Trigueiros de Azevedo / Botado de Almeida (Torres Vedras, 1560)

Castelo de Torres Vedras

BOTADO
















         O nome BOTADO, provavelmente provém de alcunha (boto = deformado, torto?).
        Esta família usava o seguinte brasão de armas: de azul, com três bicas de chafariz, de prata, postas em faixa, dispostas em roquete e botando água, também de prata. Timbre: uma águia nascente de negro, lampassada de vermelho.

Armas dos
              Botados.
     Desta família, o mais antigo que se conhece é JOÃO MARTINS BOTADO, escudeiro da Casa Real que foi nomeado juiz das Sisas de Torres Vedras em meados do século XV, cargo a que viria a renunciar a favor de seu filho MANUEL MARTINS BOTADO.

   Destes descendia HEITOR BERNARDES BOTADO (f. 1578), falecido a 22-XI-1578 e sepultado em túmulo armoriado na capela-mor da Igreja Matriz de Santa Maria Madalena de Turcifal, concelho de Torres Vedras, com o seguinte epitáfio «S. HEITOR BERNARDES/BOTADO E DE SUA MULHER/E FILHOS F. A 22, D.N.D. 1578»[1].
     Foi cavaleiro da Casa de D. João III e esteve ao serviço do imperador Carlos V (1500-1558) – Carlos I de Espanha – que serviu «com muito valor e grandes espíritos», pelo que este imperador o fez cavaleiro da Espora Dourada e lhe deu brasão de armas novo, em memória do cerco de Tunes (1535) onde este rompeu com sucesso os canos que abasteciam de água a cidade, para forçar a sua rendição. 
    A Concessão da Mercê de Armas Novas consta de um registo existente no «Wien Reich Archiv» (Áustria), dada a conhecer por Rogério de Figeiroa Rego (in. «Um Herói Português na empresa de Tunis», Lisboa, Edit. Império, 1943), do qual nos dá uma interpretação gráfica. 


Turcifal, Igreja Matriz, Sepulcro de
Heitor Bernardes Botado (f. 1578).
(in Rogério de Figeiroa Rego,
"Um Herói Português na empresa de
Tunis", Lisboa, Ed. Império, 1943)
Concessão de Armas a Heitor Bernardes Botado (f. 1578);
«Wien Reichsarchiv», Áustria. (Interpretação gráfica)
Foto cedida pelo Dr. Américo Carneiro.
     
     HEITOR BOTADO usou armas esquarteladas: o 1.º e 3.º de BERNARDES, de ouro duas águias afrontadas de negro; o 2.º e 3.º de BOTADO, em campo azul, com um aqueduto de prata, de três ordens. Timbre: uma águia sainte de negro, gotado de ouro. Estão representadas no seu túmulo, já citado na igreja do Turcifal.

   À família BOTADO ligaram-se por casamento várias outras, das quais destacamos os TRIGUEIROS de Torres Vedras, os MENDOS DE FÓIOS da freguesia da Ameixoeira junto a Lisboa, assim como os GORJÕES HENRIQUES do Turcifal e do Bombarral: família que serviram a Casa Real, assim como a governação das terras onde viveram.

Vejamos:

1.      PEDRO TRIGUEIROS, cujos progenitores desconhecemos. Casou com D. BRITES VAZ DE AZEVEDO[2].
         Tiveram:
         2.       ANTÓNIO TRIGUEIROS (c. 1567), escudeiro que partiu para a Índia a 18-III-1567 na nau São Rafael,
                   capitaneada por Vicente Trigueiros (f. 1602), integrado numa armada sob comando do capitão-
                   -mor João Gomes da Silva[3].
Fortaleza de Ormuz, Irão.
                   Foi-lhe atribuído o cargo de escrivão da feitoria de Ormuz pelo
                   período de três anos, com o vencimento anual de 50.000 réis,
                   por carta régia de 29-IX-1577[4]Pouco depois, o rei D. Filipe I,
                   em recompensa pelos serviços prestados na Índia, faz-lhe a
                   «mercê dos cargos de capitão e feitor da fortaleza de Ormuz,
                   por 3 anos … do qual haverá 100.000 réis de ordenado ...» anu-
                   ais, por carta datada de 10-III-1588[5].
         2.       LOPO TRIGUEIROS, escudeiro que partiu para a Índia no ano de
                   1569, ao que parece, na armada capitaneada por Pedro Carneiro
                   de Alcáçova, ou na frota de Francisco Barreto[6].
Fortaleza de Ormuz, Irão.
         2.       D. MARIA TRIGUEIROS DE AZEVEDO (f. 1632), que segue abai-
                   xo.
         2.       NICOLAU TRIGUEIROS (f. 1582), moço da Câmara, natural de
                   Torres Vedras. Partiu para a Índia a 21-III-1576 na armada capi-
                   taneada por Ambrósio de Aguiar, e aí faleceu em 1582[7]

