O nome BOTADO, provavelmente provém de alcunha (boto = deformado, torto?).
Esta família usava o seguinte brasão de armas: de azul, com três bicas de chafariz, de prata, postas em faixa, dispostas em roquete e botando água, também de prata. Timbre: uma águia nascente de negro, lampassada de vermelho.
Esta família usava o seguinte brasão de armas: de azul, com três bicas de chafariz, de prata, postas em faixa, dispostas em roquete e botando água, também de prata. Timbre: uma águia nascente de negro, lampassada de vermelho.
Armas dos Botados. |
Desta família, o mais
antigo que se conhece é JOÃO MARTINS BOTADO, escudeiro da Casa Real que foi
nomeado juiz das Sisas de Torres Vedras em meados do século XV, cargo a que
viria a renunciar a favor de seu filho MANUEL MARTINS BOTADO.
Destes descendia HEITOR BERNARDES BOTADO (f. 1578), falecido a 22-XI-1578 e sepultado em túmulo
armoriado na capela-mor da Igreja Matriz de Santa Maria Madalena de Turcifal,
concelho de Torres Vedras, com o seguinte epitáfio «S. HEITOR BERNARDES/BOTADO E DE SUA MULHER/E FILHOS F. A 22, D.N.D. 1578»[1].
Foi cavaleiro da Casa de D. João III e esteve ao serviço do imperador Carlos V (1500-1558) – Carlos I de Espanha – que serviu «com muito valor e grandes espíritos», pelo que este imperador o fez cavaleiro da Espora Dourada e lhe deu brasão de armas novo, em memória do cerco de Tunes (1535) onde este rompeu com sucesso os canos que abasteciam de água a cidade, para forçar a sua rendição.
A Concessão da Mercê de Armas Novas consta de um registo existente no «Wien Reich Archiv» (Áustria), dada a conhecer por Rogério de Figeiroa Rego (in. «Um Herói Português na empresa de Tunis», Lisboa, Edit. Império, 1943), do qual nos dá uma interpretação gráfica.
HEITOR BOTADO usou armas esquarteladas: o 1.º e 3.º de BERNARDES, de ouro duas águias afrontadas de negro; o 2.º e 3.º de BOTADO, em campo azul, com um aqueduto de prata, de três ordens. Timbre: uma águia sainte de negro, gotado de ouro. Estão representadas no seu túmulo, já citado na igreja do Turcifal.
Foi cavaleiro da Casa de D. João III e esteve ao serviço do imperador Carlos V (1500-1558) – Carlos I de Espanha – que serviu «com muito valor e grandes espíritos», pelo que este imperador o fez cavaleiro da Espora Dourada e lhe deu brasão de armas novo, em memória do cerco de Tunes (1535) onde este rompeu com sucesso os canos que abasteciam de água a cidade, para forçar a sua rendição.
A Concessão da Mercê de Armas Novas consta de um registo existente no «Wien Reich Archiv» (Áustria), dada a conhecer por Rogério de Figeiroa Rego (in. «Um Herói Português na empresa de Tunis», Lisboa, Edit. Império, 1943), do qual nos dá uma interpretação gráfica.
Turcifal, Igreja Matriz, Sepulcro de Heitor Bernardes Botado (f. 1578). (in Rogério de Figeiroa Rego, "Um Herói Português na empresa de Tunis", Lisboa, Ed. Império, 1943) |
Concessão de Armas a Heitor Bernardes Botado (f. 1578);
«Wien Reichsarchiv», Áustria. (Interpretação gráfica)
Foto cedida pelo Dr. Américo Carneiro. |
HEITOR BOTADO usou armas esquarteladas: o 1.º e 3.º de BERNARDES, de ouro duas águias afrontadas de negro; o 2.º e 3.º de BOTADO, em campo azul, com um aqueduto de prata, de três ordens. Timbre: uma águia sainte de negro, gotado de ouro. Estão representadas no seu túmulo, já citado na igreja do Turcifal.
À família BOTADO ligaram-se por casamento várias outras, das quais destacamos os TRIGUEIROS de Torres Vedras, os MENDOS DE FÓIOS da freguesia da Ameixoeira junto a Lisboa, assim como os GORJÕES HENRIQUES do Turcifal e do Bombarral: família que serviram a Casa Real, assim como a governação das terras onde viveram.
