissam…».

_____________

Agradecimentos:
Deve-se a elaboração deste trabalho à informação recolhida em vários autores, dos quais destacamos pela valia dos seu estudos sobre as famílias de Torres Vedras: o Dr. Rogério de Figueiroa Rego, e seu neto o Dr. João Figueiroa Rego; duas referências incontornáveis para o estudo da heráldica e da genealogia desta região do país.
O maior e mais difícil dos contributos, foi certamente o hercúleo trabalho de levantamento dos registos paroquiais desta família, que se ficou a dever ao estimado Padre António Júlio Limpo Trigueiros, genealogista de créditos firmados e com obra publicada, o qual tem dedicado grande atenção à investigação genealógica da família Trigueiros.
A todos eles, aqui deixamos expressa a nossa imensa gratidão.
J.T.
_____________

Notas:

[1]    ANTT, Chancelaria de D. Sebastião e D. Henrique, L. 22, fl. 25.
[2]    A nau Graça perdeu-se na barra de Goa devido ao excesso de carga. – Cfr. BA, Cód. 51-VII-5, fl. 18v.
[3]    MATOS, Artur Teodoro de (Dir.), Tombo de Damão – 1592, p. 191-192, 412.
[4]    Dos quais achamos nos registos de óbito de Torres Vedras: 1. Henrique Pereira «escravo cativo» de Francisco Pereira Semedo, falecido a 15-V-1607; 2. Domingas Trigueira, «escrava» de Francisco Pereira Semedo, falecido a 4-IX-1608; 3. Leonor Pereira, serva de Francisco Pereira Semedo, falecido a 4-III-1611, e «hera hirmã dos padres pobres e elles lhe fizeram bem pella alma»; 4. Ângela Pereira, escrava de Isabel Cabreira, falecida a 16-V-1621.
[5]    BORREGO, Nuno Gonçalo Pereira, Cartas de Brasão de Armas, Colectânea (Lisboa, Guarda-Mor, 2003), p. 169.
[6]   Conforme se declara na carta de brasão de armas de Bernardo José Trigueiros Pereira (c. 1756), passado a 2-XII-1758, registado no Cartório da Nobreza, Livro particular, fl. 119.
[7]   REGO, Rogério Figueiroa, Alguns Sumários da Notas de Vários Tabeliães da Vila de Torres Vedras nos séculos XVI a XVIII, Vol. I (Lisboa, Associação dos Arqueólogos Portugueses, 1973), p.101.
[8]    É a Capela do Santo Cristo, armoriada com o brasão dos CABREIRA: escudo com duas cabras no meio e, por orla, seis cruzes florenciadas (Pereiras) e entremeadas com seis castelos com ameias. O timbre é uma serpente com a cauda enrolada. – in. CARVALHO, Adão, Memórias de Torres Vedras, p. 85.
[9]    ANTT, Registo Geral de Mercês de D. Pedro II, Liv. 7, fl. 225v.
[10]  ANTT, Registo Geral de Mercês de D. Pedro II, Liv. 7, fl. 225v e 464.
[11]  Estes TRIGUEIROS SERRÃO, em gerações anteriores andaram na Índia como prova uma laje sepulcral que se encontra na capela-mor da Igreja de Santo António da fortaleza de Baçaim (a actual Vasai-Virar), cuja inscrição já danificada leva à seguinte leitura: «SEPVLTVRA DE / SALVADOR SE(R)RAO FILHO DE / GOMEZ SER(R)AO / DE TOR(R)ES VEDRAS / E SEVS ERD/E(I)ROS / EM Q(V)E IA(Z) / ANTONIO TRIG(V)IEIRO / SEV IRMÃO / (.) FA(LECEO) (.) DE SETE(M)BRO DE 7».
Quanto à data final pode ser 1607, 1707, ou 157(?), sendo esta última data a mais provável segundo alguns epigrafistas. Cfr. FERNANDES, Brás, Armas e Inscrições do Forte de Baçaim (Lisboa: Academia Portuguesa de História, 1998), pp. 125, 194. – Baçaím foi um antigo porto no extremo sul de uma ilha, a cerca de 50 quilómetros ao norte de Bombaim, no noroeste da Índia. Foi parte integrante do Estado Português da Índia entre 1533 e 1739.
[12]   ANTT, Registo Geral de Mercês, D. João V, Liv.4, fl. 323 v.
[13]   Carta de brasão passada a 2-XII-1758, registado no Cartório da Nobreza, Livro particular, fl. 119.

Stº António de Baçaim,
sepulturas de portugueses.





Baçaím, porta de entrada.















Pesquisar neste blogue