 2.      D. MARIA TRIGUEIROS DE AZEVEDO (f. 1632), que foi madrinha em
          1612, tendo falecido a 24-X-1632 na freguesia de Santa Maria do Cas-
          telo, em Torres Vedras.
Casou com ACÁCIO BOTADO DE ALMEIDA (f. 1630), Cavaleiro Fidalgo, senhor da Quinta da Cadriceira onde morou, no Turcifal, concelho de Torres Vedras, do qual foi juiz dos direitos reais e vereador[8], tendo falecido a 11-XI-1630 na freguesia de Santa Maria do Castelo, em Torres Vedras, com testamento, foi sepultado na Capela dos Botados na citada Igreja de Santa Maria do Castelo.
Seu marido era filho de Rafael Botado de Almeida, pajem de lança e capitão de ginetes, posto em que passou a África, e de sua terceira mulher D. Maria de Almeidanatural de Abrantes. 
Seu marido foi juiz dos direitos reais de Torres Vedras e testemunhou a eleição de procuradores às Cortes em 1581, assim como por carta régia de 26-I-1609 foi-lhe concedida a mercê do cargo de juiz da Alfândega de Goa em reconhecimento dos serviços por ele prestados na Índia e pelos de seus irmãos Rafael Botado de Almeida e Nicolau de Almeida, ambos falecidos em combate no Oriente[9].
Tiveram:
Turcifal, Quinta de Manjapão
          3.      JOÃO BOTADO DE ALMEIDA (f. 1656), Cavaleiro Fidalgo e capi-
                   tão que serviu muitos anos na Índia (1593-1616), de onde veio
                   aleijado de um braço, após o que foi a Castela onde o rei D. Fili-
                   pe IV lhe fez muitas honras.
                   Faleceu na sua Quinta da Ribeira de Manjapão[10]no Turcifal,
                   tendo sido sepultado a 3-VI-1656 na Capela dos Botados, na
                   Igreja de Santa Maria do Castelo de Torres Vedras.
                   Casou a 28-I-1643 na Igreja de Ponte do Rol, concelho de Torres
                   Vedras, com sua prima em segundo grau D. INÊS TRIGUEIROS
                   (f. 1690)filha de Rafael Botado de Almeida (1596-1624) que foi
                   capitão de Infantaria de Torres Vedras em 1621, morador na fre-
                   guesia de Ponte do Rol, e de sua mulher D. Vicência Bernardes
Igreja de Ponte do Rol.
                   de Medeiros, da freguesia de Carvalhal, no concelho de Bom-
                   barral.
                   D. INÊS, sua mulher, na ausência de filhos herdeiros, instituiu
                   uma capela/morgado da sua Quinta da Ribeira a favor de N. Sra.
                   da Conceição de Ponte do Rol[11], onde faleceu «e fora a sepul-
                   tar na igreja de Nossa Senhora da Ponte do Rol tendo esta dis-
                   posto no seu testamento queria ser sepultada aonde fora seu
                   marido e pai que era na Capella de Nossa Senhora da Piedade
                   desta igreja donde se enterrarão seus ossos junto a ditta Capel-
                   la depois de virem no dia antecedente com as confrarias desta
Igreja de Santa Maria do Castelo
de Torres Vedras.
                   igreja e Padres della e se fez hum officio no dia do seu enterro
                   de nove liçoins», pelo que, dando cumprimento ao seu desejo
                   expresso em testamento, foi então sepultada na Igreja de Santa
                   Maria do Castelo de Torres Vedras a 13-III-1710.
                   Deste casamento não houve geração.
         3.       RAFAEL BOTADO DE ALMEIDA (f. 1600) que foi à Índia em 1593,
                   e aí faleceu no assalto contra Cuhale em 1600. Sem geração.
         3.       NICOLAU DE ALMEIDA (f. 1594) que também foi à Índia em 1593,
                   e aí faleceu em combate no cerco de Chaul em 1594.
         3.       D. JOANA TRIGUEIROS (c. 1602), que foi madrinha em 1602.
         3.       D. BRITES VAZ TRIGUEIROS (f. 1631), que segue.