Vejamos:
1. PEDRO TRIGUEIROS, cujos progenitores desconhecemos. Casou com D. BRITES VAZ DE AZEVEDO[2].
Tiveram:
2. ANTÓNIO TRIGUEIROS (c. 1567), escudeiro
que partiu para a Índia a 18-III-1567 na nau São Rafael,
capitaneada por Vicente Trigueiros (f. 1602), integrado numa armada sob o comando do capitão-
-mor João Gomes da Silva[3].
capitaneada por Vicente Trigueiros (f. 1602), integrado numa armada sob o comando do capitão-
-mor João Gomes da Silva[3].
Fortaleza de Ormuz, Irão. |
período de três anos, com o vencimento anual de 50.000 réis,
por carta régia de 29-IX-1577[4]. Pouco depois, o rei D. Filipe I,
em recompensa pelos serviços prestados na Índia, faz-lhe a
«mercê dos cargos de capitão e feitor da fortaleza de Ormuz,
por 3 anos … do qual haverá 100.000 réis de ordenado ...» anu-
ais, por carta datada de 10-III-1588[5].
2. LOPO TRIGUEIROS, escudeiro que partiu para a Índia no ano de
1569, ao que parece, na armada capitaneada por Pedro Carneiro
de Alcáçova, ou na frota de Francisco Barreto[6].
de Alcáçova, ou na frota de Francisco Barreto[6].
Torres Vedras. Partiu para a Índia a 21-III-1576 na armada
capi-
taneada por Ambrósio de Aguiar, e aí faleceu em 1582[7].
taneada por Ambrósio de Aguiar, e aí faleceu em 1582[7].
2. D.
MARIA TRIGUEIROS DE AZEVEDO (f. 1632), que foi madrinha em
1612, tendo falecido a 24-X-1632 na freguesia de Santa Maria do Cas-
telo, em Torres Vedras.
1612, tendo falecido a 24-X-1632 na freguesia de Santa Maria do Cas-
telo, em Torres Vedras.
Casou com ACÁCIO BOTADO DE
ALMEIDA (f. 1630), Cavaleiro Fidalgo, senhor da Quinta da Cadriceira onde morou,
no Turcifal, concelho de Torres Vedras, do qual foi juiz dos direitos reais e vereador[8], tendo falecido a 11-XI-1630 na freguesia de
Santa Maria do Castelo, em Torres Vedras, com testamento, foi sepultado na Capela dos Botados na citada Igreja de Santa Maria do Castelo.
Seu marido era filho de
Rafael Botado de Almeida, pajem de lança e capitão de ginetes, posto em que
passou a África, e de sua terceira mulher D. Maria de Almeida, natural de
Abrantes.
Seu marido foi juiz dos direitos reais de Torres Vedras e testemunhou
a eleição de procuradores às Cortes em 1581, assim como por carta régia de
26-I-1609 foi-lhe concedida a mercê do cargo de juiz da Alfândega de Goa em
reconhecimento dos serviços por ele prestados na Índia e pelos de seus irmãos
Rafael Botado de Almeida e Nicolau de Almeida, ambos falecidos em combate no
Oriente[9].
Tiveram:
Turcifal, Quinta de Manjapão |
tão que serviu muitos anos na Índia (1593-1616), de onde veio
aleijado de um braço, após o que foi a Castela onde o rei D. Fili-
pe IV lhe fez muitas honras.
Faleceu na sua Quinta da Ribeira de Manjapão[10], no Turcifal,
tendo sido sepultado a 3-VI-1656 na Capela dos Botados, na
Igreja de Santa Maria do Castelo de Torres Vedras.
Casou a 28-I-1643 na Igreja de Ponte do Rol, concelho de Torres
Vedras, com sua prima em segundo grau D. INÊS TRIGUEIROS
(f. 1690), filha de Rafael Botado de Almeida (1596-1624) que foi
capitão de Infantaria de Torres Vedras em 1621, morador na fre-
guesia de Ponte do Rol, e de sua mulher D. Vicência Bernardes
de Medeiros, da freguesia de Carvalhal, no concelho de Bom-
barral.
D. INÊS, sua mulher, na ausência de filhos herdeiros, instituiu
uma capela/morgado da sua Quinta da Ribeira a favor de N. Sra.
da Conceição de Ponte do Rol[11], onde faleceu «e fora a sepul-
tar na igreja de Nossa Senhora da Ponte do Rol tendo esta dis-
posto no seu testamento queria ser sepultada aonde fora seu
marido e pai que era na Capella de Nossa Senhora da Piedade
desta igreja donde se enterrarão seus ossos junto a ditta Capel-
la depois de virem no dia antecedente com as confrarias desta
igreja e Padres della e se fez hum officio no dia do seu enterro
de nove liçoins», pelo que, dando cumprimento ao seu desejo
expresso em testamento, foi então sepultada na Igreja de Santa
Maria do Castelo de Torres Vedras a 13-III-1710.