3.       D. BRITES VAZ TRIGUEIROS AZEVEDO (f. 1631), falecida a 31-V-1631
Turcifal, Quinta da Ribeira.
          na freguesia de Santa Maria do Castelo, em cuja igreja foi sepultada
           junto à Capela dos Botados[12].
Casou com FRANCISCO DO REGO GORJÃO (f. 1643)[13], natural do Turcifal e falecido a 24-VII-1643 na freguesia de Santa Maria do Castelo, em Torres Vedras, com testamento «he testamenteiro seu cunhado João Botado D’Almeida, morador na Quinta da Ribeira» e nessa igreja «está enterrado junto à Capella dos Bottados».
Foi capitão de ordenanças da vila de Torres Vedras, almoxarife e juiz dos direitos reais e dos Órfãos por carta régia de 15-VI-1618, assim como seu vereador pelo que procedeu à aclamação de D. João VI a 18-XII-1640[14]. Foi ainda provedor da Misericórdia em 1628, assim como voltou a ser eleito para o mesmo cargo em 1637.
Seu marido era filho de Lopo Gorjão (c. 1589), Cavaleiro Fidalgo que vivia no Turcifal a 30-VI-1589 e sucedeu na casa de seu pai, tendo levado como dote a Quinta da Farroupeira, no Turcifal,  para casar com sua mulher D. Bebiana do Rego; neto paterno de André Gorjão; neto materno de Antão do Rego[15], fidalgo de cota de armas, cavaleiro da Casa Real que serviu no Oriente[16], e de sua mulher D. Margarida Varela de Carvalhosa[17], esta última filha de Álvaro da Ponte, da freguesia da Ponte do Rol, que foi cavaleiro da Casa Real de D. Afonso V.
Tiveram:
4.      D. BEBIANA (n. 1602) que foi baptizada a 4-IV-1602 na Igreja de Santa Maria do Castelo, em Torres
         Vedras, tendo por padrinhos os seus tios João Botado de Almeida (f. 1656) e D. Joana Trigueiros
         (c. 1602).
4.      ACÁCIO (n. 1605), baptizado a 24-I-1605 na Igreja de Santa Maria do Castelo, em Torres Vedras,
         apadrinhado por Manuel Botado que foi morador em Ponte do Rol, e por D. Isabel Cabreira
         (f. 1628) mulher de Francisco Pereira Semedo (f. 1602).
4.       D. JOANA (n. 1607), baptizada a 13-X-1607 na Igreja de Santa Maria do Castelo de Torres Vedras,
         tendo por padrinhos António Godinho de Abreu e D. Leonor Cabreira.
4.      D. CATARINA (n. 1610), baptizada a 2-XII-1610 na Igreja de Santa Maria do Castelo de Torres Ve-
         dras, tendo por padrinhos Lopo Trigueiros e D. Margarida Trigueiros.
4.      D. MARGARIDA BOTADO DE ALMEIDA (1612-1697), baptizada a 11-III-1612 na Igreja de Santa Ma-
         ria do Castelo de Torres Vedras, tendo por padrinhos o Dr. Roque da Silveira e sua avó D. Maria
         Trigueiros. Faleceu a 8-I-1697 e foi sepultada na igreja de Nossa Senhora da Conceição de Ponte
         do Rol[18].
         Casou a 22-X-1657 em Ponte do Rol com o capitão de infantaria auxiliar JOÃO DE FREITAS DA
         CUNHA (f. 1684)[19], que a dotou com 200.00 réis[20], e era morador na   freguesia de Matacães,
         concelho de Torres Vedras, onde tinha um prazo e onde veio a falecer a 25-VIII-1684, sendo en-
         terrado na capela do Espírito Santo da igreja de Matacães em sepultura com um epitáfio[21].
Igreja de Matacães.
         Seu marido era filho de Bernardo Teixeira de Freitas, e de sua
         mulher D. Agostinha de Almeida da Cunha. Bernardo Teixeira
         de Freitas, já viúvo, veio a casar com a irmã de sua nora que foi
         D. Maria Trigueiros de Almeida.
         Não houve geração deste casamento pelo que os bens que esta-
         vam vinculados em capela na posse de D. MARGARIDA, foram
         deixados em testamento Diogo Vasconcelos Homem, fidalgo
         da Casa Real, que foi casado com D. Catarina Maria de Figueiroa
         (c.1700)e genro do capitão João de Figueiros Rego. Esta heran-
         ça deixada em testamento originou uma demanda judicial com
         o capitão João Trigueiros Sotomaior (1653-1729), que tinha dire-
         to a este vínculo/capela e acabou por ganhar esta disputa jurídi-
         ca por ter provado o direito a suceder neste vínculo.
4.      D. BRITES VAZ (1621-1643), baptizada a 29-XII-1621 na Igreja de Santa Maria do Castelo em Torres
         Vedras, apadrinhada por Sebastião de Almeida Seixas[22] de Torres Vedras. Faleceu a 25-IX-1643,
         na mesma freguesia. Solteira, sem geração. 
4.      ACÁCIO BOTADO (1626-1678) que foi baptizado a 23-IV-1626 na Igreja de Santa Maria do Castelo
         de Torres Vedras, apadrinhado por seu tio João Botado de Almeida, morador no Turcifal, e por
         D. Maria de São Payo, moradora em Torres Vedras. Faleceu solteiro a 27-I-1678 na freguesia de
         Matacães, concelho de Torres Vedras.
4.      D. MARIA TRIGUEIROS DE ALMEIDA (c. 1651), natural da freguesia de Ponte do Rol, concelho de
         Torres Vedras, a qual parece ter casado mais do que uma vez.
                   Um dos seus casamentos foi a 30-I-1651 com BERNARDO TEIXEIRA DE FREITASprovedor da Mi-
                   sericórdia e  vereador da Câmara de Torres Vedras (1669, 1672 e 1676), o qual era sogro de sua ir-
                   mã D. Margarida Botado de Almeida (1612-1697)[23]. Seu marido era filho de António Teixeira de
                   Freitas, juiz de fora de Silves e provedor da misericórdia de Torres Vedras.

____________

Notas:

[1]   As sucessivas reedificações desta igreja, de origem medieval, preservaram as antigas lajes sepulcrais.
[2]   SOUSA, Augusto Quirino de, «Torrienses na Expansão Quinhentista no Oriente», in. Turres Veteras II – Actas de História Moderna, pp. 167-168.
[3]   SOUSA, Augusto Quirino de, Op. Cit., p. 168.
[4]   ANTT, Chancelaria de D. Sebastião e D. Henrique, L. 38, f. 195v e 196.
[5]   ANTT, Chancelaria de D. Filipe I, L. 15, fls. 446 e 446v.
[6]   Existem divergências entre os vários Códices das Armadas. Cfr. SOUSA, Augusto Quirino de, Op. Cit., p. 167, nota 51.
[7]   REGO, Rogério Figueiroa, Soldados da Índia, Torres Vedras, p.73; e SOUSA, Augusto Quirino de, «Torrienses na Expansão Quinhentista no Oriente», in. Turres Veteras II – Actas de História Moderna, p. 159.
[8]   REGO, João Figueiroa, «As Nobrezas secundogénitas no Império Ultramarino Português – Um estudo de caso (sécs. XVI e XVII)», in História e Genealogia, n.º 2, pp. 75-109 (Córdova, Universidade de Córdova, 2012), p. 94-95.
[9]   Cfr. SOUSA, Augusto Quirino de, «Torrienses na Expansão Quinhentista no Oriente», in. Turres Veteras II – Actas de História Moderna, p. 170.
[10] A Quinta da Ribeira de Manjapão, actualmente está dividida em Quinta de Manjapão e Quinta da Ribeira. A Quinta de Manjapão foi doada a 2-I-1280 por D. Dinis a sua irmã, D. Branca, que posteriormente a legou ao seu confessor padre Pêro Vicente, o qual por sua vez a doou ao Cabido da sé de Lisboa, que esteve na sua posse alguns séculos, até passar à posse de várias pessoas nobres.  
[11] ANTT, Confrarias e Irmandades - igreja de Nossa Senhora de Ponte do Rol, Mç 34, N.º 1 B.
[12]  ANTT, Paroquiais de Torres Vedras, Freguesia de Ponte do Rol, Livro dos casamentos e óbitos de 1601-1641, fl. 141.
[13] Os GORJÕES descendem de um nobre cavaleiro francês chamado Jean Gorgeon, o qual veio a Portugal no reinado de D. Manuel (1481-1495) que lhe deu terras na freguesia do Turcifal, onde fundou o seu solar e em cuja igreja jazem muitos dos seus descendentes. Foram senhores dos vínculos da Baleeira e Turcifal, do morgado dos Cunhas e Coimbras que tinham o seu solar no Bombarral, este último por sucessão do 3.º morgado que foi Manuel da Cunha Coimbra e Noronha, o qual fez testamento em 1656 e foi fidalgo da Casa Real de D. João IV, pelo qual deu a vida nos muros de Badajoz em 1657(?).
[14] Os juízes ordinários eram oficiais honorários, não letrados, eleitos pelo povo da forma prevista nas Ordenações Filipinas que presidiam às Câmaras Municipais e, conjuntamente com os vereadores, governavam o respectivo concelho. Os juízes de fora também presidiam às câmaras mas eram oficiais de carreira, letrados e de nomeação régia.
[15]  Antão ou António, como também aparece mencionado em vários documentos.
[16]  Antão do Rego, moço-de-câmara, passou ao Oriente por duas vezes, em 1538 e em 1543, servindo em Azamor, Mazagão e Safim, com armas e cavalos à sua custa, e por duas vezes esteve cativo. Foi feito Cavaleiro por carta de 5-IX-1525. – REGO, João Figueiroa, «As Nobrezas secundogénitas …», 2012, p.84-85).
[17]  Antão do Rego e de sua mulher D. Margarida Varela de Carvalhosa, tiveram D. Florença do Rego (f. 1614) que foi casada com Rui Dias Trigueiros (f. 16149, senhor da quinta de Macheia, em Matacães.
[18]  ANTT, Paroquiais de Torres Vedras, Freguesia de Ponte do Rol, Livro dos Óbitos de 1636-1728, fl. 31v.
[19] ANTT, Paroquiais de Torres Vedras, Freguesia de Ponte do Rol, Livro dos Casamentos e Óbitos de 1632-1666.
[20]  ANTT, Notariais de Torres Vedras, cartório de Bernardo da Silva de Azevedo, Livro de Notas de 31-X-1665 a 7-XI-1667, fl. 131.
[21]  Inscrição: «SA. DOCAPT.AM IOÃ / DE FREITES DA /CVNHA FALECEº / EM 25 DE AGOSTº / NA ERA DE 1648 / E DE SVA MOLH.R / MARGAIDA BO / TADA DE ALM.DA / E DA L.ÇA Pª SE EN / TERRAR Mª DO ES / PIRITO Sº SVA / CRIADA».
[22] Sebastião de Almeida Seixas foi casado duas vezes: a 1.ª com Isabel Travassos, de quem teve geração, e a 2.ª a 18-II-1626 na igreja de São Tiago de Torres Vedras com D. Maria Trigueiros Baracho.
[23]  ANTT, REGO, João Figueiroa, Nobrezas secundogénitas…, p. 95-96.

GÓIS TRIGUEIROS - Vítimas da Inquisição (Faro, 1600)

Faro

        Os TRIGUEIROS, com origem na cidade de Faro na primeira metade do século XVII, caíram na alçada da Inquisição, quiçá com o objectivo de serem espoliados dos seus bens como aconteceu a muitas centenas de portugueses desta época.
Faro, sepulturas oriundas do
Cemitério Judaico.
     Curiosamente, registamos que, cerca de um século antes, os seus apelidos – GÓIS TRIGUEIROS – andavam juntos na descendência de ANTÓNIO TRIGUEIROS (c. 1500) e sua mulher JOANA DE GÓIS (c. 1510), residentes em Lisboa e Torres Vedras.
     Estes Trigueiros, aqui abordados, eram mercadores abastados na cidade de Faro onde viviam, e alguns dos seus descendentes rumaram a Lisboa e Coimbra, em cujas universidades cursaram Medicina e Direito.
     Sabemos que, em tempos passados, Faro foi uma cidade muito próspera devido à sua posição geográfica, ao seu bom porto de mar e à exploração do seu comércio. Anteriormente à nacionalidade, durante a dominação romana e islâmica, tornou-se um apetecível e dinâmico centro urbano que atraiu uma das mais notáveis e prósperas comunidades judaicas do País.
      Este grupo social constituiu uma elite culta e poderosa a nível económico, que prosperou e aumentou com os judeus expulsos de Espanha (1492), muitos dos quais aqui se fixaram até à sua definitiva expulsão em 1497 e à sua conversão forçada (cristãos-novos e criptojudeus).
       O fanatismo que levou à sua posterior perseguição, era na realidade motivado pela cobiça da sua riqueza e inveja do seu sucesso social e intelectual — onde os pretextos religiosos foram uma mera camuflagem das motivações reais de apropriação dos seus bens —, que levou à sua debandada e conduziu Faro a um apagamento do brilho outrora alcançado, do qual a comunidade judaica da cidade eram em parte responsável. 
         Foi na comunidade judaica de Faro que no século XV se criou a primeira oficina tipográfica existente em Portugal, da qual saíram os primeiros livros impressos nos fins do século XV (1487), entre os quais se destacou o «Pentateuco» (Bíblia Hebraica).
      Nesta pequena urbe vemos então surgir um ramo familiar dos TRIGUEIROS, talvez com origem nos mesmos de Lisboa e Torres Vedra, como já mencionamos, ou vindos dos mesmos de  Espanha(?), a qual se tornou alvo do Tribunal do Santo Ofício e dos seus atávicos preconceitos anti-semitas.