Deste casamento não houve geração.
3. RAFAEL BOTADO DE ALMEIDA (f. 1600) que foi à Índia em 1593,
e aí faleceu no assalto contra Cuhale em 1600. Sem geração.
Vedras, com sua prima em segundo grau D. INÊS TRIGUEIROS
(f. 1690), filha de Rafael Botado de Almeida (1596-1624) que foi
capitão de Infantaria de Torres Vedras em 1621, morador na fre-
guesia de Ponte do Rol, e de sua mulher D. Vicência Bernardes
Igreja de Ponte do Rol. |
barral.
D. INÊS, sua mulher, na ausência de filhos herdeiros, instituiu
uma capela/morgado da sua Quinta da Ribeira a favor de N. Sra.
da Conceição de Ponte do Rol[11], onde faleceu «e fora a sepul-
tar na igreja de Nossa Senhora da Ponte do Rol tendo esta dis-
posto no seu testamento queria ser sepultada aonde fora seu
marido e pai que era na Capella de Nossa Senhora da Piedade
desta igreja donde se enterrarão seus ossos junto a ditta Capel-
la depois de virem no dia antecedente com as confrarias desta
Igreja de Santa Maria do Castelo de Torres Vedras. |
de nove liçoins», pelo que, dando cumprimento ao seu desejo
expresso em testamento, foi então sepultada na Igreja de Santa
Maria do Castelo de Torres Vedras a 13-III-1710.
Deste casamento não houve geração.
3. RAFAEL BOTADO DE ALMEIDA (f. 1600) que foi à Índia em 1593,
e aí faleceu no assalto contra Cuhale em 1600. Sem geração.
3. NICOLAU DE ALMEIDA (f. 1594) que também
foi à Índia em 1593,
e aí faleceu em combate no cerco de Chaul em 1594.
e aí faleceu em combate no cerco de Chaul em 1594.
3. D. JOANA TRIGUEIROS (c. 1602), que foi
madrinha em 1602.
3. D. BRITES VAZ TRIGUEIROS (f. 1631), que
segue.
3. D. BRITES VAZ TRIGUEIROS AZEVEDO (f. 1631), falecida a 31-V-1631
na freguesia de
Santa Maria do Castelo, em cuja igreja foi sepultada
junto à Capela dos Botados[12].
3. D. BRITES VAZ TRIGUEIROS AZEVEDO (f. 1631), falecida a 31-V-1631
Turcifal, Quinta da Ribeira. |
junto à Capela dos Botados[12].
Casou
com FRANCISCO DO REGO GORJÃO (f. 1643)[13], natural do Turcifal e falecido a
24-VII-1643 na freguesia de Santa Maria do Castelo, em Torres Vedras, com
testamento «he testamenteiro seu cunhado João Botado D’Almeida, morador na
Quinta da Ribeira» e nessa igreja «está enterrado junto à Capella
dos Bottados».
Foi
capitão de ordenanças da vila de Torres Vedras, almoxarife e juiz dos direitos
reais e dos Órfãos por carta régia de 15-VI-1618, assim como seu vereador pelo
que procedeu à aclamação de D. João VI a 18-XII-1640[14]. Foi ainda provedor da Misericórdia
em 1628, assim como voltou a ser eleito para o mesmo cargo em 1637.
Seu
marido era filho de Lopo Gorjão (c. 1589), Cavaleiro Fidalgo que vivia no
Turcifal a 30-VI-1589 e sucedeu na casa de seu pai, tendo levado como dote a
Quinta da Farroupeira, no Turcifal, para
casar com sua mulher D. Bebiana do Rego; neto paterno de André Gorjão; neto materno
de Antão do Rego[15], fidalgo de cota de armas, cavaleiro
da Casa Real que serviu no Oriente[16], e de sua mulher D. Margarida Varela
de Carvalhosa[17], esta última filha de Álvaro da
Ponte, da freguesia da Ponte do Rol, que foi cavaleiro da Casa Real de D.
Afonso V.
Tiveram:
4. D. BEBIANA (n. 1602) que foi baptizada a 4-IV-1602 na Igreja de Santa Maria do Castelo, em Torres
Vedras, tendo por padrinhos os seus tios João Botado de Almeida (f. 1656) e D. Joana Trigueiros
(c. 1602).