Tribunal do Santo Ofício, Tortura
Lisboa, Terreiro do Paço, Auto de Fé.














        A provável descendência destes TRIGUEIROS, não se deve confundir com a que teve origem nos Forjaz Trigueiros (Lisboa, 1824), e mais precisamente em JOÃO LOBO DE MIRANDA TRIGUEIROS (1888-1982), filho do jornalista e escritor Luís Dantas Ricaldes da Silva Rodrigues Trigueiros (1861-1934) que se fixou em Olhão no ano de 1917, e aí contrai matrimónio com D. MARIA NATIVIDADE MENDES RIBEIRO NETO, da qual teve cinco filhos que deixaram geração no Algarve até aos nossos dias.


          Vejamos: 

1.       MANUEL DE GÓIS TRIGUEIROS (c. 1600)[1], cuja progenitura descohecemos. A sua descendência caiu
          na alçada do Tribunal do Santo Ofício que a perseguiu e condenou por judaísmo.
                    De D. MARIA MENDES, teve o filho[2]:
          2.       FRANCISCO MENDES DE GÓIS (c. 1635), que segue.


Tribunal do Santo Ofício, Tortura.
2.       FRANCISCO MENDES DE GÓIS (c. 1635), natural de Faro, cidade onde
          foi mercador.
          Ainda solteiro foi preso por duas vezes e acusado de judaísmo: a 1.ª
          em 29-XI-1635, e a 2.ª a 6-III-1637. Foi então «condenado a confisco, a
          cárcere e hábito perpétuo e a penas espirituais» e saiu em auto de fé
          de 14-VI-1637, e no ano seguinte a 10-XII-1638 foi-lhe «tirado o hábito
          e levantado o Cárcere»[3].
          De D. VIOLANTE DE PINA, natural de Beja, cristã-nova, solteira, filha
          de Sebastião Francisco de Pina e de Filipa Nunes[4], teve os seguin-
          tes filhos:
          3.       D. INÊS DE GÓIS TRIGUEIROS (n. 1644?), natural de Faro, moradora em Lisboa.
                    Cristã-nova, quando contava 23 anos de idade foi acusada de judaísmo a 24-X-1667 e condenada
                    por sentença de 12-XII-1667 a «abjuração em forma, penitências espirituais»[5].
                    Casou com SEBASTIÃO FRANCISCO DE PINA, cristão-novo, comerciante. S. m. n.
          3.       D. MARIANA DE GÓIS (n. 1650?), natural de Faro, moradora em Lisboa. Cristã-nova, quando con-
                    tava 20 anos de idade foi presa e acusada de judaísmo a 19-IX-1670 e posteriormente condenada
                    a «cárcere e hábito perpétuo sem remissão», assim como a degredo «por tempo de 7 anos para o
                    Reino de Angola» por sentença de 10-XII-1673. Recorreu do degredo e foi-lhe concedida a permu-
                    ta pelo Algarve por estar doente[6].
                              Casou com MANUEL FERNANDES DE CASTRO, advogado.  S. m. n.
                              Tiveram:
                              4.       FRANCISCO TRIGUEIROS DE GÓIS (1679-1732), nasceu em Lisboa, cidade onde veio a fale-
                              cer a 29-VII-1732.
                              Ainda solteiro, quando contava 25 anos de idade, foi preso a 4-X-1704 sob uma acusação de
                              judaísmo, tendo sido sentenciado a 30-VI-1709 a«Ir ao Auto de Fé, abjuração de veemente,
                           
         _______

         Notas:

    [1]   Por curiosidade aqui registamos a junção dos apelidos GÓIS e TRIGUEIROS, na pessoa de António Trigueiros (c. 1500) e sua mulher Joana de Góis (c. 1510).

[2]   ANTT, TSO, Inquisição de Évora, Joana da Grançanha (c. 1636), mç. 21, Proc. 4571 – Esta Joana da Grançanha (c. 1636) era filha de de Maria Mendes e de João de Aguiar. Foi denunciada ao Santo Ofício por seu irmão Francisco Mendes de Góis e saiu em auto de fé a 14-VI-1636.

[3]   ANTT, TSO, Inquisição de Évora, Francisco Mendes de Góis, mç. 21, Proc. 3029.

[4]   Francisco Rodrigues de Pina era irmão de André Rodrigues de Pina e de Manuel Rodrigues de Pina.

[5]   ANTT, TSO, Inquisição de Lisboa, Inês de Góis, mç. 28, Proc. 5909.

[6]   ANTT, TSO, Inquisição de Lisboa, Mariana de Aguiar, mç. 28, Proc. 9081.

[7]   ANTT, TSO, Inquisição de Lisboa, Francisco Trigueiros de Góis, mç. 28, Proc. 3374.

[8]   ANTT, TSO, Inquisição de Lisboa, Manuel Góis Trigueiros, mç. 28, Proc. 10267.

[9]   ANTT, TSO, Inquisição de Lisboa, Francisco Mendes de Góis, mç. 28, Proc. 2142.

[10] ANTT, TSO, Inquisição de Lisboa, Filipa Nunes, mç. 28, Proc. 6870.

TRIGUEIROS DA SILVA CUNHA - Ramo do Porto (1936)

Porto


§: 1


1.º Ramo


8.    D. MARIA MANUELA NEVES DA SILVA TRIGUEIROS (n. 1936), era filha de José Simões da Silva Trigueiros (1905-1989), e de sua mulher D. Maria da Paz Pereira Peixoto Oliveira Neves (1911-2007)
Nasceu a 29-X-1936 na Quinta do Espírito Santo da Lameira, freguesia de Poiares, concelho de Peso da Régua. Diplomada com o Curso Geral de Enfermagem no Hospital da Carcereira. A ascendência deste casal vai editada em «TRIGUEIROS - Ramo de Castelo Branco / Porto».
D. Maria Augusta Leão da Cunha,
e Augusto Alves da Silva Cunha,
casamento a 31-VII-1929.
Casou com JOSÉ CARLOS LEÃO DA SILVA CUNHA (1937-1998), nascido a 29-I-1937 na freguesia de Ramalde, no Porto, e falecido a 26-VII-1998. 
Seu marido era filho de Augusto Alves da Silva Cunha (1907-1978) casado a 31-VII-1929 na antiga igreja de Cedofeita com D. Maria Augusta Leão da Cunha (1911-2006), e irmão de Rui Francisco (n. 1935) casado com sua cunhada D. Maria José Neves Trigueiros (n. 1938), abaixo referidos. Licenciado em Engenharia Mecânica pela Universidade do Porto, doutor pelo «Institut Français du Petrole» em Paris, foi professor catedrático da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, membro do conselho de administração e qualificação da Ordem dos Engenheiros, fundador da «Protermia - Projectos Térmicos Industriais e de Ambiente, Lda», fundador e presidente da direcção da Associação de Assistência de Nossa Senhora das Candeias, na freguesia de Canelas, concelho de Peso da Régua.
Tiveram:
9.      JOSÉ CARLOS TRIGUEIROS DA SILVA CUNHA (n. 1960), nasceu a 11-VI-1960 na freguesia Ramalde, no Porto, onde foi baptizado a 16-VI-1960. Licenciado em Informática pela Universidade Portucalense de Penafiel, fundador e sócio gerente da «Mbit - Computadores e Serviços de Informática, Lda». Reside no Porto.
Casou a 31-XII-1984 na Igreja de Aldoar, no Porto, com sua prima co-irmã D. MARIA JOSÉ TRIGUEIROS DE SOUSA PINTO (n. 1963), nascida a 15-6-1963 na freguesia da Sé, no Porto, baptizada a 29-VI-1963 na Igreja de Nevogilde, licenciada em Línguas e Literaturas Modernas – Francês e Inglês, pela Universidade do Porto, é professora do ensino secundárioSua mulher era filha de José Manuel Guerra de Sousa Pinto (n. 1935), 3º Visconde de São Jerónimo e de sua mulher D. Margarida Maria Neves Trigueiros (n. 1933)
          Tiveram:
10.    D. SOFIA DE SOUSA PINTO TRIGUEIROS DA CUNHA (n. 1985), nasceu a 12-VI-1985 na freguesia de Ramalde, no Porto, e foi baptizada na Igreja de Nossa Senhora da Boavista.
10.     GUILHERME DE SOUSA PINTO TRIGUEIROS DA CUNHA (n. 1988), nasceu a 22-V-1988 na freguesia de Nevogilde, no Porto, e foi baptizado a 9-VII-1988 na Igreja de Nevogilde.
10.    D. MARIA TERESA DE SOUSA PINTO TRIGUEIROS DA CUNHA (n. 1991), nasceu a 15-IV-1991 em Nevogilde, Porto, em cuja igreja foi baptizada a 8-IX-1991.
10.    CARLOS MARIA DE SOUSA PINTO TRIGUEIROS DA CUNHA (n, 1995), nasceu a 25-XII-1995.
9.      D. LUÍSA MARIA TRIGUEIROS DA SILVA CUNHA (n. 1961), nasceu a 19-XI-1961 na freguesia de Ramalde, no Porto, onde reside. Funcionária da Fundação Gomes Teixeira. 
         Casou a 23-VII-1983 na Igreja do Cristo Rei, no Porto, com UWE GIESEKING (n. 1960), nascido a 26-II-1960 em Frankfurt, Alemanha, filho de Heinrich Gieseking e de sua mulher D. Ingeborg Pakulis.
Tiveram:
10.     D. HELENA TRIGUEIROS CUNHA GIESEKING (n. 1986), nasceu a 1-I-1986 em Cedofeita, no Porto, onde foi baptizada a 19-I-1986 na Igreja de Cristo Rei.
10.    PHILIPP TRIGUEIROS CUNHA GIESEKING (n. 1988), nasceu a 18-I-1988 em Frankfurt, na Alemanha, país onde foi baptizado em Bad Vilbel.
9.    D. MARIA PAULA TRIGUEIROS DA SILVA CUNHA (n. 1964), nasceu a 27-III-1964 em Neuilly, França, e aí baptizada a 2-IV-1964. Licenciada em Arquitectura pela Universidade Técnica de Lisboa. Arquitecta da Câmara Municipal de Vila do Conde. Reside no Porto.
Casou a 17-II-1990 na Igreja de Nossa Senhora da Boavista, no Porto, com o RUI MANUEL BILTES GARCIA LOPES (n. 1953), nascido a 7-XI-1953 na freguesia de Paranhos, no Porto, filho de Armando Garcia Lopes e de sua mulher D. Maria Margarida Baptista Biltes de Sousa. Licenciado em Economia pela Universidade do Porto, director do Planeamento Estratégico da Câmara Municipal de Santo Tirso, consultor da «Coopers & Lybrand».
Tiveram:
10.   JORGE MANUEL CUNHA BILTES LOPES (n. 1991), nasceu a 25-V-1991 na freguesia de Paranhos, no Porto, onde foi baptizado a 22-IX-1991 na Igreja de Nossa Senhora da Boavista.
10.    PEDRO CUNHA BILTES LOPES (n. 1993), nasceu a 28-VIII-1993 na freguesia de Paranhos, no Porto.
9.       D. HELENA MARIA TRIGUEIROS DA SILVA CUNHA (n. 1965), nasceu a 25-VII-1965 na freguesia da Sé, Porto. Licenciada em Engenharia Alimentar pela Universidade Católica no Porto. Engenheira na Unicer.
          9.        FRANCISCO MIGUEL TRIGUEIROS DA SILVA CUNHA (n. 1967), nasceu a 9-VI-1967 na freguesia
                     da Sé, no Porto. Licenciado em Engenharia Electrotécnica pela Universidade de Trás-os-Montes.
                     Fundador da «Minfo – Comércio de Microinformática», reside em Parada de Cunhos, Vila Real.
           Casou a 3-VIII-1991 na capela do emblemático Palácio de Mateus, em Vila Real, com D. MARIA
 ALICE BARRETO MOURÃO BARROS MESQUITA (n. 1967), educadora de infância, nascida a 1-
 XII-1967 na freguesia de São Pedro, Vila Real, filho do Dr. Joaquim Carlos Barros de Mesquita e de sua mulher D. Maria Otília Carmona Cabral Barreto Mourão.
Tiveram:
10.      D. CATARINA MESQUITA CUNHA (n. 1993), nascida a 7-IV-1993 em Vila Real, e baptizada a 11-IX-1993 na Igreja de Parada de Cunhos, Vila Real.
10.     JOÃO MIGUEL MESQUITA CUNHA (n, 1995), nasceu a 17-I-1995.
10.     FRANCISCO MIGUEL MESQUITA CUNHA (n. 1999), nasceu a 17-I-1999.
10.     DIOGO MESQUITA CUNHA (n.2005), nasciio a 21-VII-2005.
9.       ANTÓNIO MANUEL TRIGUEIROS DA SILVA CUNHA (n. 1969), nasceu a 13-VI-1969 na freguesia da Sé, no Porto, onde foi baptizado na Igreja de São João da Foz do Douro. Licenciado em Engenharia Electrotécnica pela Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro. Reside em Vila Real.
Casou a 13-VI-1969 na Sé Catedral de Vila Real com a D. FILOMENA MARIA ALMEIDA (n. 1967), nascida a 1-VIII-1967 em Vila Seca, Armamar, filha perfilhada de António Jaime Tomé e de D. Delina de Jesus Almeida. Licenciada em Biologia pela Universidade de Trás-os-Montes.
Tiveram:
10.    D. SARA ALMEIDA DA SILVA CUNHA (n. 1991), nasceu a 4-VII-1991 na freguesia da Sé, em Vila Real, onde foi baptizada na Igreja de São Pedro.
9.      HENRIQUE MANUEL TRIGUEIROS DA SILVA CUNHA (n. 1971), licenciado em Engenharia Mecânica pela Universidade do Porto. Casado, com geração.