4. ACÁCIO (n. 1605), baptizado a 24-I-1605 na Igreja de Santa Maria do Castelo, em Torres Vedras,
apadrinhado por Manuel Botado que foi morador em Ponte do Rol, e por D. Isabel Cabreira
(f. 1628) mulher de Francisco Pereira Semedo (f. 1602).
4. D. JOANA (n. 1607), baptizada a 13-X-1607 na Igreja de Santa Maria do Castelo de Torres Vedras,
tendo por padrinhos António Godinho de Abreu e D. Leonor Cabreira.
4. D. CATARINA (n. 1610), baptizada a 2-XII-1610 na Igreja de Santa Maria do Castelo de Torres Ve-
dras, tendo por padrinhos Lopo Trigueiros e D. Margarida Trigueiros.
4. D. MARGARIDA BOTADO DE ALMEIDA (1612-1697), baptizada a 11-III-1612 na Igreja de Santa Ma-
ria do Castelo de Torres Vedras, tendo por padrinhos o Dr. Roque da Silveira e sua avó D. Maria
Trigueiros. Faleceu a 8-I-1697 e foi sepultada na igreja de Nossa Senhora da Conceição de Ponte
do Rol[18].
Casou a 22-X-1657 em Ponte do Rol com o capitão de infantaria auxiliar JOÃO DE FREITAS DA
CUNHA (f. 1684)[19], que a dotou com 200.00 réis[20], e era morador na freguesia de Matacães,
concelho de Torres Vedras, onde tinha um prazo e onde veio a falecer a 25-VIII-1684, sendo en-
terrado na capela do Espírito Santo da igreja de Matacães em sepultura com um epitáfio[21].
Seu marido era filho de Bernardo
Teixeira de Freitas, e de sua
mulher D. Agostinha de Almeida da Cunha. Bernardo Teixeira
de Freitas, já viúvo, veio a casar com a irmã de sua nora que foi
D. Maria Trigueiros de Almeida.
Não houve geração deste casamento pelo que os bens que esta-
vam vinculados em capela na posse de D. MARGARIDA, foram
deixados em testamento a Diogo Vasconcelos Homem, fidalgo
da Casa Real, que foi casado com D. Catarina Maria de Figueiroa
(c.1700), e genro do capitão João de Figueiros Rego. Esta heran-
ça deixada em testamento originou uma demanda judicial com
o capitão João Trigueiros Sotomaior (1653-1729), que tinha dire-
to a este vínculo/capela e acabou por ganhar esta disputa jurídi-
ca por ter provado o direito a suceder neste vínculo.
4. D. BRITES VAZ (1621-1643), baptizada a 29-XII-1621 na Igreja de Santa Maria do Castelo em Torres
Vedras, apadrinhada por Sebastião de Almeida Seixas[22] de Torres Vedras. Faleceu a 25-IX-1643,
na mesma freguesia. Solteira, sem geração.
4. ACÁCIO BOTADO (1626-1678) que foi baptizado
a 23-IV-1626 na Igreja de Santa Maria do Castelo
de Torres Vedras, apadrinhado por seu tio João Botado de Almeida, morador no Turcifal, e por
D. Maria de São Payo, moradora em Torres Vedras. Faleceu solteiro a 27-I-1678 na freguesia de
Matacães, concelho de Torres Vedras.
4. D. MARIA TRIGUEIROS DE ALMEIDA (c. 1651), natural da freguesia de Ponte do Rol, concelho de
Torres Vedras, a qual parece ter casado mais do que uma vez.
Tiveram:
4. D. BEBIANA (n. 1602) que foi baptizada a 4-IV-1602 na Igreja de Santa Maria do Castelo, em Torres
Vedras, tendo por padrinhos os seus tios João Botado de Almeida (f. 1656) e D. Joana Trigueiros
(c. 1602).
4. ACÁCIO (n. 1605), baptizado a 24-I-1605 na Igreja de Santa Maria do Castelo, em Torres Vedras,
apadrinhado por Manuel Botado que foi morador em Ponte do Rol, e por D. Isabel Cabreira
(f. 1628) mulher de Francisco Pereira Semedo (f. 1602).
4. D. JOANA (n. 1607), baptizada a 13-X-1607 na Igreja de Santa Maria do Castelo de Torres Vedras,
tendo por padrinhos António Godinho de Abreu e D. Leonor Cabreira.