Porto.



§: 2
2.º Ramo

8.       D. MARIA JOSÉ NEVES TRIGUEIROS (n. 1938), filha de José Simões da Silva Trigueiros (1905-1989), ca-
          sado a 2-I-1932 em Góios, concelho de Barcelos, com D. Maria da Paz Pereira Peixoto de Oliveira Neves
          (n. 1911).
          Nasceu a 12-VIII-1938 na Casa do Bairro, na freguesia de Góios, concelho de Barcelos. A ascendência
Casamento a 2-I-1932 em Góios, Barcelos,
de José Simões da Silva Trigueiros com 
D. Maria da Paz Pereira Peixoto de Oliveira Neves.
          deste casal vai editada em «TRIGUEIROS - Ramo
          de Castelo Branco / Porto».
          Casou a 13-V-1957 na Capela de Marnel, fregue-
sia de Bitarães, concelho de Paredes, com RUI FRANCISCO LEÃO DA SILVA CUNHA (n. 1935), director têxtil, nascido a 7-X-1935 na freguesia de Ramalde, no Porto, filho de Augusto Alves da Silva Cunha e de sua mulher D. Maria Augusta Leão da Cunha.
Seu marido era irmão de José Carlos Leão da Silva Cunha (1937-1998) casado com sua cunhada D. Maria Manuela Neves da Silva Trigueiros (n. 1937), acima referidos.
Tiveram:
9.   NUNO MARIA TRIGUEIROS DA SILVA CUNHA (n. 1962), nasceu a 27-V-1962 na freguesia de Ramalde, no Porto, cidade onde reside. Doutorado em Medicina pela Universidade do Porto, na qual leccionou Anatomia.
Casou a 14-VI-1990 na Capela de Nossa Senhora da Ajuda, no Porto, com D. ISABEL MARIA TAVARES DA GAMA E CASTRO (n. 1964), nascida a 18-6-1964 na freguesia da Sé, no Porto, filha de Nelson Rebelo da Gama e Castro, médico, e de sua mulher D. Maria Elisa Guedes de Oliveira Tavares.
Tiveram:
10.     MANUEL MARIA DA GAMA E CASTRO TRIGUEIROS CUNHA (n. 1991), nasceu a 21-X-1991 em Ramalde, no Porto, onde foi baptizado a 11-I-1992 na Capela de Nossa Senhora da Ajuda.
10.    ANTÓNIO MARIA DA GAMA E CASTRO TRIGUEIROS CUNHA (n. 1993), nasceu a 28-8-1993 em Ramalde, no Porto.
10.    NUNO MARIA DA GAMA E CASTRO TRIGUEIROS CUNHA (n. 2000), nasceu a 11-V-2000 em Ramalde, no Porto, onde foi baptizado a 14-VI-2000 na Capela de Nossa Senhora da Ajuda.
9.       D. JOANA FRANCISCA TRIGUEIROS DA SILVA CUNHA (n. 1964), nasceu a 6-II-1964 em Ramalde, no Porto, cidade onde reside.
Casou a 24-IV-1990 em Macau com o JORGE MANUEL DE LARA SANTOS (n. 1966), nascido a 14-XI-1966 em Lisboa, filho de Viriato Santos e de sua mulher D. Marcelina Lara. Licenciado em Direito pela Universidade do Oriente.
          Tiveram:
10.    D. ANA MARGARIDA CUNHA SANTOS (n. 1991), nasceu a 9-X-1991 em Macau, onde foi baptizada a 8-XII-1991 na Igreja da Sé.
10.     ANDRÉ DA CUNHA SANTOS (n. 1994), nasceu a 24-XI-1994 em Macau, e foi baptizado a 8-VII-1995 na Capela de Nossa Senhora da Ajuda na cidade do Porto.
          9.       JOÃO PAULO TRIGUEIROS DA SILVA CUNHA (n. 1966), nasceu a 7-VI-1966 na freguesia de Ra-
                     malde, Porto, onde foi baptizado a 15-VI-1966 na Igreja de Ramalde.
                     Licenciado em Engenharia Electrotécnica e Telecomunicações pela Universidade de Aveiro, dou-
                     torou-se em Engenharia Electrónica – Electrónica e Sistemas Médicos pela mesma universidade
                     em 1996, na qual é professor associado no Departamento de Electrónica e Telecomunicações.
         Casou a 27-X-1990 na Igreja do Cristo Rei, no Porto, com D. MARIA ISABEL DE SOUSA VIEIRA DE CAMPOS (n. 1965), nascida a 23-VI-1965 na freguesia da Sé, no Porto, filha de Luís Gonzaga Ribeiro de Campos e de sua mulher D. Maria Edite de Sousa Vieira. Licenciada em Ciências Farmacêuticas pela Universidade do Porto, é técnica superior de Saúde na Delegação do Porto do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge.
                     Tiveram:
10.   JOÃO BERNARDO CAMPOS CUNHA (n. 1993), nasceu a 6-I-1993 no Porto, onde foi baptizado a 29-VIII-1993 na Igreja de Aldoar.
10.   FRANCISCO MIGUEL CAMPOS CUNHA (n. 1995), nasceu a 4-II-1995 no Porto, onde foi baptizado a 30-VII-1995 na Igreja de Aldoar.
9.     RUI FRANCISCO TRIGUEIROS DA SILVA CUNHA (n. 1968), nasceu a 9-III-1968 em Ramalde, no Porto, e foi baptizado a 15-III-1968 na Igreja de Ramalde. Licenciado em Informática e Matemáticas Aplicadas pela Universidade Portucalense. Foi funcionário da Administração Central do Território de Macau.
Casou a 7-IX-1996 com D. ELSA MARINA VALE DUARTE NUNES.
Tiveram:
10.     DAVID NUNES DA SILVA CUNHA (n. 1998), nasceu a 25-III-1998.
10.     FILIPA MARIA NUNES DA SILVA CUNHA (n. 2002), nasceu a 7-IV-2002.
9.       LUÍS MIGUEL TRIGUEIROS DA SILVA CUNHA (n. 1969), nasceu a 27-V-1969 em Ramalde, Porto, e foi baptizado a 5-VI-1969 na Igreja de Ramalde. Licenciado em Administração e Gestão de Empresas pela Universidade Católica do Porto. Colaborador da MBA - Consultores na Área de Assuntos Comunitários.
Casou com a sua prima co-irmã D. MARIA LEONOR TRIGUEIROS DE SOUSA PEREIRA. Divorciados.
Tiveram:
10.   GONÇALO TRIGUEIROS DE SOUSA PEREIRA CUNHA (n. 1999), nasceu a 14-VIII-1999.     
9.       D. MARIA DA PAZ TRIGUEIROS DA SILVA CUNHA (n. 1971), nasceu a 11-VII-1971 em Ramalde, no Porto, onde foi baptizada a 25-VII-1971 na Igreja de Ramalde.
9.       FRANCISCO MANUEL TRIGUEIROS DA SILVA CUNHA (n. 1972), nasceu a 8-VIII-1972 em Ramalde, no Porto, e foi baptizado a 26-VIII-1972 na Igreja de Ramalde. Licenciado em Direito pela Universidade Católica do Porto. Exerce advocacia no Porto.
       Casou a 30-IX-1995 na Igreja de São Miguel de Nevogilde, perante o dominicano Frei Bernardo Domingues, com D. ANA ISABEL TRAVANCA DA MOTTA VEIGA (n. 1974), nascida a 29-I-1974 na freguesia da Sé, em Luanda, Angola, onde foi baptizada. Licenciada em Arquitectura pela Universidade do Porto. Foi assistente de arquitectura do Prof. Doutor Arq.º Fernando Távora. Divorciados.
               Passou a união de facto com D. SANDRA CRISTINA TORRÃO MOREIRA (n. 1991)nascida a 19-
-IV-1981 na Póvoa de Varzim, filha de Orlando Morreira e de sua mulher D. Maria das Dores Torrão. Tiveram uma filha.
          Tiveram:
10.    FRANCISCO MARIA DA MOTTA VEIGA TRIGUEIROS DA CUNHA (n. 1999), que nasceu a 1-
Porto.
         -VIII-1999 em Ramalde, no Porto, cidade onde foi baptiza-
         do na Capela de Nossa Senhora da Ajuda.
10.    LUÍS MARIA DA MOTA VEIGA TRIGUEIROS DA CUNHA
         (n. 2001), nascido a 10-VII-2001 em Ramalde, no Porto,
         onde foi baptizado na Igreja de Cristo-Rei.
          Filha de D. Sandra Cristina Torrão Moreira:
10.    D. MARIA INÊS TORRÃO MOREIRA TRIGUEIROS DA
         CUNHA (n. 2010), nascida a 14-VIII-2010 na freguesia da
         Senhora da Hora,em Matosinhos.



Pesquisar neste blogue