4. D. CATARINA (n. 1610), baptizada a 2-XII-1610 na Igreja de Santa Maria do Castelo de Torres Ve-
dras, tendo por padrinhos Lopo Trigueiros e D. Margarida Trigueiros.
4. D. MARGARIDA BOTADO DE ALMEIDA (1612-1697), baptizada a 11-III-1612 na Igreja de Santa Ma-
ria do Castelo de Torres Vedras, tendo por padrinhos o Dr. Roque da Silveira e sua avó D. Maria
Trigueiros. Faleceu a 8-I-1697 e foi sepultada na igreja de Nossa Senhora da Conceição de Ponte
do Rol[18].
Casou a 22-X-1657 em Ponte do Rol com o capitão de infantaria auxiliar JOÃO DE FREITAS DA
CUNHA (f. 1684)[19], que a dotou com 200.00 réis[20], e era morador na freguesia de Matacães,
concelho de Torres Vedras, onde tinha um prazo e onde veio a falecer a 25-VIII-1684, sendo en-
terrado na capela do Espírito Santo da igreja de Matacães em sepultura com um epitáfio[21].
Igreja de Matacães. |
mulher D. Agostinha de Almeida da Cunha. Bernardo Teixeira
de Freitas, já viúvo, veio a casar com a irmã de sua nora que foi
D. Maria Trigueiros de Almeida.
Não houve geração deste casamento pelo que os bens que esta-
vam vinculados em capela na posse de D. MARGARIDA, foram
deixados em testamento a Diogo Vasconcelos Homem, fidalgo
da Casa Real, que foi casado com D. Catarina Maria de Figueiroa
(c.1700), e genro do capitão João de Figueiros Rego. Esta heran-
ça deixada em testamento originou uma demanda judicial com
o capitão João Trigueiros Sotomaior (1653-1729), que tinha dire-
to a este vínculo/capela e acabou por ganhar esta disputa jurídi-
ca por ter provado o direito a suceder neste vínculo.
4. D. BRITES VAZ (1621-1643), baptizada a 29-XII-1621 na Igreja de Santa Maria do Castelo em Torres
Vedras, apadrinhada por Sebastião de Almeida Seixas[22] de Torres Vedras. Faleceu a 25-IX-1643,
na mesma freguesia. Solteira, sem geração.
de Torres Vedras, apadrinhado por seu tio João Botado de Almeida, morador no Turcifal, e por
D. Maria de São Payo, moradora em Torres Vedras. Faleceu solteiro a 27-I-1678 na freguesia de
Matacães, concelho de Torres Vedras.
4. D. MARIA TRIGUEIROS DE ALMEIDA (c. 1651), natural da freguesia de Ponte do Rol, concelho de
Torres Vedras, a qual parece ter casado mais do que uma vez.
Um dos seus casamentos foi a 30-I-1651 com BERNARDO TEIXEIRA DE FREITAS, provedor da Mi-
sericórdia e vereador da Câmara de Torres Vedras (1669, 1672 e 1676), o qual era sogro de sua ir-
mã D. Margarida Botado de Almeida (1612-1697)[23]. Seu marido era filho de António Teixeira de
Freitas, juiz de fora de Silves e provedor da misericórdia de Torres Vedras.
____________
Notas:
sericórdia e vereador da Câmara de Torres Vedras (1669, 1672 e 1676), o qual era sogro de sua ir-
mã D. Margarida Botado de Almeida (1612-1697)[23]. Seu marido era filho de António Teixeira de
Freitas, juiz de fora de Silves e provedor da misericórdia de Torres Vedras.
____________
Notas:
[1] As sucessivas reedificações desta
igreja, de origem medieval, preservaram as antigas lajes sepulcrais.
[2] SOUSA, Augusto Quirino de, «Torrienses
na Expansão Quinhentista no Oriente», in. Turres Veteras II – Actas de
História Moderna, pp. 167-168.
[3] SOUSA, Augusto Quirino de, Op. Cit., p.
168.
[4] ANTT, Chancelaria de D. Sebastião e D. Henrique, L. 38, f. 195v e 196.
[5] ANTT, Chancelaria de D. Filipe I,
L. 15, fls. 446 e 446v.
[6] Existem divergências entre os vários
Códices das Armadas. Cfr. SOUSA, Augusto Quirino de, Op. Cit., p. 167, nota 51.
[7] REGO, Rogério Figueiroa, Soldados da
Índia, Torres Vedras, p.73; e SOUSA, Augusto Quirino de, «Torrienses na
Expansão Quinhentista no Oriente», in. Turres Veteras II – Actas de História
Moderna, p. 159.
[8] REGO,
João Figueiroa, «As Nobrezas secundogénitas no Império
Ultramarino Português – Um estudo de caso (sécs. XVI e XVII)», in História e
Genealogia, n.º 2, pp. 75-109 (Córdova, Universidade de Córdova, 2012), p.
94-95.
[9] Cfr. SOUSA, Augusto Quirino de, «Torrienses
na Expansão Quinhentista no Oriente», in. Turres Veteras II – Actas de
História Moderna, p. 170.
[10] A Quinta da Ribeira de Manjapão,
actualmente está dividida em Quinta de Manjapão e Quinta da Ribeira. A Quinta
de Manjapão foi doada a 2-I-1280 por D. Dinis a sua irmã, D. Branca, que
posteriormente a legou ao seu confessor padre Pêro Vicente, o qual por sua vez
a doou ao Cabido da sé de Lisboa, que esteve na sua posse alguns séculos, até
passar à posse de várias pessoas nobres.
[11] ANTT, Confrarias e Irmandades - igreja de
Nossa Senhora de Ponte do Rol, Mç 34, N.º 1 B.
[12] ANTT, Paroquiais de Torres Vedras, Freguesia
de Ponte do Rol, Livro dos casamentos e óbitos de 1601-1641, fl. 141.
[13] Os GORJÕES descendem de um nobre cavaleiro francês chamado Jean Gorgeon, o qual
veio a Portugal no reinado de D. Manuel (1481-1495) que lhe deu terras na
freguesia do Turcifal, onde fundou o seu solar e em cuja igreja jazem muitos
dos seus descendentes. Foram senhores dos vínculos da Baleeira e
Turcifal, do morgado dos Cunhas e Coimbras que tinham o seu solar no Bombarral,
este último por sucessão do 3.º morgado que foi Manuel da Cunha Coimbra e
Noronha, o qual fez testamento em 1656 e foi fidalgo da Casa Real de D. João
IV, pelo qual deu a vida nos muros de Badajoz em 1657(?).
[14] Os juízes ordinários eram oficiais honorários, não letrados, eleitos
pelo povo da forma prevista nas Ordenações Filipinas que presidiam às
Câmaras Municipais e, conjuntamente com os vereadores, governavam o respectivo
concelho. Os juízes de fora também presidiam às câmaras mas eram
oficiais de carreira, letrados e de nomeação régia.
[15] Antão ou António, como também aparece
mencionado em vários documentos.
[16] Antão do Rego, moço-de-câmara, passou ao
Oriente por duas vezes, em 1538 e em 1543, servindo em Azamor, Mazagão e Safim,
com armas e cavalos à sua custa, e por duas vezes esteve cativo. Foi feito Cavaleiro
por carta de 5-IX-1525. – REGO, João Figueiroa, «As Nobrezas secundogénitas …»,
2012, p.84-85).
[17] Antão do Rego e de sua mulher D. Margarida
Varela de Carvalhosa, tiveram D. Florença do Rego (f. 1614) que foi casada com
Rui Dias Trigueiros (f. 16149, senhor da quinta de Macheia, em Matacães.
[18] ANTT, Paroquiais de Torres Vedras, Freguesia
de Ponte do Rol, Livro dos Óbitos de 1636-1728, fl. 31v.
[19] ANTT, Paroquiais de Torres Vedras, Freguesia
de Ponte do Rol, Livro dos Casamentos e Óbitos de 1632-1666.
[20] ANTT, Notariais de Torres Vedras, cartório de
Bernardo da Silva de Azevedo, Livro de Notas de 31-X-1665 a 7-XI-1667, fl. 131.
[21] Inscrição: «SA. DOCAPT.AM IOÃ / DE FREITES DA
/CVNHA FALECEº / EM 25 DE AGOSTº / NA ERA DE 1648 / E DE SVA MOLH.R / MARGAIDA
BO / TADA DE ALM.DA / E DA L.ÇA Pª SE EN / TERRAR Mª DO ES / PIRITO Sº SVA /
CRIADA».
[22] Sebastião de Almeida Seixas foi casado
duas vezes: a 1.ª com Isabel Travassos, de quem teve geração, e a 2.ª a
18-II-1626 na igreja de São Tiago de Torres Vedras com D. Maria Trigueiros
Baracho.
[23] ANTT, REGO, João Figueiroa, Nobrezas
secundogénitas…, p. 95-96.
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